Perfil inflamatório, obesidade e parâmetros dietéticos no pós-transplante renal
Fecha
2022Autor
Co-director
Nivel académico
Doctorado
Tipo
Resumo
Pacientes transplantados renais comumente experimentam ganho de peso expressivo, provavelmente associado às medicações imunossupressoras que provocam aumento de apetite, mas também por melhora dos sintomas urêmicos, diminuição das restrições dietéticas e dos níveis de atividade física. O ganho de peso, bem como a obesidade, nessa população apresenta-se como fatores de risco para o desenvolvimento de resistência à ação da insulina, síndrome metabólica, diabetes melito pós-transplante (DMPT), doe ...
Pacientes transplantados renais comumente experimentam ganho de peso expressivo, provavelmente associado às medicações imunossupressoras que provocam aumento de apetite, mas também por melhora dos sintomas urêmicos, diminuição das restrições dietéticas e dos níveis de atividade física. O ganho de peso, bem como a obesidade, nessa população apresenta-se como fatores de risco para o desenvolvimento de resistência à ação da insulina, síndrome metabólica, diabetes melito pós-transplante (DMPT), doenças cardiovasculares e piores desfechos clínicos. A resposta inflamatória do organismo à obesidade aparece como um dos mecanismos intermediários para tais resultados desfavoráveis. Além disso, fatores dietéticos parecem estar envolvidos no desenvolvimento de inflamação sistêmica de baixo grau. Contudo, a relação entre obesidade, dieta e resposta inflamatória em pacientes transplantados renais ainda permanece pouco explorado. Dessa maneira, essa tese buscou um melhor entendimento da interação entre obesidade, ingestão alimentar e inflamação sistêmica de baixo grau em pacientes receptores de transplante renal, a fim de propor abordagens dietéticas capazes de colaborar para melhores desfechos nessa população. Além disso, buscou-se identificar possíveis alterações metabólicas capazes de predizer o ganho de peso excessivo nos primeiros meses pós transplante. Para tal, realizou-se primeiramente um estudo transversal que avaliou a relação entre parâmetros antropométricos, marcadores inflamatórios (Proteína C-Reativa, Interleucinas 1β, 6, e 8, Fator de Necrose Tumoral e Leptina) e ingestão alimentar dois meses após o transplante renal. O segundo estudo, com desenho prospectivo, avaliou o efeito de uma dieta rica em proteína e com baixa carga glicêmica no perfil inflamatório de pacientes transplantados renais após seis meses de acompanhamento, por meio de um ensaio clínico randomizado. Em análise secundária, foi avaliado o papel dos marcadores inflamatórios como preditores de ganho de peso nessa população. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia.
Colecciones
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Ciencias de la Salud (9085)Endocrinología (389)
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