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dc.contributor.advisorRosenfield, Cinara Lerrerpt_BR
dc.contributor.authorCremonini, Caetano Braunpt_BR
dc.date.accessioned2023-11-21T03:32:04Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/267380pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa investiga as relações entre experiência do tempo e formas de trabalho diferenciadas a partir de sua estabilidade, quais sejam, o assalariamento formal e o trabalho mediado por plataformas. Para isso, define inicialmente o tempo como um conceito sociológico e demonstra sua aproximação com as transformações históricas do trabalho nas sociedades capitalistas. A noção de experiência de tempo foi operacionalizada a partir de três dimensões: tempo cotidiano, tempo biográfico e tempo geracional. O objetivo geral da pesquisa foi elaborar uma interpretação sociológica das experiências temporais de jovens adultos inseridos nos modelos de assalariamento formal e trabalho mediado por plataformas, atentando para as diferenças e aproximações dessas experiências a partir da estabilidade do modelo de trabalho desempenhado. A pesquisa se organizou a partir do método qualitativo, realizando entrevistas em profundidade com 18 trabalhadores – sete assalariados formais do setor administrativo e 11 entregadores por aplicativos –, com a análise sendo realizada a partir das três dimensões temporais mencionadas previamente. Na dimensão cotidiana da experiência temporal, observamos diferenças objetivas entre os dois grupos, com os entregadores trabalhando por jornadas mais longas e por mais dias e tendo rotinas mais desorganizadas, mas também aproximações a partir de uma tendência do trabalho assalariado formal de incorporar dinâmicas similares às do trabalho por plataformas, como o não pagamento de tempos em que o trabalhador se encontra à disposição da empresa sem realizar nenhuma tarefa específica. Ainda nessa dimensão, vimos como fatores extrínsecos ao trabalho têm grande peso na experiência cotidiana, bem como as diferenças na apropriação subjetiva dessa experiência. Ao analisarmos a dimensão biográfica a partir do olhar para o passado, vimos como as trajetórias da maior parte dos sujeitos de ambos os grupos é marcada pela fragmentação e instabilidade, com experiências múltiplas e com diferentes tipos de vínculo (formal, informal, estágio), bem como exploramos o peso que a ampliação do acesso a níveis mais altos de educação formal teve nessas trajetórias. Com relação ao futuro, vimos como a maior parte dos sujeitos tem suas expectativas marcadas pelo risco social da insegurança econômica, apresentam projetos que muitas vezes não passam pelo assalariamento formal e se mostram por vezes encurtados à realidade do tempo presente. A partir da análise dessas duas dimensões do tempo, realizamos uma interpretação da experiência geracional desses jovens adultos, demonstrando como fazem parte de uma geração marcada pela ampliação do acesso ao ensino superior, pela contração da experiência do presente, pelo rebaixamento do trabalho assalariado formal e por projetos de futuro que passam por certa idealização do empreendedorismo. Concluindo, demonstramos como há uma tendência geral de desorganização da experiência temporal no mercado de trabalho brasileiro, da qual o trabalho mediado por plataformas representa uma espécie de vanguarda, mas que também atinge aos assalariados formais. A partir desses achados, apontamos para os vínculos entre modelos de trabalho historicamente típicos da periferia do capitalismo e a sua reorganização enquanto sistema socioeconômico que implica um processo de aceleração social geral que vem sendo teorizado nos últimos anos.pt_BR
dc.description.abstractThis research investigates the relationships between the experience of time and different forms of work based on their stability, namely formal wages and platform-mediated work. For this, it initially defines time as a sociological concept and demonstrates its approximation with the historical transformations of work in capitalist societies. The notion of time experience was operationalized from three dimensions: everyday time, biographical time and generational time. The general objective of the research was to elaborate a sociological interpretation of the temporal experiences of young adults inserted in the models of formal salary and platform-mediated work, paying attention to the differences and approximations of these experiences from the stability of the model of work performed. The research was organized based on the qualitative method, conducting in-depth interviews with 18 workers – seven formal salaried workers in the administrative sector and 11 delivery workers using apps –, with the analysis being carried out based on the three temporal dimensions previously mentioned. In the daily dimension of the temporal experience, we observed objective differences between the two groups, with delivery workers working longer hours and for more days and having more disorganized routines, but also approximations, based on a tendency of formal salaried work to incorporate similar dynamics those of platform work, such as non-payment for time spent at the company's disposal without performing any specific task. Still in this dimension, we saw how extrinsic factors to work have great weight in the daily experience, as well as the differences in the subjective appropriation of this experience. When analyzing the biographical dimension from the perspective of the past, we saw how the trajectories of most subjects in both groups are marked by fragmentation and instability, with multiple experiences and different types of bond (formal, informal, internship), as well as exploring the weight that increased access to higher levels of formal education had on these trajectories. With regard to the future, we saw how most of the subjects have their expectations marked by the social risk of economic insecurity, as well as presenting projects that often do not go through formal wages and are sometimes shortened to the reality of the present time. From the analysis of these two dimensions of time, we performed an interpretation of the generational experience of these young adults, demonstrating how they are part of a generation marked by the expansion of access to higher education, by the contraction of the experience of the present, by the relegation of formal salaried work and for projects for the future that involve a certain idealization of entrepreneurship. In conclusion, we demonstrate how there is a general tendency towards disorganization of the temporal experience in the Brazilian labor market, of which work mediated by platforms represents a kind of vanguard, but which also affects formal wage earners. Based on these findings, we point to the links between work models historically typical of the periphery of capitalism and its reorganization as a socioeconomic system, which implies a process of general social acceleration that has been theorized in recent years.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectExperience of timeen
dc.subjectMercado de trabalhopt_BR
dc.subjectLabor marketen
dc.subjectTrabalho informalpt_BR
dc.subjectTrabalho assalariadopt_BR
dc.subjectFormal salaryen
dc.subjectPlatform-mediated worken
dc.subjectSocial accelerationen
dc.titleCorrendo atrás da máquina : a experiência temporal de duas categorias de trabalhadores : assalariados formais e entregadores por aplicativospt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001188191pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Sociologiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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