Conversa de refugiados: novas perspectivas críticas da escrita de e sobre refugiados em língua alemã
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Data
2022Autor
Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
As literaturas produzidas por ou sobre pessoas deslocadas apresentam um desafio para os estudos críticos, na medida em que contestam as noções padrões da língua arraigadas ao território, criticam as categorias literárias vernáculas e questionam as concepções individuais sobre autoria. O desarraigamento territorial contribui, sobretudo, para a contestação das histórias literárias dominantes (FARRIER, 2018), agregando o movimento e a fluidez dos espaços ao debate atual. Ao mesmo tempo que as narr ...
As literaturas produzidas por ou sobre pessoas deslocadas apresentam um desafio para os estudos críticos, na medida em que contestam as noções padrões da língua arraigadas ao território, criticam as categorias literárias vernáculas e questionam as concepções individuais sobre autoria. O desarraigamento territorial contribui, sobretudo, para a contestação das histórias literárias dominantes (FARRIER, 2018), agregando o movimento e a fluidez dos espaços ao debate atual. Ao mesmo tempo que as narrativas se ocupam da violência, dor e embates culturais, submetendo a literatura a uma ética testemunhal, se baseiam no desejo de despertar humanitário para a questão da crise migratória. Esta pesquisa argumenta que estas literaturas representam renovação dos estudos atuais sobre deslocamentos, se diferenciam em parte dos chamados escritos no/do exílio e partem de um ativismo literário. Para tanto, analisou-se três romances de língua alemã publicados no auge da “crise dos refugiados” na Europa: Gott ist nicht schüchtern (2017), de Olga Grjasnowa; Ohrfeige (2016), de Abbas Khider e Vor der Zunahme der Zeichen1 (2016), de Senthuran Varatharajah. Nas obras, as discussões sobre nova complexidade das fronteiras e identidades, subjugadas à categoria judicial validatória, presente no cerne da palavra “refugiado”, configuram algumas das contribuições desta pesquisa à tentativa de uma virada epistemológica (SOUSA SANTOS, 2018). ...
Abstract
Literatures written by or about displaced persons present a challenge for critical studies, as they contest the standard notions of language ingrained in the territory, criticize vernacular literary categories, and question individual conceptions of authorship. Territorial uprooting contributes, principally, to contesting the dominant literary stories (FARRIER, 2018), adding movement and fluidity of spaces to the current debate. At the same time that the narratives deal with violence, pain and ...
Literatures written by or about displaced persons present a challenge for critical studies, as they contest the standard notions of language ingrained in the territory, criticize vernacular literary categories, and question individual conceptions of authorship. Territorial uprooting contributes, principally, to contesting the dominant literary stories (FARRIER, 2018), adding movement and fluidity of spaces to the current debate. At the same time that the narratives deal with violence, pain and cultural clashes, submitting literature to a testimonial ethics, they are based on the desire to raise humanitarian awareness of the issue of the migration crisis world. This research argues that these literatures represent a renewal of current studies on flee, differ in part from the so-called writings in/from exile, and proceed from a kind of literary activism. For this purpose, three German-language novels were analyzed that were published in Europe at the height of the “refugee crisis”: Gott ist nicht schüchtern (2017), by Olga Grjasnowa; Ohrfeige (2016) by Abbas Khider und Vor der Zuhnahme der Zeichen (2016) by Senthuran Varatharajah. In the works, the discussions on the new complexities of borders and identities subjected to the validating legal category present at the heart of the word “refugee” configure some of the contributions of this research in attempting an epistemological turn (SOUSA SANTOS, 2018). ...
Zusammenfassung
Literatur, die von oder über forced migrants geschrieben wurde, stellt eine Herausforderung für kritische Studien dar, da sie die im Territorium tief verwurzelten Standardvorstellungen von Sprache in Frage stellen, einheimische literarische Kategorien kritisieren und individuelle Vorstellungen von Autorschaft widerlegen. Themen der territorialen Entwurzelung, insbesondere in der Literatur, tragen zu einer möglichen Veränderung des Imaginären von Räumen bei, indem sie ihnen die Idee von Bewegung ...
Literatur, die von oder über forced migrants geschrieben wurde, stellt eine Herausforderung für kritische Studien dar, da sie die im Territorium tief verwurzelten Standardvorstellungen von Sprache in Frage stellen, einheimische literarische Kategorien kritisieren und individuelle Vorstellungen von Autorschaft widerlegen. Themen der territorialen Entwurzelung, insbesondere in der Literatur, tragen zu einer möglichen Veränderung des Imaginären von Räumen bei, indem sie ihnen die Idee von Bewegung und Fluidität hinzufügen, vor allem indem sie die aktuelle Literaturgeschichte in Frage stellen (FARRIER, 2018). Während sich die Narrative mit Gewalt, Trauer und kulturellen Konflikten auseinandersetzen und die Literatur sich einer testimonial ethic unterwirft, basiert diese des Weiteren auf dem Wunsch, das humanitäre Bewusstsein für das Thema der Migrationskrisenwelt zu schärfen. Diese Forschung argumentiert, dass diese Literaturen eine Erneuerung aktueller Studien zu Flucht darstellen, sich teilweise von den sogenannten Schriften im/aus dem Exil unterscheiden und von einem sozusagen literarischen Aktivismus ausgehen. Dazu wurden drei deutschsprachige Romane analysiert, die auf dem Höhepunkt der „Flüchtlingskrise“ in Europa erschienen sind: Gott ist nicht schüchtern (2017), von Olga Grjasnowa; Ohrfeige (2016) von Abbas Khider und Vor der Zuhnahme der Zeichen (2016) von Senthuran Varatharajah. In den Arbeiten konfigurieren die Diskussionen über die neue Komplexität von Grenzen und Identitäten, die der validierenden juristischen Kategorie unterworfen sind, die im Herzen des Wortes „Flüchtling“ vorhanden sind, einige der Beiträge dieser Forschung zum Versuch einer erkenntnistheoretischen Wende (SOUSA SANTOS, 2018). ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
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