Um estudo sobre língua japonesa de sinais e shuwa : questões de língua, cultura, ensino e formação
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Data
2021Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Nem todo japonês, filho de pais japoneses e nascido no Japão, tem como língua materna a Língua Japonesa, o que pode ser uma realidade difícil de ser absorvida em um país famoso por sua homogeneidade. Essa é a realidade de muitos Surdos no Japão que têm como língua materna a língua japonesa de sinais, lá conhecida popularmente pelo termo nihon shuwa (日本手話), ou simplesmente shuwa. Existe, porém, uma complexa questão que envolve a definição desse termo; isso porque ele abarca não só a língua japon ...
Nem todo japonês, filho de pais japoneses e nascido no Japão, tem como língua materna a Língua Japonesa, o que pode ser uma realidade difícil de ser absorvida em um país famoso por sua homogeneidade. Essa é a realidade de muitos Surdos no Japão que têm como língua materna a língua japonesa de sinais, lá conhecida popularmente pelo termo nihon shuwa (日本手話), ou simplesmente shuwa. Existe, porém, uma complexa questão que envolve a definição desse termo; isso porque ele abarca não só a língua japonesa de sinais como também o japonês sinalizado e qualquer outro tipo de sinalização, independentemente de sua hereditariedade, o que equivaleria ao termo brasileiro “sinais”. A ambiguidade dessa terminologia, que une diversas formas de comunicação diferentes sob o mesmo guarda-chuva, apagou o status linguístico da língua japonesa de sinais, camuflando-a como sendo uma forma de falar japonês com as mãos. O que historicamente garantiu a entrada da Língua de Sinais em espaços ocupados exclusivamente pela Língua Japonesa, atualmente, poderia estar atuando como impedimento para seu efetivo reconhecimento linguístico, como sendo uma língua de herança autônoma e dotada de gramática própria. O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental que traça a história das múltiplas formas de sinalização e das terminologias utilizadas no Japão, fazendo um paralelo entre a sociedade japonesa e a organização desse grupo linguístico minoritário. Isso porque essa terminologia, mais do que um desafio tradutório, tem impacto direto no ensino dentro das escolas de Surdos e clubes de estudo, na formação e atuação de intérpretes de língua japonesa de sinais, na produção de materiais didáticos informativos, bem como na promoção da própria língua. Este trabalho tem por objetivo considerar o cenário sociolinguístico e político da Comunidade Surda Japonesa, elencando possíveis explicações para a utilização do termo genérico shuwa, estabelecendo como objetivo específico discutir suas definições, observando como ele vinha sendo utilizado até então e como as novas Leis de shuwa, propostas pela Federação Japonesa de Surdos, seriam indício de uma nova fase da comunidade que poderia estar buscando seu reconhecimento linguístico aos moldes internacionais. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Curso de Letras: Habilitação em Tradutor Português e Japonês: Bacharelado.
Coleções
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TCC Letras (1211)
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