The local intelligibility of brazilian learners’ speech in english (l2) to argentinian and german listeners : a discussion on non-native perception from a complex, dynamic perspective
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Data
2021Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Abstract
This thesis aims to investigate the intelligibility of the L2 English spoken by Brazilian learners when perceived by other non-native learners. We examine the local intelligibility (MUNRO; DEWING, 2015) of words with the vowels [æ] – [ɛ] and [i] – [ɪ]. We adopt a Complex, Dynamic view of language (DE BOT; LOWIE; THORNE, 2013, BECKNER et al., 2009; LARSEN-FREEMAN, 2017) and apply two complementary analyses, inferential and exploratory, in order to observe (a) the intelligibility rates of the tar ...
This thesis aims to investigate the intelligibility of the L2 English spoken by Brazilian learners when perceived by other non-native learners. We examine the local intelligibility (MUNRO; DEWING, 2015) of words with the vowels [æ] – [ɛ] and [i] – [ɪ]. We adopt a Complex, Dynamic view of language (DE BOT; LOWIE; THORNE, 2013, BECKNER et al., 2009; LARSEN-FREEMAN, 2017) and apply two complementary analyses, inferential and exploratory, in order to observe (a) the intelligibility rates of the target words produced by our participants; (b) the variables that have effects on the identification of the target vowels; and (c) the acoustic and participant-related characteristics that play a role in that identification. We collected samples produced by six Brazilian learners of English, at three levels of proficiency, all native speakers of Porto-Alegrense Brazilian Portuguese. Additionally, two native speakers of Canadian English provided baseline tokens. We selected 128 sentences as stimuli for the forced-choice perception task. Our 46 listeners were organised in two groups: Argentinian native speakers of Riverplate Spanish, and German native speakers of Central German. As for our first goal, our mixed-effects logistic models show an effect of the listener’s L1 on the intelligibility rates of the words with the [æ] – [ɛ] vowels. Tokens with [æ] were more intelligible to Germans, and the ones with [ɛ] were more intelligible to Argentinians. L1 was not significant for the accurate identification of words with [ɪ], but it was for tokens with [i]; Germans showed higher accuracy rates than Argentinians. As for our second goal, our model calculated L1 as a significant predictor variable of vowel identification for the mid/low pair, but not for the tense/lax one. F1 was not a significant predictor for the identification of [æ] and [ɛ], but it was for [i] and [ɪ]. F2 was significant for both pairs. The inferential statistics was complemented by an exploratory analysis, which took into account those statistically significant variables, as well as speakers’ proficiency levels and the length of the vowels in the stimuli. As for our third goal, our stimulus-by-stimulus analyses suggest that participant-related characteristics and acoustic cues are combined by the listeners in different ways, leading to emerging phenomena. We found that the temporal cue seems to play a strong role in the perception of the four vowels by Germans, a role that is not so clear in the perception of [ɛ] or [i] by Argentinians. Our exploratory investigation also suggests that both groups of listeners take the temporal cue in combination with F1 and F2, though the decisive status of those spectral cues appears more clearly in Argentinian identifications. Overall, our analyses suggest that the hybrid nature of both the non-native speakers’ and listeners’ systems will lead to emerging phenomena, as a result of the Complex, Dynamic way in which individual systems have developed. We understand that our findings highlight the need to take both speaker and listener into account when investigating L2 speech intelligibility, thus confirming the dynamic and complex nature of this process. ...
Resumo
O presente trabalho investiga a inteligibilidade do inglês (L2) falado por aprendizes brasileiros quando percebido por outros aprendizes não-nativos. Avalia-se a inteligibilidade local (MUNRO; DEWING, 2015) de palavras com as vogais [æ] – [ɛ] e [i] – [ɪ]. O trabalho adota uma visão de língua como Sistema Dinâmico e Complexo (DE BOT et al., 2013, BECKNER et al., 2009; LARSEN-FREEMAN, 2017) e utiliza-se de métodos complementares de análise, inferenciais e exploratórios, para investigar (a) a inte ...
O presente trabalho investiga a inteligibilidade do inglês (L2) falado por aprendizes brasileiros quando percebido por outros aprendizes não-nativos. Avalia-se a inteligibilidade local (MUNRO; DEWING, 2015) de palavras com as vogais [æ] – [ɛ] e [i] – [ɪ]. O trabalho adota uma visão de língua como Sistema Dinâmico e Complexo (DE BOT et al., 2013, BECKNER et al., 2009; LARSEN-FREEMAN, 2017) e utiliza-se de métodos complementares de análise, inferenciais e exploratórios, para investigar (a) a inteligibilidade das palavras-alvo produzidas pelos falantes no presente estudo; (b) as variáveis que têm efeitos sobre a identificação das vogais-alvo; e (c) o papel de características acústicas e relacionadas aos participantes nessa identificação. Foram coletadas produções de seis brasileiros aprendizes de inglês, em três níveis de proficiência, nativos da variedade porto-alegrense de português brasileiro. Dois falantes nativos de inglês canadense forneceram tokens de controle. Foram selecionados 128 estímulos para a tarefa de percepção de escolha forçada. Os 46 ouvintes compunham dois grupos: argentinos nativos de espanhol rio-platense, e alemães nativos de alemão central. Em relação ao primeiro objetivo da presente dissertação, os modelos logísticos de efeitos mistos mostraram efeito da L1 do ouvinte na inteligibilidade de palavras com as vogais [æ] – [ɛ]. Palavras com [æ] foram mais inteligíveis para alemães, e aquelas com [ɛ], para argentinos. A L1 não foi significativa para a identificação correta de palavras com [ɪ], mas o foi para palavras com [i]; alemães tiveram maior acuidade do que argentinos. Em relação ao segundo objetivo, o modelo apontou que L1 constitui variável preditora significativa na identificação de vogais do par médio/baixo, mas não do tenso/frouxo. A variável F1 não foi significativa para a identificação de [æ] e [ɛ], mas o foi para a de [i] e [ɪ]. F2 foi significativa para ambos os pares. A análise estatística foi complementada pela exploratória. Esta última considerou as variáveis estatisticamente significativas, bem como o nível de proficiência dos falantes e a duração das vogais nos estímulos. A análise estatística foi complementada, em relação ao terceiro objetivo, com a análise estímulo-por-estímulo, que sugere que tanto características relacionadas aos participantes quanto pistas acústicas são combinadas de diferentes maneiras pelos ouvintes, levando a fenômenos emergentes. Os resultados indicam que a pista temporal tem um papel forte na percepção das quatro vogais do inglês pelos alemães, papel esse menos claro na percepção de [ɛ] or [i] pelos argentinos. A análise exploratória sugere, ainda, que ambos os grupos de ouvintes tomaram a pista temporal em conjunto com F1 e F2, embora o status decisivo dessas pistas espectrais pareça mais claro nas identificações por argentinos. De modo geral, os resultados do presente trabalho sugerem que a natureza híbrida dos sistemas dos falantes e dos ouvintes não nativos permitiram a emergência de fenômenos, em função da maneira dinâmica e complexa com que cada sistema individual se desenvolve. Entende-se que os resultados apresentados evidenciam a necessidade de considerar tanto ouvinte quanto falante em investigações acerca da inteligibilidade da fala em L2, confirmando, assim, a natureza dinâmica e complexa desse processo. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
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