Preconceito com pessoas idosas entre estudantes de odontologia : precisamos falar sobre esse assunto durante a formação de um cirurgião-dentista?

Abstract

Em virtude do aumento da expectativa de vidada população brasileira,o ageísmo/etarismo deve ser pensado considerando a importância do bem-estar e conforto das pessoas idosas na assistência odontológica. O objetivo deste estudo é caracterizar e analisar o perfil dos estudantes de graduação de um curso de Odontologia do sul do Brasil, em relação ao preconceito com a pessoa idosa durante a formação. Trata-se de um estudo descritivo transversal.Foram analisadas as variáveis, sexo, faixa etária, raça/cor, morar com idoso, concluir disciplina clínica, realizar disciplina de Odontogeriatria, atender idoso no leitoou cadeira de rodas e orientarcuidador de idoso dependente, sendo que o desfecho em estudo foi a presença de ageismo/etarismo contra pessoas idosas. As análises de dados foram realizadas por meio do testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, com p<0,05 considerado estatisticamente significativo. Do total de estudantes participantes do estudo (n = 407), a maior prevalência foi de estudantes que apresentavam baixo ageismo (55,3%). Ao identificar os preditores para o ageísmo, observou-se diferenças estatisticamente significantes para faixa etária, em que os mais jovens (18-23 anos) possuem alto ageísmo; autodeclarados brancos apresentam maior prevalência de alto ageísmo. Aqueles participantes que já concluíram alguma disciplina clínica, apresentaram baixo ageísmo. Existe a necessidade deimplementação de ações destinadas aos estudantesdo curso de Odontologia já no início. Entre as propostas estão o fortalecimento da extensão de Odontogeriatria, desenvolvimento de disciplinas eletivas sobre o tema e rodas de conversas com a participação de discentes e docentes sobre o envelhecimento. Consequentemente, acredita-se que essas práticas proporcionarãouma formação acadêmica de maneira inclusiva e respeitosa aos idosos e possuem o potencial de transformar paradigmas sociais.

Debido al aumento de la esperanza de vida de la población brasileña, la discriminación por edad debe ser considerada teniendo en cuenta la importancia del bienestar y la comodidad de las personas mayores en el cuidado odontológico. El objetivo de este estudio es caracterizar y analizar el perfil de los estudiantes de pregrado de odontología en el sur de Brasil, en relación con los prejuicios contra las personas mayores durante la formación. Se trata de un estudio descriptivo transversal.Se analizaron las variables: sexo, grupo etario, raza/color, convivir con un anciano, realizar un curso clínico, realizar un curso de odontología geriátrica, asistir a un anciano en cama o en silla de ruedas y orientar a un cuidador de un dependiente. persona mayor, siendo el resultado objeto de estudio la presencia de discriminación por edad contra las personas mayores.Los datos se analizaron mediante las pruebas de Chi-cuadrado de Pearson y exacta de Fisher, considerándose estadísticamente significativo p<0,05. Del total de estudiantes participantes en el estudio (n = 407), la mayor prevalencia fue de estudiantes que presentaron baja discriminación por edad (55,3%). Al identificar los predictores de discriminación por edad en estos estudiantes, se observaron diferencias estadísticamente significativas por grupo de edad, en el que los estudiantes más jóvenes (18-23 años) tienen una edad alta; Los estudiantes autoproclamados blancos tienen una mayor prevalencia de discriminación por edad. Aquellos estudiantes que ya habían completado alguna disciplina clínica mostraron una baja discriminación por edad. Es necesario implementar acciones dirigidas a los estudiantes de odontología al inicio del curso. Entre las propuestas están fortalecer la extensión de la odontología geriátrica, desarrollo de cursos electivos sobre el tema y círculos de conversación con la participación de estudiantes y docentes sobre envejecimiento. En consecuencia, se cree que estas prácticas brindarán una formación académica de manera inclusiva y respetuosa para las personas mayores y tienen potencial para transformar paradigmas sociales.

Due to the increase in life expectancy of the Brazilian population, ageism should be considered taking into accountthe importance of the well-being and comfort of the older people in dental care. The aim of this study is to characterize and analyze the profile of undergraduate students in a Dentistry course in southern Brazil, in relation to ageism during their training. This is a cross-sectional descriptive study. The following variables were analyzed: gender, age group, race/skin color, living with the elderly, completing a clinical subject, taking a Geriatric Dentistry subject, caring for the elderly in bed or in a wheelchair and providing guidance to caregivers of dependent elderly people; the outcome under study was the presence of ageism against older people. Data analysis was carried out using Pearson's chi-square and Fisher's Exact tests, with p<0.05 considered statistically significant. Of all the students taking part in the study (n = 407), the highest prevalence was of students with low ageism (55.3%). When identifying the predictors of ageism, statistically significant differences were observed for age group,in which the youngest (18-23 years) had high ageism; self-declared whites had a higher prevalence of high ageism. Those participants who had already completed a clinical subject showed low ageism. There is a need to implement actions aimed at Dental students right from the beginning. Proposals include strengthening the Geriatric Dentistry extension program, developing elective subjects on the topic and discussion groups with the participation of students and professors on aging. Consequently, it is believed that these practices will provide academic training that is inclusive and respectful of the elderly and has the potential to transform social paradigms.