Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorBaldissera, Rudimarpt_BR
dc.contributor.authorHumia, Ingrid Soarespt_BR
dc.date.accessioned2021-10-16T04:39:06Zpt_BR
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/230846pt_BR
dc.description.abstractAtualmente estamos presenciando uma crescente nas taxas de desemprego, que têm empurrado milhões de brasileiros para a informalidade. Na perspectiva de Antunes (2011), temos hoje um verdadeiro “exército de informais”. Grande parte desse exército sobrevive de trabalhos precarizados disponibilizados pelas organizações da nova economia de serviços através de novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), as plataformas digitais de entregas. São trabalhadores precarizados e plataformizados, que trabalham atrelados a uma organização algorítmica do trabalho e sob o ritmo do just in time (GROHMANN, 2020). Tais plataformas digitais são oriundas de organizações que se apoiam na lógica de flexibilidade neoliberal e não garantem nenhum tipo de seguridade social para o trabalhador plataformizado. Entretanto, percebemos que é crescente o número de brasileiros que se tornam trabalhadores plataformizados, não apenas como uma forma de obter rendimentos, mas também capturados pela comunicação organizacional dessas organizações, que promete ao trabalhador uma elevação ao patamar de empreendedor (GORZ, 2005; ABÍLIO, 2020). Diante disso, a realidade de precarização e de negação de seguridades sociais parece se ofuscar, e os trabalhadores plataformizados iniciam ciclos de autoexploração, suprimindo qualquer afeto de desamparo ou indignação. Assim, nosso trabalho se centra na investigação das estratégias de linguagem empreendidas na comunicação organizacional, no âmbito na dimensão da organização comunicada (BALDISSERA, 2009) e que podem estimular a racionalização dos afetos nos trabalhadores. Dessa forma, em nosso percurso teórico, dissertamos sobre a comunicação organizacional, as dinâmicas dos afetos e as transformações no mundo do trabalho em decorrência dos modelos produtivos. Em nossa pesquisa empírica, considerando o objetivo geral de compreender como a comunicação organizacional pode ser usada para estimular os trabalhadores plataformizados a racionalizarem os próprios afetos, analisamos os vídeos publicados pela organização iFood em seu canal de Youtube — “iFood para Entregadores” —, no período de janeiro de 2019 até janeiro de 2020. Examinamos as estratégias de linguagem (textos, sons, iconografias, gestos etc.) presentes nos vídeos por meio do método de análise semiótica (SANTAELLA, 1983; 2005), com base na Semiótica de Peirce, em conjugação com os fundamentos epistêmico-teóricos que acionamos na pesquisa. As análises evidenciaram que as estratégias de linguagem empregadas pela organização iFood nos referidos vídeos exercem uma tentativa de estímulo à racionalização dos afetos dos trabalhadores plataformizados. Dessa forma, procura efetuar tentativa de potencializar os afetos que podem fomentar ideias e comportamentos aderentes aos objetivos e valores organizacionais (Afeto de Alegria, Afeto de Ousadia e Afeto de Medo) e/ou suprimindo aqueles que podem comprometer o engajamento dos trabalhadores e, consequentemente, a produtividade (Afeto de Esgotamento, Afeto de Desamparo e Afeto de Indignação).pt_BR
dc.description.abstractWe are currently witnessing a rise in unemployment rates that has pushed millions of brazilians into informality. In the perspective of Antunes (2011) today we have a true “army of informals”. Much of this army survives on precarious jobs made available by organizations of the new service economy through new information and communication technologies (ICT), digital delivery platforms. They are precarious and platform workers, who work linked to an algorithmic organization of work and at the pace of “just in time” (GROHMANN, 2020). Such digital platforms come from organizations that rely on the neoliberal logic of flexibility and do not guarantee any type of social security for the platform worker. However, we notice that the number of Brazilians who become platform workers is growing, not only as a way to obtain income, but also captured by the organizational communication of these organizations, which promises the worker an elevation to the level of entrepreneur (GORZ, 2005; ABÍLIO , 2020). Therefore, the reality of precariousness and denial of social security seems to be overshadowed, and platform workers begin cycles of self-exploration, suppressing any affect of helplessness or indignation. Therefore, our work focuses on the investigation of language strategies, they are the language strategies, undertaken in organizational communication, within the dimension of the communicated organization (BALDISSERA, 2009) and that can stimulate the rationalization of affects in workers. Thus, in our theoretical path, we discuss organizational communication, the dynamics of affections and the transformations in the world of work as a result of production models. In our empirical research, considering the general objective of understanding how organizational communication can be used to encourage platform workers to rationalize their own affections, we analyzed the videos published by the organization iFood on its YouTube channel "iFood para Entregadores" in January from 2019 to January 2020. We analyzed the language strategies (texts, sounds, iconographies, gestures, etc.) present in the videos through the semiotic analysis method (SANTAELLA, 1983, 2005), based on Peirce's Semiotics, in conjunction with our epistemic-theoretical foundations. The analyzes showed that the language strategies employed by the iFood organization in these videos are an attempt to stimulate the rationalization of the platform workers' affections. In this way, making an attempt to leverage the affections that can foster ideas and behaviors in line with organizational goals and values (Affection of Joy, Affection of Boldness and Affection of Fear) and/or suppressing those that can compromise the engagement of workers and, consequently , productivity (Affect of Exhaustion, Affect of Helplessness and Affect of Wrath).en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectCommunicationen
dc.subjectComunicação organizacionalpt_BR
dc.subjectOrganizational communicationsen
dc.subjectTrabalhopt_BR
dc.subjectAfetopt_BR
dc.subjectAffectionsen
dc.subjectLaboren
dc.subjectPlatformizationen
dc.titleO afeto não cabe na bag: comunicação organizacional e os estímulos à racionalização dos afetos na realidade do trabalhador da plataforma digital de entregas iFoodpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001132632pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Biblioteconomia e Comunicaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Comunicaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2021pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples