Na escola e nas revistas : reconhecendo pedagogias do gênero, da sexualidade e do corpo
Visualizar/abrir
Data
2011Tipo
Resumo
O artigo apresenta e discute um conjunto de características que permite conceituar e reconhecer a ação das pedagogias culturais, notadamente pedagogias do gênero, do corpo e da sexualidade. Aborda-se o funcionamento destas pedagogias na escola, e em artefatos culturais tais como novelas, jogos, músicas, ambientes virtuais, etc., em particular aquelas instâncias que são atrativas para as chamadas culturais juvenis que frequentam as escolas. Para exemplificar a ação das pedagogias do corpo, do gê ...
O artigo apresenta e discute um conjunto de características que permite conceituar e reconhecer a ação das pedagogias culturais, notadamente pedagogias do gênero, do corpo e da sexualidade. Aborda-se o funcionamento destas pedagogias na escola, e em artefatos culturais tais como novelas, jogos, músicas, ambientes virtuais, etc., em particular aquelas instâncias que são atrativas para as chamadas culturais juvenis que frequentam as escolas. Para exemplificar a ação das pedagogias do corpo, do gênero e da sexualidade, foi selecionada uma amostra de exemplares que circularam no ano de 2006 da revista Quatro Rodas, revista que se dedica à divulgação de carros e de fatos do mundo automobilístico, em especial o brasileiro. A análise das matérias e propagandas na revista permite salientar os processos que constroem as masculinidades, ao mesmo tempo em que as vinculam a temas relacionados ao mundo automobilístico. O carro é percebido como “generificado”, tratado no masculino ou no feminino, e se apresenta de muitas formas como uma extensão do corpo do sujeito, carregando ou potencializando suas qualidades. Potência, velocidade, força, aspecto do carro (suas “curvas”), detalhes de sua mecânica, dentre outras características, são mobilizadas para compor diferenças na posição de homens e mulheres. Até mesmo questões de orientação sexual estão presentes neste mundo automobilístico, na medida em que temos carros “gays”. Acreditamos que os professores e as professoras podem trazer para discussão em sala de aula, de modo mais apropriado, artefatos culturais, uma vez que os percebam como portadores de intencionalidade pedagógica. ...
Contido em
Revista da FACED. N. 19 (jan./jun. 2012), p. 45-49
Origem
Nacional
Coleções
-
Artigos de Periódicos (40305)Ciências Humanas (6926)
Este item está licenciado na Creative Commons License