Modelo híbrido de atendimento ambulatorial no transplante renal : uma estratégia segura em tempos de pandemia
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Data
2023Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: A pandemia do Covid-19 representou um enorme desafio global aos sistemas de saúde, exigindo rápida modificação nos fluxos de atendimento no âmbito hospital e ambulatorial. A telemedicina e modelos híbridos de atendimento ambulatorial tornaram-se ferramentas fundamentais neste cenário, reduzindo o trânsito de indivíduos e o risco de contaminação e propagação da Covid- 19, entre outros benefícios. No entanto, faltam estudos de equivalência entre modelos de atendimento ambulatorial inc ...
Introdução: A pandemia do Covid-19 representou um enorme desafio global aos sistemas de saúde, exigindo rápida modificação nos fluxos de atendimento no âmbito hospital e ambulatorial. A telemedicina e modelos híbridos de atendimento ambulatorial tornaram-se ferramentas fundamentais neste cenário, reduzindo o trânsito de indivíduos e o risco de contaminação e propagação da Covid- 19, entre outros benefícios. No entanto, faltam estudos de equivalência entre modelos de atendimento ambulatorial incluindo a telemedicina em relação a desfechos clínicos relevantes em pacientes transplantados renais. Objetivo: Avaliar a equivalência do modelo híbrido de atendimento ambulatorial do paciente transplantado renal (na pandemia) com o modelo presencial padrão (pré- pandemia), em relação a número de hospitalizações, perda de função do enxerto e óbitos no seguimento de um ano. Métodos: Este estudo de coorte longitudinal retrospectivo incluiu pacientes transplantados renais de um hospital terciário do sul do Brasil com idade superior a 18 anos e com mais de um ano de transplante. Para avaliar a equivalência entre o modelo presencial e híbrido quanto ao número de internações, perda da função do enxerto renal e óbitos, foram aplicados os testes de equivalência unilateral [Two One-Sided Tests (TOST) e Teste de Equivalência. Parâmetros metabólicos também foram comparados ao longo de um ano. Resultados: Foram incluídos 194 participantes (56,7% masculino, idade mediana de 54 anos, faixa 22-76 anos, 88,7% brancos, 8,2% negros e 3,1% pardos). Foi observada equivalência entre os modelos no número de hospitalizações (p = 0,038), nas perdas de função do enxerto (p = 0,0359) e de óbitos (p = 0,007). Parâmetros metabólicos e renais também foram semelhantes entre os grupos. Conclusão: O modelo híbrido de atendimento ambulatorial foi equivalente ao modelo presencial em desfechos clínicos relevantes no seguimento de 1 ano, demonstrando ser uma estratégia segura no cuidado dos pacientes transplantados renais durante a pandemia. Estudos maiores e de mais longo prazo são necessários para confirmar esses achados. ...
Abstract
Background: The Covid-19 pandemic represented an enormous global challenge for health systems, requiring a rapid change in workflows at the hospital and outpatient levels. Telemedicine and hybrid models of outpatient care have become fundamental tools in this scenario, reducing the traffic of individuals and the risk of contamination and the spread of Covid-19, among other benefits. However, there is a lack of equivalence studies among models of outpatient care, including telemedicine, regardin ...
Background: The Covid-19 pandemic represented an enormous global challenge for health systems, requiring a rapid change in workflows at the hospital and outpatient levels. Telemedicine and hybrid models of outpatient care have become fundamental tools in this scenario, reducing the traffic of individuals and the risk of contamination and the spread of Covid-19, among other benefits. However, there is a lack of equivalence studies among models of outpatient care, including telemedicine, regarding relevant clinical outcomes in kidney transplant patients. Objective: To evaluate the equivalence of the hybrid model of outpatient care for kidney transplant patients (during the pandemic) with the standard in-person model (pre-pandemic) regarding the number of hospitalizations, loss of graft function, and deaths in the one-year follow-up. Methods: This retrospective longitudinal cohort study included kidney transplant patients from a tertiary hospital in southern Brazil aged over 18 years with more than one year of transplantation. To evaluate the equivalence between the in-person and hybrid model regarding the number of hospitalizations, loss of renal graft function, and deaths, the unilateral equivalence tests [Two One-Sided Tests (TOST) and Equivalence Testing were applied. Metabolic parameters were also compared over one year. Results: We included 194 participants (56.7% male, median age 54 years, range 22-76 years, 88.7% white, 8.2% black, and 3.1% brown). Equivalence was observed in the number of hospitalizations (p = 0.038), loss of graft function (p = 0.0359), and deaths (p = 0.007) between the groups. Metabolic and renal parameters were also similar between groups. Conclusion: The hybrid model of outpatient care was equivalent to the in-person model regarding relevant clinical outcomes in the 1-year follow- up, proving to be a safe strategy for kidney transplant patients during the pandemic. Larger and longer-term studies are needed to confirm these findings. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia.
Coleções
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Ciências da Saúde (9085)Endocrinologia (389)
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