Sarcomas nasossinusais em cães : sistemas de graduação e indíces proliferativos
Fecha
2024Tutor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
A cavidade nasal e os seios paranasais são compostos por diferentes tecidos que podem dar origem a diversos tipos de neoplasias, incluindo sarcomas. Estudos que avaliam critérios de classificação histológica e, imuno-histoquímica de sarcomas nasossinusais são escassos. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever as características patológicas dos sarcomas nasossinusais em cães, além de submetê-los aos sistemas de classificação já descritos na literatura e verificar o índice proliferativo atrav ...
A cavidade nasal e os seios paranasais são compostos por diferentes tecidos que podem dar origem a diversos tipos de neoplasias, incluindo sarcomas. Estudos que avaliam critérios de classificação histológica e, imuno-histoquímica de sarcomas nasossinusais são escassos. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever as características patológicas dos sarcomas nasossinusais em cães, além de submetê-los aos sistemas de classificação já descritos na literatura e verificar o índice proliferativo através de Ki-67 e Ciclina D1. Foi realizado um estudo retrospectivo do banco de dados de biópsias e necropsias e durante período de 2006 a 2022, 148 cães foram diagnosticados com tumores nasais. Destes, 39 (26,3%) tiveram o diagnóstico de sarcoma nasal agrupados em 15 casos de neoplasmas fusocelulares (8/15 fibrossarcoma, 3/15 sarcoma indiferenciado, 2/15 hemangiossarcoma, 1/15 mixossarcoma e 1/15 leiomiossarcoma), 12 casos de condrossarcoma nasal e 12 com osteossarcoma nasal. Destes, 53,9% eram machos e 46,1% fêmeas, com idade entre de 2 a 18 anos (média de 9 anos e mediana 10 anos). 53,8% dos cães eram sem raça definida e, nos casos de osteossarcoma nasal, houve predominância de raças de grande porte (7/12). Dados de sobrevida foram obtidos em 16/39 dos casos e variaram de 6 a 365 dias (média 115 dias e mediana 84 dias). Os tumores foram descritos com maior frequência na cavidade nasal (28/39) e dois casos nos seios paranasais. Os sinais clínicos mais frequentemente descritos foram deformidade nasal (20/39), epistaxe (17/39) e dispneia (10/39). Metástases representaram 10,2% dos casos, observadas em linfonodos mandibulares e inguinais superficiais nos casos de fibrossarcoma (2/15) e sarcoma indiferenciado (1/15), enquanto, um caso de osteossarcoma condroblástico houve envolvimento de múltiplos órgãos. Na análise estatística foi observado que quanto maior a contagem mitótica (P: <0,001) e imunomarcação para Ciclina (P: 0,023), menor era a sobrevida. Além disso, quanto maior a contagem mitótica, maior era o grau histológico (P: <0,001) e imunomarcação para Ciclina D1 (P: 0,035). Na comparação dos grupos, o número médio de figuras mitóticas foi mais frequente nos tumores fusocelulares (valor P: 0,012). Já o Ki-67 não apresentou significância nas análises estatísticas. Desse modo, esse estudo, descreveu achados patológicos de casos de sarcomas nasais em cães e demostrou que a contagem mitótica, principalmente para tumores fusocelulares nasais e imunomarcação para Ciclina D1 podem auxiliar de maneira prognóstica. ...
Abstract
The nasal cavity and paranasal sinuses are made up of different tissues that can give rise to different types of neoplasms, including sarcomas. Studies that evaluate histological and immunohistochemical classification criteria for sinonasal sarcomas are scarce. Thus, the objective of this work is to describe the pathological characteristics of sinonasal sarcomas in dogs, in addition to submitting them to the classification systems already described in the literature and verifying the proliferat ...
The nasal cavity and paranasal sinuses are made up of different tissues that can give rise to different types of neoplasms, including sarcomas. Studies that evaluate histological and immunohistochemical classification criteria for sinonasal sarcomas are scarce. Thus, the objective of this work is to describe the pathological characteristics of sinonasal sarcomas in dogs, in addition to submitting them to the classification systems already described in the literature and verifying the proliferative index through Ki-67 and Cyclin D1. A retrospective study of the biopsy and necropsy database was carried out and during the period from 2006 to 2022, 148 dogs were diagnosed with nasal tumors. Of these, 39 (26.3%) were diagnosed with nasal sarcoma grouped into 15 cases of fusocellular neoplasms (8/15 fibrosarcoma, 3/15 undifferentiated sarcoma, 2/15 hemangiosarcoma, 1/15 myxosarcoma and 1/15 leiomyosarcoma), 12 cases of nasal chondrosarcoma and 12 with nasal osteosarcoma. Of these, 53.9% were males and 46.1% females, aged between 2 and 18 years (average of 9 years and median 10 years). 53.8% of dogs were mixed breed and, in cases of nasal osteosarcoma, there was a predominance of large breeds (7/12). Survival data were obtained in 16/39 cases and ranged from 6 to 365 days (mean 115 days and median 84 days). Tumors were most frequently described in the nasal cavity (28/39) and two cases in the paranasal sinuses. The most frequently described clinical signs were nasal deformity (20/39), epistaxis (17/39) and dyspnea (10/39). Metastases represented 10.2% of cases, observed in mandibular and superficial inguinal lymph nodes in cases of fibrosarcoma (2/15) and undifferentiated sarcoma (1/15), while in one case of chondroblastic osteosarcoma there was involvement of multiple organs. In the statistical analysis it was observed that the higher the mitotic count (P: <0.001) and immunostaining for Cyclin (P: 0.023), the lower the survival. Furthermore, the higher the mitotic count, the higher the histological grade (P: <0.001) and immunostaining for Cyclin D1 (P: 0.035). When comparing groups, the average number of mitotic figures was more frequent in spindle cell tumors (P value: 0.012). Ki-67 did not show significance in statistical analyses. Thus, this study described pathological findings of cases of nasal sarcomas in dogs and demonstrated that mitotic counts, especially for nasal spindle cell tumors, and immunostaining for Cyclin D1 can help prognosis. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Veterinária. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias.
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