Gestantes e o uso de substâncias psicoativas ilícitas : uma revisão integrativa
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Data
2023Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
Introdução: Por mais que tenha havido avanços em direção ao pensamento crítico sobre os papéis nas relações de gênero na sociedade, ainda é recorrente a carga de expectativas sobre o que é ser mulher, gestante e mãe. Em se tratando de mulheres gestantes que fazem uso de substâncias psicoativas ilícitas, o tratamento dispensado a elas é o de um julgamento duplo: por ser mulher e gestante usuária de drogas. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa sobre gestantes e o uso de substâncias psicoati ...
Introdução: Por mais que tenha havido avanços em direção ao pensamento crítico sobre os papéis nas relações de gênero na sociedade, ainda é recorrente a carga de expectativas sobre o que é ser mulher, gestante e mãe. Em se tratando de mulheres gestantes que fazem uso de substâncias psicoativas ilícitas, o tratamento dispensado a elas é o de um julgamento duplo: por ser mulher e gestante usuária de drogas. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa sobre gestantes e o uso de substâncias psicoativas ilícitas (maconha, cocaína e crack) a fim de descrever, compreender e refletir criticamente sobre o cuidado em saúde às gestantes usuárias de SPAs. Método: Revisão de literatura do tipo integrativa, de abordagem qualitativa, nas bases de dados da BVS-LILACS, com descritores controlados. Foram selecionados artigos que respondiam ao objetivo do estudo, sem delimitação de idioma ou data. Foi realizada análise de conteúdo com base em Bardin. Resultados: Foram analisados 28 artigos, que possibilitaram a elaboração das seguintes categorias empíricas: prevalência do uso de SPAs por gestantes, de exposição para fetos/bebês e consequências e efeitos do uso para o binômio; perfil, características e comportamento das gestantes usuárias; e desafios e estratégias/potencialidades no cuidado (integral) e/ou por equipes multidisciplinares e o acesso aos serviços de saúde para acompanhamento da gestação e tratamento para uso de SPAs. Conclusão: Evidencia-se que as produções na área da saúde têm se preocupado preponderantemente em abordar os efeitos orgânicos e as consequências do uso de SPAs, em especial para o feto/bebê. As consequências psicossociais e legais que o uso de SPAs por gestantes podem trazer a estas e aos fetos/bebês, como perda da guarda dos filhos, foram pouco exploradas. Para qualificar o cuidado em saúde junto a essa população, é preciso enfrentar desafios, como o julgamento moral por parte dos profissionais, e aproveitar as potencialidades, como a motivação das mulheres para cessar o uso durante a gestação. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
Coleções
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Ciências da Saúde (1515)
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