Comparação da qualidade das compressões torácicas entre duas frequências de ventilação com bolsa-válvula-máscara em simulação de parada cardíaca com manequim lactente
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Data
2023Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: A parada cardíaca em lactentes está associada à alta morbimortalidade. Para um melhor prognóstico neurológico e sobrevivência da vítima em parada cardiorrespiratória, as compressões torácicas devem ser de alta qualidade. A relação ideal de compressão e ventilação durante a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) pediátrica sem via aérea avançada é desconhecida. Objetivos: Nosso objetivo foi comparar duas frequências de ventilação (15:2 e 10:2) quanto a qualidade da RCP em simulação de pa ...
Introdução: A parada cardíaca em lactentes está associada à alta morbimortalidade. Para um melhor prognóstico neurológico e sobrevivência da vítima em parada cardiorrespiratória, as compressões torácicas devem ser de alta qualidade. A relação ideal de compressão e ventilação durante a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) pediátrica sem via aérea avançada é desconhecida. Objetivos: Nosso objetivo foi comparar duas frequências de ventilação (15:2 e 10:2) quanto a qualidade da RCP em simulação de parada cardíaca em manequim lactente. Materiais e métodos: Estudo de simulação randomizado cruzado. A amostra consistiu em profissionais de saúde que atendem crianças no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram realizadas duas simulações (15:2 e 10:2) de RCP com duração de 4 minutos cada, em um manequim infantil sem via aérea avançada. O desfecho primário foi a qualidade das compressões torácicas, caracterizada pela proporção de compressões administradas com profundidade e frequência adequadas. Os desfechos secundários foram avaliados pelo desempenho individual quanto a percepção de fadiga do socorrista, a fração de tempo com compressões sendo administradas, a proporção de ventilações com volume adequado e a proporção de compressões com retorno total do tórax. Resultados: 92 profissionais de saúde participaram do estudo. A proporção de compressões torácicas com profundidade adequada foi de 82±2% (15:2) e 83,5±2% (10:2), com média de 40,3±0,2mm de profundidade. A frequência de compressões por minuto teve média de 110±12 (15:2) e 111±12 (10:2). A proporção de compressões com o retorno total do tórax foi maior no grupo 10:2 (86,9±1,9% vs. 82,3±2,1%, p = 0,039). A maior parte das ventilações foram realizadas com volume acima do adequado, com média de 50,7±2,3% (15:2) e 55,8±2,5% (10:2), p= 0,147. A percentagem de ventilação com volume adequado foi de 30,2±1,6% (15:2) e 29,5±1,8% (10:2), p=0,756. A média da fração de compressão torácica (73,8±0,3% vs. 64,9±0,3%, p<0,0001), e a média do número de compressões torácicas em 2 minutos [cpm] (164±18 vs. 143±17, p<0,0001) foi maior no cenário de 15:2 do que no 10:2. Os profissionais sentiram mais fadiga no fim do ciclo de 15:2 (5,04±0,1 vs. 4,36±0,1, P<0,0001). Não foi notada diferença na autopercepção quanto ao desempenho das compressões (profundidade e frequência) e das ventilações. Não houve diferença nas médias de frequência cardíaca dos socorristas antes e após cada simulação. Conclusão: nosso estudo demonstrou uma boa qualidade de compressões torácicas nas duas frequências avaliadas, mas especial atenção deve ser dada a qualidade da ventilação durante a RCP em lactentes. Nossos achados sugerem que a maior parte das ventilações foram oferecidas com um volume corrente alto, o que pode ser deletério para os lactentes em parada cardiorrespiratória. O cenário 15:2 parece ter causado mais fadiga e um maior nível de dificuldade para completar a simulação no relato dos socorristas. ...
Abstract
Introduction: Cardiac arrest (CA) in infants is associated with morbidity and mortality. High quality chest compressions are required for better neurological prognosis and survival of the CA victim. The ideal ratio of compression and ventilation during pediatric cardiopulmonary resuscitation (CPR) without advanced airway is unknown. Objectives: Compare the compression ratio and ventilation 15:2 with 10:2 regarding the quality of CPR in cardiac arrest simulation in infant mannequin. Materials an ...
Introduction: Cardiac arrest (CA) in infants is associated with morbidity and mortality. High quality chest compressions are required for better neurological prognosis and survival of the CA victim. The ideal ratio of compression and ventilation during pediatric cardiopulmonary resuscitation (CPR) without advanced airway is unknown. Objectives: Compare the compression ratio and ventilation 15:2 with 10:2 regarding the quality of CPR in cardiac arrest simulation in infant mannequin. Materials and Methods: This is a randomized crossover simulation trial. Pediatric healthcare professionals at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre participate. Two simulations (10:2 and 15:2) on a mannequin infant without advanced airway during 4 minutes each were made. The primary outcome was the quality of chest compressions, characterized by the proportion of compressions administered with appropriate depth and rate. Secondary outcomes included individual performance metrics (rescuer fatigue perception, compression fraction, tidal volume of ventilation, full chest recoil). Results: Ninety-two healthcare providers were included in the study. The proportion of chest compressions with adequate depth was 82±2% (15:2) and 83.5±2% (10:2), with an average depth of 40.3±0,2 mm. The mean compression rate per minute was 110±12 (15:2) and 111±12 (10:2). The proportion of compressions with full chest recoil was higher in the 10:2 group (86.9±1,9% vs. 82.3±2.1%, p = 0.039). Most ventilation were delivered with excessive tidal volume, mean of 50.7±2.3% (15:2) and 55.8±2.5% (10:2), p = 0.147. The percentage of ventilation with appropriate tidal volume was 30.2±1.6 (15:2) and 29.5±1.8 (10:2), p = 0.756. The mean chest compression fraction (73.8±0.3% vs. 64.9±0.3%, p <0.0001) and the mean number of chest compressions in 2 minutes [cpm] (164±18 vs. 143±17, p <0.0001) were higher in the 15:2 scenario. Rescuers reported greater fatigue in 15:2 (5.04±0.1 vs. 4.36±0.1, P <0.0001). No difference was noted in self-perception regarding compression (depth and rate) and ventilation performance. There was no difference in the heart rate of rescuers before and after each simulation. Conclusion: Our study demonstrated good-quality chest compressions in both scenarios. Particular attention should be paid to the quality of ventilation during infant CPR. Our findings suggest that ventilations were delivered with a high tidal volume, which may be detrimental to infants in cardiac arrest. The 15:2 scenario induces more fatigue and a higher reported level of difficulty among rescuers. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente.
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