Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorConte, Danielpt_BR
dc.contributor.authorScarton, Mithiele da Silvapt_BR
dc.date.accessioned2023-05-13T03:26:46Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/258020pt_BR
dc.description.abstractSão Tomé e Príncipe, país insular africano localizado no Golfo da Guiné, é o menor país de língua oficial portuguesa. Nele, contudo, encontramos uma literatura que irrompe parâmetros linguísticos e passa a expressar-se também por meio do crioulo forro, língua originada do encontro entre o português e as línguas africanas que compuseram, junto de suas diferentes vertentes, o mosaico cultural santomense. A partir desse contexto, entendemos que a literatura nesse país surge como possibilidade de contestação histórica e cultural de um povo outrora silenciado pelo jugo colonial. Com base nos estudos pós-coloniais, destacamos, aqui, a produção contística da escritora santomense Olinda Beja enquanto possibilidade de voz à multiplicidade cultural do país, principalmente de cabo-verdianos, angolanos e moçambicanos, contratados para as roças de cacau e café, e seus descendentes que por meio de histórias passadas de geração em geração ressignificam o espaço desses sujeitos na narrativa da nação. Desse modo, a metodologia aqui empregada abarca uma pesquisa básica bibliográfica a partir de leituras ficcionais e o cotejamento com os eventos históricos. É a partir da memória das personagens presentes nas obras dessa escritora, em especial em Chá do Príncipe (2017), que buscamos perceber de que maneira esse encontro com o passado reconstrói o presente e possibilita uma visita à identidade do povo santomense. Para isso, amparamo-nos principalmente nos estudos de Aleida Assmann (2011), Márcio Seligmann-Silva (2003) e Maurice Halbwachs (1990), que trabalham com a memória e são suporte para percebermos o trabalho desta na permanência e representação de identidades. Ainda no que tange à importância da literatura africana de língua portuguesa, valemo-nos de textos de Inocência Mata (2008, 2018) e Francisco Noa (2015), seguidos de estudos de Homi Bhabha (1996, 2013) e Stuart Hall (1996, 2013, 2014, 2016), que desenvolvem conceitos como hibridismo e representação, importantes para a investigação aqui proposta. A partir dessas considerações, entendemos que é entre a narrativa que percorre a história, a memória e a identidade que Olinda Beja inscreve o imaginário das ilhas em um movimento de fluidez entre o eu e o outro, entre as raízes nas ilhas e um crescimento longe delas, em que tudo parece ganhar a dimensão do descobrimento e se transforma em conhecimento, de suas origens, do seu povo e dos caminhos percorridos para que hoje possa contar essas histórias.pt_BR
dc.description.abstractSão Tomé and Príncipe, an African island country located in the Gulf of Guinea, is the smallest Portuguese-speaking country. In it, however, we find literature that breaks linguistic parameters and is also produced in Forro, a language originated from the encounter between Portuguese and African languages that made up, together with its different aspects, the Santomean cultural mosaic. From this context, we understand that literature in this country emerges as a possibility of historical and cultural contestation of a people once silenced by the colonial yoke. Based on post-colonial studies, we highlight the production of the Santomean writer Olinda Beja as a possible voice to the cultural multiplicity of the country, mainly Cape Verdeans, Angolans and Mozambicans, hired for the cocoa and coffee plantations, and their descendants which, through stories passed down from generation to generation, re-signify the space of these individuals in the nation's narrative. Thus, the methodology used here encompasses a basic bibliographical research based on fictional readings and the comparison with historical events. It is from the memory of the characters present in the works of this writer, especially in Chá do Príncipe (2017), that we seek to understand how this encounter with the past reconstructs the present and allows a visit to the identity of the Santomean people. For this, we rely mainly on the studies of Aleida Assmann (2011), Márcio Seligmann-Silva (2003) and Maurice Halbwachs (1990), who work with memories and give the support the perception of its work in the permanence and representation of identities. Still regarding the importance of African literature in Portuguese, we use texts by Inocência Mata (2008, 2018) and Francisco Noa (2015), followed by studies by Homi Bhabha (1996, 2013) and Stuart Hall (1996, 2013, 2014, 2016), who develop concepts such as hybridity and representation, which are important for the investigation proposed here. From these considerations, we understand that history is sewn through its narrative, memory and identity, and that Olinda Beja inscribes the imaginary of the islands in a movement of fluidity between the self and the other, between the roots in the islands and a distant growth from them, in which everything seems to gain the dimension of discovery and becomes knowledge, from its origins, its people and the paths taken so that these stories get to be told today.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectLiteratura africanapt_BR
dc.subjectMemoryen
dc.subjectMemóriapt_BR
dc.subjectIdentityen
dc.subjectIdentidadept_BR
dc.subjectSantomean literatureen
dc.subjectOlinda Bejaen
dc.titleIdentidades em movimento : uma análise da memória enquanto ferramenta de construção identitária santomense na obra de Olinda Bejapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001168722pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Letraspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples