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dc.contributor.advisorVerdum, Robertopt_BR
dc.contributor.authorGarcia, Miguel Pocharskipt_BR
dc.date.accessioned2023-06-24T03:38:48Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/259407pt_BR
dc.description.abstractEste estudo se enquadra na temática de mudanças climáticas, com ênfase em ondas de calor. Diversas pesquisas evidenciaram que esses fenômenos estão mais recorrentes e intensos em várias partes do mundo. Há um forte consenso que indica os trabalhadores rurais como o grupo populacional mais afetado por esse problema, pois executam suas atividades mais expostos ao calor ocupacional. Como desfecho, podem apresentar quadros de estresse térmico ou insolação, o que afeta a saúde e produtividade. Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar os impactos das ondas de calor na saúde e produtividade dos trabalhadores rurais de Campo Bom/RS. A metodologia teve como base o programa "High Occupational Temperature Health and Productivity Suppression" (HOTHAPS), que dispõe de protocolos de pesquisa desenvolvidos para avaliar o calor ocupacional. Os dados atmosféricos foram obtidos, em maior parte, da estação meteorológica de Campo Bom/RS, gerida pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Para identificar as ondas de calor, utilizou-se a técnica de percentil (percentis 90°, 95° e 97,5°). Isso foi feito com base nas temperaturas máximas e mínimas diárias dos últimos 30 anos (1993-2022). A regressão de Poisson foi usada para prever a ocorrência das ondas de calor com o passar dos anos. O nível de exposição foi estimado para janeiro e fevereiro de 2022, através do índice Wet-Bulb Globe Temperature (WBGT). A compatibilidade entre os valores de WBGT e ondas de calor foi avaliada por meio da correlação de Spearman e do teste t de Welch. Também, foram feitas entrevistas com 43 trabalhadores rurais de Campo Bom/RS para aplicar um formulário de pesquisa qualitativo. Como complemento, algumas respostas foram testadas por meio de regressão logística. Sobre os resultados, foram identificadas 32 ondas de calor (90°), 08 (95°) e 04 (97,5°). A regressão de Poisson mostrou que a passagem dos anos aumenta a probabilidade de novas ocorrências em 17,4% para o percentil 95° e em 4,3% para o 90°, o que elevará o número médio anual dos fenômenos no futuro. O WBGT demonstrou que o conforto térmico é pior no turno da tarde, inclusive com valores que ultrapassam os limiares indicados para o trabalho. A correlação entre os valores de WBGT e ondas de calor foi positiva, com Rho de Spearman = 0,72 e p=0,001. O teste t de Welch revelou diferenças significativas nas pontuações médias do WBGT em dias com ondas de calor (M = 28,0, DP = 0,99) e sem elas (M = 24,1, DP = 1,62). Nas entrevistas, 41 trabalhadores (95,34%) destacaram sofrer perda de produtividade e 18 trabalhadores (41,86%) sentiram sintomas de estresse térmico. A regressão logística apontou que o principal fator associado ao estresse térmico foi o nível de esforço aplicado ao trabalho (OR=6,07, IC 95% [1,60, 23,0]), com até seis vezes mais chances de relatar o acometimento. Por fim, concluiu-se que há uma intensificação das ondas de calor em Campo Bom/RS e isso está causando prejuízos diretos aos trabalhadores rurais. A confirmação se deu pelos dados de WBGT, que estiveram por muitas vezes acima dos limites recomendados, e também pelo conjunto de relatos dos entrevistados, que revelou impactos sofridos na saúde e produtividade do trabalho.pt_BR
dc.description.abstractThis study fits into the theme of climate change, with emphasis on heat waves. Several researches have shown that these phenomena are more recurrent and intense in various parts of the world. There is a strong consensus that indicates rural workers as the population group most affected by this problem, once they perform their activities more exposed to occupational heat. As an outcome, they may experience heat stress or insolation, which affects health and productivity. Therefore, the objective of this research was to evaluate the impacts of heat waves on health and productivity of rural workers in Campo Bom/RS. The methodology was based on the "High Occupational Temperature Health and Productivity Suppression" (HOTHAPS) program, which has research protocols developed to evaluate occupational heat. The atmospheric data were obtained, in the most part, from the Campo Bom/RS meteorological station, managed by the National Institute of Meteorology. To identify the heat waves, the percentile technique was used (percentiles 90°, 95° and 97,5°). It was done based on daily maximum and minimum temperatures for the last 30 years (1993-2022). Poisson regression was used to predict the occurrence of heat waves over the years. The exposure level was estimated for january and february of 2022 using the Wet-Bulb Globe Temperature (WBGT) index. The compatibility between WBGT values and heat waves was evaluated using Spearman's correlation and Welch's t-test. Also, interviews were carried out with 43 rural workers from Campo Bom/RS to apply a qualitative research form. As a complement, some answers were tested using logistic regression. About the results, 32 heat waves (90°), 08 (95°) and 04 (97,5°) were identified. Poisson regression showed that the passing of years increases the probability of new occurrences in 17,4% for the 95° percentile and 4,3% for the 90°, which will raise the average annual number of phenomena in the future. The WBGT showed that thermal comfort is worse in the afternoon, even with values that exceed the thresholds indicated for work. The correlation between WBGT values and heat waves was positive, with Spearman's Rho = 0,72 and p = 0,001. Welch's t-test revealed significant differences in medium WBGT scores on days with heat waves (M = 28,0, DP = 0,99) and on days without them (M = 24,1, DP = 1,62). In the interviews, 41 workers (95,34%) reported suffering loss of productivity and 18 workers (41,86%) felt symptoms of thermal stress. Logistic regression pointed that the main factor associated with thermal stress was the level of effort applied to work (OR = 6,07, IC 95% [1,60, 23,0]), with up to six times more chances of reporting the involvement. Finally, it was concluded that there is an intensification of heat waves in Campo Bom/RS and this is causing direct prejudices to rural workers. The confirmation was given by the WBGT data, which was above the recommended limits many times, and also by the set of reports of the interviewees, which revealed impacts suffered on health and work productivity.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectGeografia ambientalpt_BR
dc.subjectClimate changeen
dc.subjectMudanças climáticaspt_BR
dc.subjectHeat wavesen
dc.subjectOccupational heaten
dc.subjectEstresse térmicopt_BR
dc.subjectCalor ocupacionalpt_BR
dc.subjectThermal stressen
dc.subjectProductivityen
dc.subjectProdutividadept_BR
dc.subjectTrabalhadores ruraispt_BR
dc.titleAvaliação dos impactos das ondas de calor na saúde e produtividade dos trabalhadores rurais : município de Campo Bom - Rio Grande do Sul, Brasilpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001172273pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Geociênciaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Geografiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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