Efeitos eletroencefalográficos da estimulação elétrica transcraniana por corrente contínua em pacientes com epilepsia do lobo temporal
Fecha
2024Autor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
Base teórica: A epilepsia do lobo temporal (ELT) é um dos tipos mais frequentes de epilepsia de início na idade adulta. Embora diversos fármacos anticrises (FAC) e opções de tratamento cirúrgico estejam atualmente disponíveis, ainda existem fatores que dificultam o tratamento, como efeitos colaterais de medicações, alta frequência de comorbidades psiquiátricas, necessidade de polifarmácia, interações medicamentosas, refratariedade e pouco acesso ao tratamento cirúrgico. Métodos de modulação da ...
Base teórica: A epilepsia do lobo temporal (ELT) é um dos tipos mais frequentes de epilepsia de início na idade adulta. Embora diversos fármacos anticrises (FAC) e opções de tratamento cirúrgico estejam atualmente disponíveis, ainda existem fatores que dificultam o tratamento, como efeitos colaterais de medicações, alta frequência de comorbidades psiquiátricas, necessidade de polifarmácia, interações medicamentosas, refratariedade e pouco acesso ao tratamento cirúrgico. Métodos de modulação da atividade elétrica cerebral não invasivos, como a estimulação transcraniana por corrente continua (ETCC), vem sendo estudados no manejo de diversos transtornos neuropsiquiátricos, porém ainda faltam dados de segurança e de eficácia da ETCC no tratamento da epilepsia e de comorbidades psiquiátricas nesses pacientes. Além disso, os efeitos neurofisiológicos relacionados à modulação da atividade de base pela ETCC necessitam ser melhor estudados nestes pacientes. Objetivo: Avaliar a segurança e as alterações eletroencefalográficas relacionadas ao uso domiciliar da ETCC por pacientes com ELT. Métodos: Foram randomizados pacientes com ELT em dois grupos 1) uso de estimulador elétrico transcraniano ativo e 2) uso do mesmo dispositivo inativo (sham). Ambos os grupos realizaram 20 sessões de 20 minutos de tratamento, distribuídas em 5 dias por semana. A corrente aplicada foi de 2mA sobre o córtex pré-frontal dorsolateral, com o ânodo posicionado à esquerda e o cátodo à direita. Foram registrados exames de eletroencefalograma antes e após o protocolo de tratamento para avaliação da incidência de descargas epileptiformes e da potência espectral das frequências delta, teta, alfa e beta. Resultados: Não houve diferença significativa na incidência de descargas após o uso da EETC quando comparados ao grupo sham, independente do lado das descargas. Observamos redução significativa na potência espectral beta na região frontal direita após a ETCC ativa. Conclusão: Não observamos modificação significativa na incidência de descargas epileptiformes após o uso da ETCC, mas o tratamento foi bem tolerado pelos participantes e se mostrou seguro. Observamos uma redução na potência espectral da atividade beta na região frontal direita, sugerindo uma modificação na atividade eletroencefalográfica basal causada pela ETCC. ...
Abstract
Background: Temporal lobe epilepsy (TLE) is one of the most common types of adult-onset epilepsy. Although several anti-seizure drugs and surgical treatment options are currently available, there are still factors that complicate treatment, such as medication side effects, high frequency of psychiatric comorbidities, need for polypharmacy, drug interactions, refractoriness, and little access to surgical treatment. Non-invasive methods of modulating brain electrical activity, such as transcrania ...
Background: Temporal lobe epilepsy (TLE) is one of the most common types of adult-onset epilepsy. Although several anti-seizure drugs and surgical treatment options are currently available, there are still factors that complicate treatment, such as medication side effects, high frequency of psychiatric comorbidities, need for polypharmacy, drug interactions, refractoriness, and little access to surgical treatment. Non-invasive methods of modulating brain electrical activity, such as transcranial electrical stimulation (EETC), have been studied in the management of several neuropsychiatric disorders, with promising results. Although there is no evidence of serious adverse effects associated with the treatment, there is still a lack of efficacy and safety data of EETC when used to treat psychiatric comorbidities in patients with epilepsy, and little evidence about modulation of neurophysiological activity. Objective: To evaluate the safety and neurophysiological effects of home-based tDCS on electroencephalographic records by patients with TLE. Methods: Patients with TLE were randomized into two groups: 1) use of an active transcranial electrical stimulator and 2) use of the same inactive device (sham). Both groups underwent 20 twenty-minute treatment sessions, distributed over 5 days a week, for 4 weeks. The applied current was 2 mA over the dorsolateral prefrontal cortex, with the anode positioned on the left and the cathode on the right side. An electroencephalogram was recorded before and after the treatment protocol to evaluate the incidence of epileptiform discharges and effects on spectral power of delta, tetha, alpha and beta rhythms. Results; There was no significant difference in the incidence of discharges after the use of transcranial electrical stimulation in patients who used active stimulation when compared to the sham, regardless of the side of discharges. We observed a significative decrease in the power spectrum of beta rhythm on the right frontal region after active stimulation. Conclusion: We did not observe a significative change in the incidence of epileptiform discharges after active treatment, but our results suggest that EETC is safe to be used in patients with TLE. Also, we observed a significative change in power spectrum of beta rhythm on the right frontal region consistent with a probable neuromodulatory effect of tDCS. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas.
Colecciones
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Ciencias de la Salud (9127)Ciencias Médicas (1557)
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