Mundos-Conjuntos : ecologias atencionais e a coemergência de territórios existenciais com bibliotecas periféricas e suas (in)comunidades
Fecha
2023Autor
Tutor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
Esta pesquisa investiga o funcionamento da atenção no coengendramento de mundos entre bibliotecas comunitárias e comunidades periféricas. A questão principal é: como as ecologias e políticas da atenção se apresentam na constituição das coleções e dos modos de funcionamento de bibliotecas comunitárias? Parte-se do referencial da ecologia da atenção e dos estudos da cognição inventiva, articulados com propostas teóricas da antropologia, psicologia e filosofia para problematizar a noção de mundo-t ...
Esta pesquisa investiga o funcionamento da atenção no coengendramento de mundos entre bibliotecas comunitárias e comunidades periféricas. A questão principal é: como as ecologias e políticas da atenção se apresentam na constituição das coleções e dos modos de funcionamento de bibliotecas comunitárias? Parte-se do referencial da ecologia da atenção e dos estudos da cognição inventiva, articulados com propostas teóricas da antropologia, psicologia e filosofia para problematizar a noção de mundo-território, propondo os mundos como materialidades situadas que emergem na interagência dos seres em coafetação com o meio. Foi desenvolvido um campo de investigação cartográfica com base em memórias fabuladas, articulando a teoria da ficção como bolsa, de Ursula le Guin e os conceitos de figuras de cordas (string figures) e SF, de Donna Haraway, para contar as histórias coletadas no campo de memórias como figuras a serem habitadas com respons(h)abilidade (response-ability). Foram analisados os processos atencionais coletivos envolvidos na constituição de regimes atencionais que marginalizam as periferias, da violência colonial às suas atualizações contemporâneas nas relações interseccionais de raça, classe e gênero. Propomos o território que emerge nos encontros nas bibliotecas comunitárias como a articulação de uma política atencional que envolve pessoas, lugares, livros, acervo, tecnologias, entre outros participantes em uma rede coemergente. Essa política de atenção inventiva possibilita a emergência de um modo de viver-junto e um modo de cuidado que ativamente busque a percepção das diferenças e a reinvenção coletiva das histórias da comunidade. Esse modo de fazer mundos oferece, para quem neles ingresse, oportunidade para conhecer, compreender, experimentar e (re)inventar a si e aos mundos. A noção de políticas atencionais é desenvolvida como dispositivo que, por meio do cultivo de movimentos atencionais abertos aos afetos presentes no encontro entre mundos heterogêneos, possa provocar rupturas nos regimes hegemônicos da atenção moderna-colonial, pelas quais possam passar histórias de cuidado e re-existência dos mundos periféricos para habitar e (re)inventar o presente. ...
Abstract
This research investigates how attention works in the co-engendering of worlds between community libraries and peripheral communities. The main question is: How do ecologies of attention and their policies appear in the constitution of collections and the functioning modes of community libraries? It starts from the ecology of attention and the inventive cognition studies, articulated with theoretical proposals from anthropology, psychology, and philosophy to problematize the notion of world-ter ...
This research investigates how attention works in the co-engendering of worlds between community libraries and peripheral communities. The main question is: How do ecologies of attention and their policies appear in the constitution of collections and the functioning modes of community libraries? It starts from the ecology of attention and the inventive cognition studies, articulated with theoretical proposals from anthropology, psychology, and philosophy to problematize the notion of world-territory. We propose the worlds as situated materialities that emerge in the interaction of beings, co-affected with the environment. Therefore, we develop a cartographic research, based on fabled memories, articulating the carrier bag theory of fiction, by Ursula le Guin, and string figures and SF concepts, by Donna Haraway, to tell the stories collected in the field of memories as figures to be inhabited with response-ability. We analyze the collective attentional processes involved in the constitution of attentional regimes that marginalize the peripheries, from the colonial violence to its contemporary updates in the intersectional relations of race, class and gender. We propose the territory that emerges in encounters at community libraries as an articulation of an attention policy that involves people, places, books, collections, technologies, among other participants in a coemergent web. This policy of inventive attention enables the emergence of a way of living-together and a way of caring that actively seeks the perception of differences and the collective reinvention of community histories. This way of making worlds offers, for those who enter them, the opportunity to know, understand, experiment and (re)invent themselves and the worlds. The notion of attentional policies is developed as a device that, through the cultivation of attentional movements open to the affections present in the encounter between heterogeneous worlds, can perform ruptures in the hegemonic regimes of modern-colonial attention, through which stories of care and re-existence of the peripheral worlds can pass, to inhabit and (re)invent the present. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional.
Colecciones
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Ciencias Humanas (7479)
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