Show simple item record

dc.contributor.advisorCunha, Andre Moreirapt_BR
dc.contributor.authorValenti, Luiza Pecispt_BR
dc.date.accessioned2023-02-18T03:29:01Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/254920pt_BR
dc.description.abstractO presente trabalho busca ampliar e aprofundar a discussão sobre as consequências das assimetrias de poder no Sistema Monetário e Financeiro Internacional (SMFI), focando nos desafios enfrentados pelas economias sistemicamente menos relevantes durante os períodos de crise econômica. Sabe-se que, como consequência da hierarquia monetária existente, as relações no SMFI são pautadas pelos distintos graus de poder entre os atores internacionais. Entendendo que o funcionamento desse sistema influencia as relações para com outros Estados e os graus de autonomia das economias nacionais, amplia-se a discussão a partir de uma abordagem que considera aspectos endógenos e exógenos. Dessa forma, considerando as diferenças macroeconômicas estruturais, os diferentes graus de abertura financeira e as fragilidades estruturais específicas de cada país, assume-se que a capacidade de atuação por meio de políticas fiscais dos governos nacionais varia de acordo com a posição das economias no SMFI. Assim sendo, o conceito de espaço fiscal é trabalhado a partir da elaboração do Índice Multidimensional de Espaço Fiscal (IMEF), o qual considera as duas faces do poder, a autonomia e a vulnerabilidade externa, e pressupõe que a capacidade de resposta das economias em períodos de crise está diretamente relacionada com a disponibilidade de espaço fiscal. Responde-se, assim, ao objetivo central do trabalho, o qual consiste em analisar o espaço fiscal das economias a partir da dimensão da autonomia e da vulnerabilidade externa, visando avaliar as principais características que resultaram em uma maior ou menor capacidade de resposta das economias sistemicamente menos relevantes durante a Crise Financeira Global (CFG) e a crise da COVID-19. Para a construção do IMEF, é utilizado o banco de dados cross-crountry de espaço fiscal desenvolvido pelo Banco Mundial e aplica-se a metodologia de Análise de Componentes Principais (PCA). Levando em conta tanto a análise qualitativa e teórica quanto a análise quantitativa e empírica, pode-se concluir que (I) os momentos de crise são aqueles em que os Estados são impactados de forma mais contundente pelos efeitos das assimetrias de poder e, por conta disso, as condições macroeconômicas prévias ao período do choque são relevantes para analisar a capacidade de resposta, (II) o impacto das crises para o grupo dos países sistemicamente menos relevantes não só é compreendido a partir das condições macroeconômicas internas de cada Estado, mas também do ambiente de cooperação internacional, (III) existiram diferentes configurações do SMFI nas duas crises do século XXI e as decisões e não-decisões dos Estados Unidos foram cruciais para as respostas em âmbito multilateral e que (IV) a autonomia e a vulnerabilidade externa atuam de forma autônoma, a despeito de suas relações indiretas, e, por conta disso, a análise de cada dimensão é cara para o estabelecimento de políticas macroeconômicas que mitiguem efeitos de choques econômicos. A partir dos resultados encontrados, abre-se espaço analisar de forma desagregada o IMEF a fim de propor medidas específicas a serem adotadas pelas economias sistemicamente menos relevantes que mitiguem os impactos de crises econômicas.pt_BR
dc.description.abstractThe present work aims to broaden and deepen the discussion on the consequences of power asymmetries in the International Monetary and Financial System (IMFS), focusing on the challenges faced by systemically less relevant economies during periods of economic crisis. It is known that, as a consequence of the existing monetary hierarchy, relations in the SMFI are guided by different degrees of power among international actors. Understanding that the functioning of this system influences relations with other States and the autonomy capacities of national economies, the discussion is expanded from an approach that considers endogenous and exogenous aspects. Thus, considering the structural macroeconomic differences of each country and the different degrees of financial openness and specific structural weaknesses, it is assumed that the ability of national governments to act through fiscal policies varies according to the position of the economies in the IMFS. Therefore, the concept of fiscal space is operationalized from the elaboration of the Multidimensional Index of Fiscal Space, which considers the two sides of power, autonomy and external vulnerability, and assumes that the response capacity of economies in periods of crisis is directly related to the availability of fiscal space. This responds to the central objective of the work, which is to analyze the fiscal space of economies from the dimension of external vulnerability and autonomy, aiming to evaluate the main characteristics that resulted in a greater or lesser response capacity of the economies. systemically less relevant during the Global Financial Crisis (GFC) and the COVID-19 crisis. For the construction of the index, the cross-country database of fiscal space developed by the World Bank is used and the Principal Component Analysis (PCA) methodology is applied. Taking into account both qualitative and theoretical analysis and quantitative and empirical analysis, it can be concluded that (I) the moments of crisis are those in which States are most strongly impacted by the effects of power asymmetries and, on account of Furthermore, the macroeconomic conditions prior to the shock period are relevant to analyze the response capacity, (II) the impact of crises for the group of systemically less relevant countries is not only understood from the internal macroeconomic conditions of each State, but also of the international cooperation environment, (III) there were different configurations of the IMFS in the two crises of the 21st century and the decisions and non-decisions of the United States were crucial for responses at the multilateral level and that (IV) autonomy and external vulnerability act autonomously, despite their indirect relationships, and, because of this, the analysis of each dimension is expensive for the establishment of macroeconomic policies measures that mitigate the effects of economic shocks. Based on the results found, there is room to analyze in a disaggregated way the Multidimensional Index of Fiscal Space in order to propose specific measures to be adopted by less systemically relevant economies that mitigate the impacts of economic crises.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPandemia de COVID-19 (2020-)pt_BR
dc.subjectEconomic crisesen
dc.subjectSystemically less relevant countriesen
dc.subjectCrise econômicapt_BR
dc.subjectSistema Monetário Internacionalpt_BR
dc.subjectAutonomyen
dc.subjectSistema financeiro internacionalpt_BR
dc.subjectExternal vulnerabilityen
dc.subjectFiscal spaceen
dc.titleEspaço fiscal como representação de poder : uma análise da capacidade de resposta das economias sistemicamente menos relevantes durante a crise financeira global e a pandemia da COVID-19pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor-coPeruffo, Luizapt_BR
dc.identifier.nrb001162657pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Ciências Econômicaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Economiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Files in this item

Thumbnail
   

This item is licensed under a Creative Commons License

Show simple item record