Classificação de eficiência energética de uma edificação : aplicação da INI-C no prédio da engenharia mecânica

Abstract

Utilizando-se do método simplificado proposto pela nova Instrução Normativa Inmetro para a Classificação de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (INI C), este trabalho busca obter uma avaliação atualizada da eficiência energética do prédio do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o intuito de classificá-lo conforme os critérios estabelecidos pela INI-C, identificando pontos com potencial de melhoria. Por meio da comparação do consumo real da edificação com uma edificação de referência, são avaliados os sistemas de iluminação, condicionamento de ar e a envoltória, requisitos para a obtenção da ENCE geral. O sistema de iluminação apresenta um percentual de redução de consumo de 54,22%, podendo ser classificado como A. Todavia, não cumpre com o pré-requisito de contribuição da luz natural e recebe classificação B. Apresentando um percentual de redução de carga térmica de 20,91%, a envoltória é classificada com o nível de eficiência energética A. Este resultado se deve, em parte, à baixa transmitância térmica das paredes externas e pisos quando comparados ao modelo de referência. O sistema de condicionamento de ar, por sua vez, apresenta um percentual de redução de consumo de 38,82% e é classificado com o nível B de eficiência energética. Porém, destaca-se que as informações acerca das máquinas são escassas e o resultado tem como base um CEER médio estimado em 3,36. A edificação apresenta um percentual de redução de consumo de energia primária de 35,34%, sendo classificada com o nível B. Este valor é suficiente para atingir o nível A, porém a edificação não atende aos pré-requisitos no sistema de iluminação e não há como conferir os pré-requisitos do sistema de condicionamento de ar. Para elevar a classificação geral da edificação é necessário que sejam feitas intervenções em ambos os sistemas. As alterações no sistema de iluminação apresentam relativa fácil execução. Já as alterações no sistema de condicionamento de ar são mais onerosas, exigindo um estudo de viabilidade.

This paper seeks to obtain a precise and updated evaluation of the energy efficiency of the building of the Department of Mechanical Engineering, at the Federal University of Rio Grande do Sul, through the simplified method proposed by the new Inmetro Normative Instruction for the Energy Efficiency Classification of Commercial, Service, and Public Buildings (INI-C). The objective is to classify it according to the criteria established by INI-C, identifying areas with potential improvement. By comparing the actual consumption of the building with a reference building, the lighting, air conditioning and envelope systems are evaluated, which are requirements for obtaining the overall Energy Efficiency Classification (ENCE). The lighting system shows a consumption reduction percentage of 54.22%, qualifying it as class A. However, it does not meet the natural light contribution prerequisite and receives a class B rating. With a thermal load reduction percentage of 20.91%, the envelope is classified with an energy efficiency class A. This result is partly due to the low thermal transmittance of the external walls and floors compared to the reference model. The air conditioning system, on the other hand, shows a consumption reduction percentage of 38.82% receiving class B energy efficiency rating. However, it is worth noting that information about the machines is scarce, and the result is based on an estimated average CEER of 3.36. The building has a primary energy consumption reduction percentage of 35.34%, earning a class B rating. This value is sufficient to reach class A; however, the building does not meet the prerequisites in the lighting system, and it is not possible to verify the prerequisites of the air conditioning system. Interventions are necessary in both systems to improve the overall classification of the building. Changes to the lighting system are relatively easy to implement, while changes to the air conditioning system are more costly and require a feasibility study.