Avaliação do efeito da obesidade na associação entre doença cardíaca isquêmica e disfunção erétil
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Data
2010Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Resumo
Introdução: A associação entre a disfunção erétil (DE) e a doença arterial coronariana (DAC) tem sido ressaltada em vários estudos, mas ainda é incerta a interação da obesidade central nesta associação. O objetivo do estudo foi avaliar se a associação entre DE e DAC difere, em diferentes grupos etários (<60 anos e ≥60 anos), conforme a presença de obesidade e de outros fatores de risco cardiovascular (tabagismo, sedentarismo, dislipidemia, hiperglicemia e hipertensão arterial sistêmica), além d ...
Introdução: A associação entre a disfunção erétil (DE) e a doença arterial coronariana (DAC) tem sido ressaltada em vários estudos, mas ainda é incerta a interação da obesidade central nesta associação. O objetivo do estudo foi avaliar se a associação entre DE e DAC difere, em diferentes grupos etários (<60 anos e ≥60 anos), conforme a presença de obesidade e de outros fatores de risco cardiovascular (tabagismo, sedentarismo, dislipidemia, hiperglicemia e hipertensão arterial sistêmica), além dos níveis séricos de testosterona total e de proteína C reativa e do consumo de bebidas alcoólicas. Método: Dentre os pacientes referenciados à cinecoronariografia no Serviço de Hemodinâmica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, selecionou-se indivíduos consecutivos com e sem DAC, em delineamento tipo casos e controles. Definiu-se como DAC a presença de estenoses angiográficas de pelo menos 50% do diâmetro da luz em qualquer coronária ou ramo com mais de 3 mm de diâmetro. A função erétil foi avaliada pelo International Index of Erectile Function questionnaire (IIEF), e os fatores de risco cardiovascular e os níveis séricos de testosterona total e de proteína C reativa foram aferidos por metodologia padrão. A análise estatística incluiu o teste do qui-quadrado de Pearson e regressões logísticas, com intuito de avaliar a associação entre DE e DAC em toda amostra e em pacientes estratificados pela idade de 60 anos. Um P<0,05 foi considerado para fins de significância estatística. Resultados: A média etária dos pacientes foi de 58,3 ± 8,9 anos. Demonstrou-se associação entre DAC e DE apenas nos indivíduos com idade inferior a 60 anos: neste segmento etário a DE ocorria em 68,8% dos homens com DAC versus 46,7% dos homens sem DAC (P=0,009). Esta associação se mostrou independente da presença de outros fatores de risco cardiovascular e dos níveis séricos de testosterona total e de proteína C reativa (risco relativo: 2,3, IC 95%: 1,04-5,19). Similarmente, verificou-se que a severidade da DAC era maior entre os indivíduos com DE e idade inferior a 60 anos. Conclusões: Dentre os homens com idade inferior a 60 anos, aqueles que têm queixas de DE apresentam um risco aumentado (independentemente de outros fatores de risco cardiovascular) de possuir a forma crônica da DAC. Nos homens mais idosos, a queixa de DE não está associada de modo independente com a ocorrência de DAC. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas.
Coleções
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Ciências da Saúde (9148)Ciências Médicas (1560)
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