Estratégias de comunicação contra-hegemônicas na música : um estudo de caso sobre “sulicídio”
Visualizar/abrir
Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Este trabalho busca contribuir para o debate sobre as estratégias de comunicação na indústria musical e seu papel na produção e divulgação de artistas e produtos musicais de cenas não-hegemônicas e hegemônicas. A ênfase é na música “Sulicídio”, lançada pelos rappers Baco Exú do Blues e Diomedes Chinaski no ano de 2016. Para isso, levantou-se o contexto da produção musical no Brasil, especialmente na Bahia e Pernambuco — estado onde os intérpretes da faixa nascerem e foram projetados para o cená ...
Este trabalho busca contribuir para o debate sobre as estratégias de comunicação na indústria musical e seu papel na produção e divulgação de artistas e produtos musicais de cenas não-hegemônicas e hegemônicas. A ênfase é na música “Sulicídio”, lançada pelos rappers Baco Exú do Blues e Diomedes Chinaski no ano de 2016. Para isso, levantou-se o contexto da produção musical no Brasil, especialmente na Bahia e Pernambuco — estado onde os intérpretes da faixa nascerem e foram projetados para o cenário nacional —, e no eixo Rio-São Paulo, executando uma análise documental com base nos estudos culturais de Jenkins (2009), dos trabalhos de Mazer (2017) e Müller (2023) que também abordam a relação entre a produção musical no cenário do rap nacional, comunicação e suas aplicações à pesquisa em Comunicação. O objetivo geral é analisar as estratégias de comunicação utilizadas em Sulicídio e seus impactos no reconhecimento de artistas de cenas contra-hegemônicos no rap nacional. Dessa forma, foi realizado um estudo de caso através de análise documental sobre a conjuntura da indústria nacional que criou as condições necessárias para a existência de Sulicídio, bem como a sua repercussão a partir das estratégias utilizadas no lançamento da faixa e a repercussão da mesma. O corpus deste trabalho configura-se essencialmente no lyric video de Sulicídio disponível no YouTube e demais vídeos publicados na mesma plataforma em repercussão a Sulícidio, além de matérias em portais digitais que ajudam a compreender o contexto, o conteúdo da faixa e a intenção dos artistas com a mesma e sites com números que sustentem as informações apresentadas ao longo da pesquisa. Como resultado, constatou-se uma considerável problematização sobre a representatividade geográfica dos rappers brasileiros no cenário mainstream e concentração de oportunidades nesse cenário pelo eixo Rio-São Paulo, além do notável aumento de diversidade nesse sentido, que pôde ser aferida tanto na ascensão de Baco Exu do Blues e Diomedes Chinaski quanto no aumento da quantidade de artistas de cenas não-hegemônicas a partir do lançamento de Sulicídio. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Curso de Comunicação Social: Habilitação em Propaganda e Publicidade.
Coleções
-
TCC Comunicação Social (1879)
Este item está licenciado na Creative Commons License