Decolonialidade, interculturalidade e educação física escolar: uma pesquisa-ação participante com o sexto ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Abya Yala
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Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Esta pesquisa tem o objetivo de identificar e compreender as afetações (aprendizagens, (re)significações, impactos, ressonâncias, transformações) produzidas pela e na professorapesquisadora, pelos(as) e nos(as) estudantes e pela e na coletividade de pessoas (que são heterogêneas) que compõem a comunidade escolar, acerca da Educação Física com uma turma dos anos finais do ensino fundamental da Escola Estadual Abya Yala, em Porto Alegre/RS, a partir de uma proposta/intencionalidade político-pedag ...
Esta pesquisa tem o objetivo de identificar e compreender as afetações (aprendizagens, (re)significações, impactos, ressonâncias, transformações) produzidas pela e na professorapesquisadora, pelos(as) e nos(as) estudantes e pela e na coletividade de pessoas (que são heterogêneas) que compõem a comunidade escolar, acerca da Educação Física com uma turma dos anos finais do ensino fundamental da Escola Estadual Abya Yala, em Porto Alegre/RS, a partir de uma proposta/intencionalidade político-pedagógica atravessada pelos pressupostos da decolonialidade e da interculturalidade, bem como dos temas concomitantemente trabalhados. O desejo e compromisso da professora aproximava-se da possibilidade de uma construção coletiva das aulas de Educação Física com os(as) estudantes, razão pela qual a pesquisa-ação participante foi o caminho teórico-metodológico escolhido. Como fonte de produção de informações foram utilizadas as entrevistas coletivas com os(as) estudantes; entrevistas individuais com a equipe diretiva e o professor de Educação Física dos anos iniciais do ensino fundamental da escola; os materiais produzidos pelos(as) estudantes nas aulas de Educação Física e as notas de campo da professora-pesquisadora. O trabalho de campo aconteceu no ano letivo de 2023, entre os meses de fevereiro e dezembro, e foi realizado com uma turma de sexto ano. O estudo possibilitou compreender que a decolonialidade e a interculturalidade enquanto perspectivas político-pedagógicas são possibilidades potentes para a produção de outros modos de se pensar, agir e viver a Educação Física nos anos finais do ensino fundamental, que convida os(as) estudantes a explorarem e (re)conhecerem diferentes formas de ser, estar, viver e existir no mundo e diferentes formas de compreender e (res)significar os corpos e as práticas corporais, assim como possibilita processos de resistência e existência coletiva frente a atitudes de desigualdades e preconceitos. Por outro lado, foi possível compreender que tal perspectiva e práxis educativa pautada no diálogo e que convida os(as) estudantes a serem agentes e protagonistas dos próprios processos formativos, encontra bastante resistência de quem nela está envolvido(a), ou é convidado(a) a se envolver e participar, porque trata de um percurso que demanda reflexão sobre a ação, que é permeado por questionamentos, incertezas, transformações, portanto, algo que geralmente é desconfortável e desestabilizador. Igualmente, não trata de um método de ensino, ou seja, não configura um caminho pré-definido que traga garantias de aprendizagens na sua plenitude ou de resultados supostamente dados e/ou compreendidos como “certos” e/ou “errados”. Não garante, portanto, uma determinada formação e constituição de sujeitos(a). Isso porque, o que o(a) outro(a) aprende nos escapa, pois parte da premissa de que estamos atravessados(as) pelos nossos percursos e desejos. Nessa perspectiva, diante de todos os limites e as possibilidades deste estudo, foi possível aprender o ensinar como um processo planejado endereçado a outras pessoas, não de forma arbitrária, mas sim através de movimentos que tornem possível a palavra circular. A decolonialidade e a interculturalidade, desse modo, surgem como um convite endereçado aos(às) estudantes a atravessarem saberes-fazeres que possam explorar questões étnico-raciais, não brancos, questões de gênero, jogos e brincadeiras da cultura indígena e da cultura africana, entre outros. Em síntese, a aposta se deu nesses convites, no encontro, no diálogo, na oferta e no que tudo isso fez circular, entendendo que cada um(a) experienciou e atribuiu diferentes significados ao que viveu. ...
