Frontier walkers : resistance and normativity in LGBT+ speeches

Abstract

This research dealt with in this article addresses LGBT+ enunciations about discrimination that takes the form of LGBT+phobia . Held in 2016, it had the collaboration of sixteen participants aged between 19 and 36 years old and residing in Porto Alegre, Gravataí, Canoas or Alvorada, in the State of Rio Grande do Sul . It tries to understand discourses, evidencing the meaning effects related to LGBT+phobia and the ways in which these meanings are linked, or not, to movements of resistance to heteronormativity. In the data production stage, we used virtual questionnaires, through the free Survey Monkey platform , constituting a qualitative work from the perspectives of Menga Lüdke, Marli André and Maria Cecília de Souza Minayo. The research is justified by the search for understanding of the possibilities of LGBT+ people saying, apprehending how the silencing, the interdiction of saying and the transgression are materialized in a tense way in the discourses. Jonathan Ned Katz, Júlio Assis Simões, Regina Facchini and João Silvério Trevisan invite you to think about the history of hetero and homosexuality. Michel Pêcheux and Eni Orlandi are the central references to discuss games of power present in language games, enabling a less naive approach to discourses. Two meaning effects were identified - struggle ME and violence ME, inscribed in two antagonistic discursive formations - DF of Transgression and DF of Normativity, which, in turn, materialize the Ideological Formation of Heteronormativity Such discoveries demonstrate that subjects and meanings are constituted through the act of wandering, sliding, or in the interval. Even though sometimes silenced, LGBTs+ constitute the interval between the silence caused by LGBT+phobic words and gestures from others and the disruptive transgression.

A pesquisa de que trata este artigo aborda enunciados LGBT+ acerca da discriminação que assume a forma de LGBT+fobia. Realizada no ano de 2016, ela contou com a colaboração de dezesseis participantes com idade entre 19 e 36 anos e residentes em Porto Alegre, Gravataí, Canoas ou Alvorada, no Estado do Rio Grande do Sul. Ela intenta compreender os discursos, evidenciando efeitos de sentidos relacionados à LGBT+fobia e os modos como tais sentidos se vinculam, ou não, a movimentos de resistência à heteronorma. Na etapa de produção de dados, utilizamos questionários virtuais, através da plataforma gratuita Survey Monkey, constituindo um trabalho qualitativo a partir das perspectivas de Menga Lüdke, Marli André e Maria Cecília de Souza Minayo. A investigação justifica-se pela busca de entendimento das possibilidades do dizer de pessoas LGBT+, apreendendo como o silenciamento, a interdição do dizer e a transgressão se materializam de modo tenso nos discursos. Jonathan Ned Katz, Júlio Assis Simões, Regina Facchini e João Silvério Trevisan convocam a pensar sobre a história da hetero e da homossexualidade. Michel Pêcheux e Eni Orlandi são as referências centrais para problematizar jogos de poder presentes nos jogos de linguagem, possibilitando uma aproximação menos ingênua dos discursos. Dois efeitos de sentidos foram identificados – ES de luta e ES de violência, inscrevendo-se em duas formações discursivas antagônicas - FD da Transgressão e FD da Normatividade, que, por sua vez, materializam a Formação Ideológica da Heteronormatividade. Tais descobertas demonstram que sujeitos e sentidos se constituem na errância, no deslizamento, no intervalo. Mesmo que por vezes silenciados, LGBTs+ se constituem no intervalo entre o silêncio decorrente de palavras e gestos LGBT+fóbicos de outros e a transgressão disruptiva.