A trajetória de um pintor indígena na Escola Cusquenha : Diego Quispe Tito (Vice-Reino do Peru, século XVII)
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2019Author
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Abstract in Portuguese (Brasil)
Ao final do século XVI, o Vice-Reino do Peru começa a ser alvo de políticas visuais implementadas pela Coroa espanhola, a partir da união desta com a Igreja Católica. A iniciativa foi fruto de diretrizes construídas no Concílio de Trento, reunião em que as formas eficazes de conversão dos indígenas da região foram discutidas. Funda-se, então, a Escola Cusquenha da Arte, localizada no centro do Vice-Reino. Neste local, indígenas provenientes da elite andina são instruídos a reproduzirem, em tela ...
Ao final do século XVI, o Vice-Reino do Peru começa a ser alvo de políticas visuais implementadas pela Coroa espanhola, a partir da união desta com a Igreja Católica. A iniciativa foi fruto de diretrizes construídas no Concílio de Trento, reunião em que as formas eficazes de conversão dos indígenas da região foram discutidas. Funda-se, então, a Escola Cusquenha da Arte, localizada no centro do Vice-Reino. Neste local, indígenas provenientes da elite andina são instruídos a reproduzirem, em telas, figuras religiosas ou cenas sacralizadas para transmitir ensinamentos do catolicismo à população nativa. O objetivo central da presente pesquisa é dar ênfase à trajetória de um desses artistas, Diego Quispe Tito, a partir de análises produzidas acerca de suas telas. Para abordar a atuação deste pintor indígena dentro de um espaço criado pelos espanhóis, foi aplicado o conceito de “homem ordinário” desenvolvido por Michel de Certeau (1994). Partindo desta categoria, é possível pensar na obtenção de pequenas liberdades e na reelaboração de códigos ocidentais exercidas por Quispe Tito dentro do ambiente em que circulava. ...
Resumen
A partir del final del siglo XVI el Virreinato del Peru empieza a ser objetivo de políticas visuales implantadas por la Corona española juntamente con la Iglesia Católica. La iniciativa fue fruto de las diretrizes construydas en el Consejo de Trento, reunión en la cual fueron discutidas las formas eficazes de la conversión de los indígenas de la región. Surge, entonces, la Escuela Cusqueña de Arte, ubicada en el centro del Virreinato. En esta escuela, indígenas provenientes de la elite andina s ...
A partir del final del siglo XVI el Virreinato del Peru empieza a ser objetivo de políticas visuales implantadas por la Corona española juntamente con la Iglesia Católica. La iniciativa fue fruto de las diretrizes construydas en el Consejo de Trento, reunión en la cual fueron discutidas las formas eficazes de la conversión de los indígenas de la región. Surge, entonces, la Escuela Cusqueña de Arte, ubicada en el centro del Virreinato. En esta escuela, indígenas provenientes de la elite andina son instruidos a reproduciren en lienzos, figuras religiosas o enscenas sagradas con el propósito de transmitir las enseñanzas del catolicismo a la población nativa. El objetivo central de la presente pesquisa es enfatizar la trayectoria de uno de esos artistas, Diego Quispe Tito, a partir de análisis desarrollados de su obra. Para abordar la actuación de este pintor indígena dentro de un espacio creado por los españoles, fue utilizado el concepto de “hombre ordinario” desarollado por Michel de Certeau (1994). Partiendo de esta categoría, es posible pensar en la obtención de pequeñas libertades y en la reelaboración de códigos occidentales ejercidos por Quispe Tito en el ambiente que circulaba. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de História: Licenciatura.
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