Resumen
Esta investigación tiene como objetivo identificar y comprender los efectos (aprendizajes, (re)significaciones, impactos, resonancias, transformaciones) producidos por y en el docenteinvestigador, por y en los estudiantes y por y en el colectivo de personas (que son heterogéneas). que componen la comunidad escolar, sobre Educación Física con una clase de los últimos años de la enseñanza primaria en la Escuela Estadual Abya Yala, en Porto Alegre/RS, a partir de una propuesta/intencionalidad polí ...
Esta investigación tiene como objetivo identificar y comprender los efectos (aprendizajes, (re)significaciones, impactos, resonancias, transformaciones) producidos por y en el docenteinvestigador, por y en los estudiantes y por y en el colectivo de personas (que son heterogéneas). que componen la comunidad escolar, sobre Educación Física con una clase de los últimos años de la enseñanza primaria en la Escuela Estadual Abya Yala, en Porto Alegre/RS, a partir de una propuesta/intencionalidad político-pedagógica atravesada por los supuestos de decolonialidad e interculturalidad , así como los temas discutidos concomitantemente. El deseo y compromiso del docente se acercó a la posibilidad de una construcción colectiva de las clases de Educación Física con los estudiantes, por lo que la investigación acción participativa fue el camino teórico-metodológico elegido. Como fuente de producción de información se utilizaron entrevistas colectivas a estudiantes; entrevistas individuales con el equipo directivo y el profesor de Educación Física de los primeros cursos de Educación Primaria del colegio; los materiales elaborados por los estudiantes en las clases de Educación Física y los apuntes de campo del docente-investigador. El trabajo de campo se desarrolló en el ciclo escolar 2023, entre los meses de febrero y diciembre, y se realizó con una clase de sexto grado. El estudio permitió comprender que la decolonialidad y la interculturalidad como perspectivas político-pedagógicas son poderosas posibilidades para la producción de otras formas de pensar, actuar y vivir la Educación Física en los últimos años de la escuela primaria, que invita a los estudiantes a explorar y (re) conocer diferentes maneras de ser, estar, vivir y existir en el mundo y diferentes maneras de comprender y (re)significar cuerpos y prácticas corporales, así como posibilitar procesos de resistencia y existencia colectiva frente a actitudes de desigualdades y prejuicios. Por otro lado, se pudo comprender que tal perspectiva y praxis educativa basada en el diálogo y que invita a los estudiantes a ser agentes y protagonistas de sus propios procesos formativos, encuentra muchas resistencias por parte de quienes están involucrados en ella o están involucrados en ella. Invita(a) a involucrarse y participar, porque es un camino que exige una reflexión sobre la acción, que está permeada por preguntas, incertidumbres, transformaciones, por lo tanto, algo que generalmente resulta incómodo y desestabilizador. Asimismo, no se trata de un método de enseñanza, es decir, no configura un camino predefinido que garantice un aprendizaje completo o resultados supuestamente dados y/o entendidos como “correctos” y/o “incorrectos”. No garantiza, por tanto, una determinada formación y constitución de los sujetos. Esto se debe a que lo que el otro aprende se nos escapa, ya que parte de la premisa de que estamos atravesados por nuestros caminos y deseos. Desde esta perspectiva, dados todos los límites y posibilidades de este estudio, fue posible aprender a enseñar como un proceso planificado y dirigido a otras personas, no de manera arbitraria, sino a través de movimientos que posibilitan la circulación de la palabra. La decolonialidad y la interculturalidad, de esta manera, emergen como una invitación dirigida a los estudiantes a explorar la creación de conocimiento que pueda explorar cuestiones étnicoraciales, cuestiones no blancas, cuestiones de género, juegos y juegos de la cultura indígena y africana, entre otras. En definitiva, el foco estuvo en esas invitaciones, el encuentro, el diálogo, el ofrecimiento y lo que todo eso circulaba, entendiendo que cada persona vivió y atribuyó significados diferentes a lo vivido. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano.
Coleções
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Ciências da Saúde (9127)
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