Ultrassom a distância para municípios de pequeno porte

Abstract

A Teleradiologia no apoio à Teleconsulta (Telediagnóstico e Teleaconselhamento), mais especificamente o Teleultrassom representa uma alternativa viável ao e para o Sistema Único de Saúde (SUS), para enfrentar a ausência de médicos especialistas no interior do RS, principalmente nos pequenos municípios (até 30 mil habitantes). Este trabalho é um desdobramento do “Projeto de Ultrassom T@lemed” desenvolvido em Lagoa dos Três Cantos-RS pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, em parceria com a Fundação Fraunhofer / Alemanha e Comunidade Européia, e objetiva descrever a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento da Teleradiologia e as principais iniciativas em Telemedicina desenvolvidas no país; demonstrar o fluxo de pacientes Interior x Capital na demanda de exames por imagem; elencar as vantagens e desvantagens do processo de utilização da Telemedicina; comparar os custos entre um Sistema “Tradicional” e o Teleultrassom e abordar a questão do não financiamento do Teleultrassom pelo SUS e as alternativas de comercialização deste serviço. Foram utilizados métodos quantitativos e análise de documentos. Os dados quantitativos tiveram como base o Projeto T@lemed e foram também utilizados para o mapeamento da distribuição dos médicos especialistas em diagnóstico por imagem no estado do RS, através da combinação e do cruzamento dos dados da Sociedade Gaúcha de Radiologia, DATASUS e IBGE. Os resultados apontam o quanto a presença de meios e infra-estrutura que propiciem ao profissional médico conhecimento e apoio pode ajudar, através da troca de informações com especialistas de um centro de referência, no desenvolvimento da saúde pública de um município de pequeno porte. Indicam também que estes serviços de Teleradiologia/Teleultrassom podem ser oferecidos para outros municípios dentro desta mesma faixa de população e características. Por fim, é abordado o ambiente normativo que envolve a Telemedicina.