O gênero Temnocephala BLANCHARD, 1849 (PLATYHELMINTHES, TEMNOCEPHALIDA) no Brasil
dc.contributor.advisor | Amato, Suzana Bencke | pt_BR |
dc.contributor.author | Seixas, Samantha Alves | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-02-01T06:57:40Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2013 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/284590 | pt_BR |
dc.description.abstract | Os temnocefálidos pertencem ao filo Platyhelminthes e ao grupo polifilético 'Turbellaria'. Apenas espécies dos gêneros Temnocephala Blanchard, 1849 e Didymorchis (Haswell, 1900) ocorrem na região Neotropical, sendo o primeiro endêmico desta região. Vinte e nove espécies de Temnocephala já foram descritas como epibiontes sobre moluscos, insetos, crustáceos e quelônios de hábitos dulciaquícolas. Dezessete destas espécies foram descritas do Brasil, grande parte na primeira metade do século XX. A partir da década de 1990, com a publicação de novas técnicas para a visualização de caracteres morfológicos importantes para a taxonomia do grupo, tornouse necessário a complementação das descrições das espécies de temnocefalídeos descritas anteriormente. A biologia molecular começou a ser usada como ferramenta acessória na taxonomia e sistemática. As análises moleculares tem sido aplicadas para a diferenciação de espécies crípticas e estabelecimento das relações filogenéticos dos grupos estudados. O ‘DNA Barcoding’ foi proposto como um sistema capaz de identificar todas as espécies do planeta baseado na utilização de um fragmento do DNA mitocondrial, o Citocromo C Oxidase subunidade I (COI), como "identificador universal". O objetivo deste trabalho foi atualizar as descrições das espécies do gênero Temnocephala, enriquecer o conhecimento sobre gênero identificando novos hospedeiros, descrevendo novas espécies, além de agregar ao trabalho morfológico, dados sobre a biologia molecular para permitir a inclusão destas espécies nas proposições do 'DNA Barcoding'. Temnocefalídeos de todos os grupos hospedeiros foram coletados em vários Estados do Brasil. Espécimes de 15 espécies brasileiras foram coletados especificamente para os estudos moleculares. Os protocolos de extração e amplificação de DNA foram realizados no Laboratório de Biologia Molecular do Departamento de Zoologia da UFRGS e os fragmentos purificados foram sequenciados no laboratório Macrogen Inc. (Seul, Coréia do Sul). As espécies Temnocephala brevicornis Monticelli, 1889, Temnocephala axenos Monticelli, 1899 e Temnocephala pignalberiae Dioni, 1967 foram revisitadas, documentadas e tiveram suas descrições atualizadas com base em espécimes corretamente coletados. Quatro espécies (Temnocephala microdactyla Monticelli, 1903, Temnocephala travassosfilhoi Pereira & Cuocolo, 1941, Temnocephala lanei Pereira & Cuocolo, 1941 e Temnocephala kingsleyae Damborenea, 1994) não foram revisitadas porque as coletas não tiveram sucesso, ou a localidade-tipo estava degradada, e as espécies provavelmente não ocorrem mais nestes locais. Oito novas espécies, epibiontes sobre insetos, moluscos e crustáceos, foram descritas. Entre elas estão dois registros inéditos para o grupo, o primeiro hospedeiro com potencial estuarino (Neritina zebra (Bruguiere, 1792)) e o primeiro hospedeiro da ordem Plecoptera (ninfas de Kempnyia Klapálek, 1914). Temnocephala iheringi Haswell, 1893 e Temnocephala pereirai Volonterio, 2010 foram registradas em novos hospedeiros e nova localidade, esta última com o primeiro registro para o Brasil. O sistema reprodutor feminino de Temnocephala cyanoglandula Amato, Amato & Daudt, 2003, que não havia sido completamente descrito, teve sua descrição complementada, com a aplicação das novas técnicas. Nove espécies (T. iheringi; Temnocephala rochensis Ponce de León, 1979; Temnocephala haswelli Ponce de León, 1989; Temnocephala trapeziformis Amato, Amato & Seixas, 2006; Temnocephala lutzi Monticelli, 1913; T. pereirai, Temnocephala sp. epibionte sobre N. zebra; Temnocephala sp. epibionte sobre Pomacea scalaris (d'Orbigny, 1835) e Temnocephala sp. epibionte sobre Parastacus defossus Faxon, 1898) tiveram suas sequências COI analisadas. A análise filogenética foi feita com a inclusão de duas infrapopulações de uma mesma espécie (T. trapeziformis) e, como era esperado, o clado com maior suporte (100) na análise foi formado pela reunião das sequências destas amostras. Outros dois clados foram bem suportados, o que reuniu a sequência da espécie australiana e T. rochensis e o que reuniu este clado com T. haswelli, ambas espécies epibiontes sobre molucos. Os clados restantes tiveram baixo suporte. A reunião de estudos detalhados, como este, feitos com as espécies brasileiras de Temnocephala, com estudos com espécimes do Uruguai e da Argentina formará uma sólida base de dados sobre os temnocefalídeos neotropicais. Associando os dados morfológicos com estudos moleculares, uma série de questões filogenéticas, filogeográficas e evolutivas poderão ser respondidas, assim como o conhecimento do cenário real da diversidade do grupo. A análise filogenética preliminar apresentada gerou perspectivas de estudos futuros, como a avaliação da magnitude do polimorfismo da sequência COI nas espécies de Temnocephala e uma análise filogenética mais consistente, com um número maior de sequências e espécies analisadas. | pt_BR |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Temnocephalida | pt_BR |
dc.subject | Taxonomia animal | pt_BR |
dc.title | O gênero Temnocephala BLANCHARD, 1849 (PLATYHELMINTHES, TEMNOCEPHALIDA) no Brasil | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | Amato, Jose Felipe Ribeiro | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 000904790 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Biociências | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2013 | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
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