Avaliação dos pacientes portadores de leucemia mieloide aguda admitidos em unidade de terapia intensiva de um hospital terciário no sul do Brasil
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Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
Base teórica: A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma neoplasia caracterizada pela infiltração de blastos na medula óssea e/ou outros tecidos. Essa proliferação descontrolada promove anemia, neutropenia e plaquetopenia, aumentando a suscetibilidade dos pacientes a infecções, sangramentos e outras complicações que poderão ser agravadas pelo tratamento da doença. O objetivo desse estudo é avaliar as internações de pacientes com LMA em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), determinando o perfil epidem ...
Base teórica: A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma neoplasia caracterizada pela infiltração de blastos na medula óssea e/ou outros tecidos. Essa proliferação descontrolada promove anemia, neutropenia e plaquetopenia, aumentando a suscetibilidade dos pacientes a infecções, sangramentos e outras complicações que poderão ser agravadas pelo tratamento da doença. O objetivo desse estudo é avaliar as internações de pacientes com LMA em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), determinando o perfil epidemiológico, causas para admissão, fase de tratamento, necessidade de suportes de vida artificiais e sobrevida em 90 dias. Metodologia: Estudo retrospectivo que avaliou pacientes admitidos em UTI com diagnóstico de LMA entre janeiro de 2012 e dezembro de 2019. Foram incluídos pacientes com mais de 18 anos que realizaram algum tipo de tratamento oncológico previamente ou durante a internação em UTI para a LMA. Resultados: Foram incluídos 43 pacientes; a distribuição entre os sexos foi homogênea; mediana de idade 48 anos; 74% dos indivíduos apresentavam nenhuma ou uma comorbidade; 51% internaram por insuficiência ventilatória; 72% em fases iniciais de tratamento (indução/consolidação); sobrevida global de 40% em 90 dias. A análise multivariada evidenciou que, tanto a internação de pacientes com doença recaída/refratária, quanto a necessidade de dois ou mais suportes artificiais, foram independentemente associados à mortalidade em 90 dias. Conclusão: A internação em UTI foi associada à alta taxa de mortalidade em 90 dias, especialmente entre os indivíduos com doença recaída/refratária e com maior número de disfunções orgânicas. A partir dessas informações, podemos compreender a evolução dos pacientes com LMA que necessitam de suporte intensivo, sendo esses dados relevantes como preditores de mortalidade. Essas informações ganham relevância especialmente em ambientes com recursos limitados, onde é crucial priorizar os pacientes com melhores perspectivas de sobrevida. ...
Instituição
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Curso de Programa de Residência Médica em Hematologia e Hemoterapia.
Coleções
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Ciências da Saúde (1509)
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