Jeguatá : uma etnografia do percurso pelo reconhecimento dos direitos territoriais Mbyá-Guarani
dc.contributor.advisor | Anjos, José Carlos Gomes dos | pt_BR |
dc.contributor.author | Denardi, Mariana Machado | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-11-21T03:31:33Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2013 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/267351 | pt_BR |
dc.description.abstract | Este trabalho busca analisar o território mbyá-guarani enquanto expressividade a partir de uma etnografia dos acontecimentos, onde diferentes perspectivas sobre o território se enunciam e se conformam de forma complexa e dinâmica. Como campo de pesquisa, o estudo se delineia a partir da instituição do Grupo Técnico (GT) da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) de identificação e delimitação de áreas guarani na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul e de seus desdobramentos, conformando a demanda territorial mbyá-guarani. Busquei um enquadramento teórico-espistemológico que permitisse situar os acontecimentos analisados em um “entre-lugar”, reconhecendo um espaço de liminaridade e uma temporalidade intervalar situados no meio das designações de identidade e de território (BHABHA, 1998). Nesse exercício de análise, me propus a conferir centralidade aos acontecimentos, evidenciando a dimensão processual e relacional do território enquanto expressividade, conformado de forma fluida a partir de discursos e dispositivos em negociação, reconhecendo o protagonismo mbyá nesse processo sem, no entanto, negligenciar mecanismos de controle, tutela e repressão por parte do Estado e sociedade em geral. Problematizo natureza, cultura, direito, tecnociência, política enquanto categorias substanciais alertando sobre o quanto esse engessamento serve aos mecanismos pós-coloniais para desqualificar e deslegitimar os direitos territoriais indígenas. Nesse sentido, discuto as implicações políticas da produção de conhecimento científico e o nosso papel enquanto mediadores. Por fim, o percurso de pesquisa me levou a constantes deslocamentos epistemológicos que exigiram a ampliação das dimensões desse conflito para abarcar elementos de uma cosmopolítica mbyá. Essa pesquisa é fruto do percurso de aprendizado acadêmico e pessoal junto aos Mbyá com quem tive a oportunidade de conviver, e este produto final encontra-se situado em uma zona de conforto epistemológico provisória. | pt_BR |
dc.description.abstract | This research analyzes the mbyá-Guarani territory while expression from an ethnography of events, where different perspectives about the territory are enunciate and conform in complex and dynamic way. As a field of research, the study is outlined from the institution of the Technical Group (GT) of the National Indian Foundation (FUNAI) identification and delineation of the Guarani areas in the metropolitan region of Porto Alegre, Rio Grande do Sul and its aftermath, conforming the territorial mbyá-Guarani demand. I seek a theoretical and epistemological framework that allows to situate the events analyzed in an "in-between" recognizing a space of liminality and temporality interval amid the designations of identity and territory (Bhabha, 1998). In this analytical exercise, I propose to give centrality to events, showing the procedural and relational dimension of the territory as expressiveness, conformed fluidly from speeches and devices under negotiation, recognizing the mbyá role in this process without, however, neglecting control mechanisms, supervision and prosecution by the State and society in general. I problematize nature, culture, law, technoscience, politics while substantial categories warning about how this immobilization serves the postcolonial mechanisms to discredit and delegitimize indigenous territorial rights. Accordingly, I discuss the policy implications of scientific knowledge production and our role as mediators. Finally, the route of this research led me to constants epistemological shifts that required the expansion of the dimensions of this conflict to encompass elements of a mbyá cosmopolitics. This research is the result of the academic and personal route of learning with the Mbyá with whom I had the opportunity to live together, and this final product is situated in a provisional zone of epistemological comfort. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Territorialities | en |
dc.subject | Etnografia | pt_BR |
dc.subject | Perspectivism | en |
dc.subject | Territorialidade | pt_BR |
dc.subject | Índios mbyá-guarani | pt_BR |
dc.subject | Epistemologies | en |
dc.subject | Territorial rights | en |
dc.subject | Cosmopolitics | en |
dc.title | Jeguatá : uma etnografia do percurso pelo reconhecimento dos direitos territoriais Mbyá-Guarani | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001188008 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Faculdade de Ciências Econômicas | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2013 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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