Etnografias do digital : um futuro mal distribuído na antropologia
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Data
2024Tipo
Outro título
Ethnographies of the digital : an unevenly distributed future in anthropology
Assunto
Resumo
O ensaio destaca a pluralidade de eleições etnográficas que descrevem e analisam o digital e suas formas cada vez mais complexas de constituir a vida. Nas últimas décadas, a antropologia tem problematizado, por diferentes caminhos, a concepção de social ou sociedade como sendo a reunião de indivíduos humanos e seus modos de representação, ação, convivência e pertencimento. Isso inclui a emergência de coletivos situacionais e contingentes, definidos, por exemplo, pela partilha de moléculas, por ...
O ensaio destaca a pluralidade de eleições etnográficas que descrevem e analisam o digital e suas formas cada vez mais complexas de constituir a vida. Nas últimas décadas, a antropologia tem problematizado, por diferentes caminhos, a concepção de social ou sociedade como sendo a reunião de indivíduos humanos e seus modos de representação, ação, convivência e pertencimento. Isso inclui a emergência de coletivos situacionais e contingentes, definidos, por exemplo, pela partilha de moléculas, por códigos binários e genéticos, ou pela combinação de dados minerados por algoritmos. Ainda que projetadas como globais, essas tecnologias encontram resistência e mobilizam interesses difusos, ganhando novos contornos nas práticas localizadas. Computadores pessoais e softwares de modelagem, aplicativos e redes sociais da internet, algoritmos e DNA, inteligência artificial e organismos geneticamente modificados constituem um amplo e complexo amálgama que intersecta tecnologias digitais e da vida. Elas dão forma a mundos múltiplos, modulados por combinações matemáticas, técnicas, arranjos e transformações biológicas. Um futuro que já está presente há algum tempo, embora mal distribuído, seja nas formas emergentes de constituição do social ou nas antropologias interessadas nela. ...
Abstract
The essay highlights the plurality of ethnographic choices that describe and analyze the digital and its increasingly complex ways of constituting life. In recent decades, anthropology has problematized, through different paths, the conception of the social or society as being the gathering of human individuals and their modes of representation, action, coexistence, and belonging. This includes the emergence of situational and contingent collectives, defined, for example, by the sharing of mole ...
The essay highlights the plurality of ethnographic choices that describe and analyze the digital and its increasingly complex ways of constituting life. In recent decades, anthropology has problematized, through different paths, the conception of the social or society as being the gathering of human individuals and their modes of representation, action, coexistence, and belonging. This includes the emergence of situational and contingent collectives, defined, for example, by the sharing of molecules, by binary and genetic codes, or by the combination of data mined by algorithms. Although projected as global, these technologies encounter resistance and mobilize diffuse interests, gaining new contours in localized practices. Personal computers and modeling software, apps and internet social networks, algorithms and DNA, artificial intelligence, and genetically modified organisms constitute a broad and complex amalgam that intersects digital and life technologies. They shape multiple worlds, modulated by mathematical combinations, technical arrangements, and biological transformations. A future that has been present for some time, although poorly distributed, whether in the emerging forms of social constitution or in the anthropologies interested in it. ...
Contido em
Horizontes antropológicos. Porto Alegre, RS. Vol. 30, n. 68 (jan./abr. 2024), e680201, p. [1]-33
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Nacional
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