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dc.contributor.advisorNetto, Carlos Alexandrept_BR
dc.contributor.authorFontella, Fernanda Urruthpt_BR
dc.date.accessioned2024-06-19T06:43:41Zpt_BR
dc.date.issued2004pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/275872pt_BR
dc.description.abstractA resposta ao estresse é essencial para as funções vitais do organismo, contudo, a prolongada exposição a um estímulo estressor pode ser deletéria, resultando em condições patológicas. Sabe-se, por outro lado, que a exposição repetida ao estresse também pode levar a adaptações. Experimentos realizados no nosso laboratório utilizando o modelo de estresse crônico por imobilização mostraram que esse tratamento altera a nocicepção de ratos de maneira gênero-dependente. Os objetivos dessa Tese são: a) observar alterações na resposta nociceptiva em animais repetidamente estressados em diferentes situações, bem como o efeito do sexo do animal, b) avaliar alterações na memória e c) na vulnerabilidade neuronal, além de alguns fatores neuroquímicos possivelmente envolvidos na modulação dessas respostas (tais como a dinâmica da transmissão glutamatérgica, o estresse oxidativo, a atividade de enzimas envolvidas na cascata extra-celular de degradação do ATP). Investigamos a nocicepção dos animais após exposição a diferentes estímulos gustativos e verificamos que os animais controle respondem com analgesia somente quando experimentam o sabor doce (estímulo agradável), enquanto os animais estressados parecem mais aptos a perceber um estímulo desagradável. Considerando as diferenças sexuais na resposta nociceptiva, nós avaliamos a produção de radicais livres, a lipoperoxidação e a reatividade antioxidante na medula de ratos machos e fêmeas, estressados cronicamente, assim como a influência do estradiol sobre a hidrólise de ATP, ADP e AMP em sinaptossomas preparados a partir da medula destes animais. Os resultados obtidos sugerem que o estresse repetido diminui a reatividade antioxidante tanto em machos quanto em fêmeas e que existe uma diferença sexual neste efeito, assim como na produção de radicais livres, sem que haja alterações na lipoperoxidação. As fêmeas estressadas, com ou sem reposição hormonal, apresentam menor limiar nociceptivo, com menores níveis de adenosina extracelular, efeito esse revertido pela reposição hormonal. Para avaliar os efeitos do estresse repetido sobre a memória, utilizamos três diferentes tarefas: labirinto aquático de Morris (memória espacial e memória de referência); esquiva inibitória e teste de reconhecimento de objetos. Observamos que este modelo de estresse é capaz de modificar a memória espacial, que depende da função hipocampal. Com relação aos parâmetros neuroquímicos possivelmente envolvidos nessas alterações comportamentais, investigamos o efeito da exposição aguda e crônica ao estresse de restrição sobre a captação e liberação de glutamato em sinaptossomas de hipocampo de ratos, sobre o binging de [3H]glutamato nas membranas sinápticas, sobre a hidrólise do ATP, ADP e AMP em sinaptossomas hipocampais e sobre o estresse oxidativo no hipocampo destes animais. Nós concluímos que animais expostos repetidamente ao estresse por contenção apresentam aumentada tanto a captação quanto a liberação basal de glutamato e diminuído o binding de [3H]glutamato no hipocampo. Observamos, ainda, diferentes efeitos nos dois modelos de estresse estudados, com um significativo aumento da hidrólise de ATP, ADP e AMP em resposta ao estresse agudo e um aumento somente de uma ecto-ATPase induzida por estresse repetido. Este modelo de estresse repetido também induziu estresse oxidativo. Por fim, para avaliar a influência do estresse sobre a vulnerabilidade neuronal, nós submetemos fatias de hipocampo de ratos estressados, aguda ou repetidamente, a um modelo de privação de oxigênio e glicose (POG), e demonstramos que o estresse repetido aumenta a vulnerabilidade hipocampal a um insulto subseqüente, no caso a POG, com conseqüências principalmente sobre os neurônios. Também verificamos que o mecanismo responsável por esta maior susceptibilidade neuronal à POG não envolve a captação de glutamato. Nós concluímos que o estresse repetido é capaz de alterar tanto as respostas nociceptivas como o desempenho nas tarefas de memória em ratos, que estas alterações na resposta à dor podem ser influenciadas por estímulos externos e/ou por hormônios e que ambos os comportamentos podem ter relação com alterações neuroquímicas ocorridas na medula espinal e no hipocampo, como a degradação extracelular do ATP, o estresse oxidativo e a captação de glutamato. Ainda, que essas alterações neuroquímicas podem aumentar a susceptibilidade das células a outros insultos. As conseqüências dessa vulnerabilidade podem incluir danos ainda maiores, que podem ser irreversíveis para o organismo.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectEstresse oxidativopt_BR
dc.subjectNociceptividadept_BR
dc.subjectMemóriapt_BR
dc.subjectDorpt_BR
dc.subjectRatospt_BR
dc.subjectFisiologia experimentalpt_BR
dc.subjectNeurofisiologiapt_BR
dc.titleEstudos comportamentais e neuroquímicos em um modelo de estresse repetido em ratospt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor-coDalmaz, Carlapt_BR
dc.identifier.nrb000448441pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Ciências Básicas da Saúdept_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas : Fisiologiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2004pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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