Biogeografia de mamíferos e as rotas de conexão entre florestas da Amazônia e Mata Atlântica
Fecha
2020Tutor
Nivel académico
Doctorado
Tipo
Resumo
Muitas evidências mostram conexões históricas entre florestas da Amazônia e Mata Atlântica por pelo menos três rotas pelas florestas: 1) do Nordeste do Brasil (ligando o Leste da Amazônia e o Nordeste da Mata Atlântica), 2) do interior do Cerrado (entre Sudeste da Amazônia e Sudeste da Mata Atlântica) e 3) da Bacia do Paraná (entre Oeste da Amazônia e Sudeste da Mata Atlântica). Estudos sugerem que esta última rota seria a mais antiga e frequente ao longo do tempo. Essas conexões foram revelada ...
Muitas evidências mostram conexões históricas entre florestas da Amazônia e Mata Atlântica por pelo menos três rotas pelas florestas: 1) do Nordeste do Brasil (ligando o Leste da Amazônia e o Nordeste da Mata Atlântica), 2) do interior do Cerrado (entre Sudeste da Amazônia e Sudeste da Mata Atlântica) e 3) da Bacia do Paraná (entre Oeste da Amazônia e Sudeste da Mata Atlântica). Estudos sugerem que esta última rota seria a mais antiga e frequente ao longo do tempo. Essas conexões foram reveladas pelo padrão de distribuição de espécies e/ou evidências moleculares, porém estudos que testem essas hipóteses ainda são raros, principalmente para mamíferos e considerando múltiplas espécies ou abordagens integrativas. O objetivo desta tese foi investigar as conexões florestais entre Amazônia e Mata Atlântica através da biogeografia de mamíferos e avaliando hipóteses propostas anteriormente através de diferentes abordagens: 1) compilando espécies de mamíferos potenciais para investigar essas conexões e dados genéticos disponíveis, avaliando as principais rotas evidenciadas e a relação com o tipo de habitat das espécies; 2) avaliando a filogeografia comparada e mudanças na paleodistribuição de três espécies de marsupiais desses biomas para entender quando e onde conexões teriam ocorrido; 3) avaliando os padrões espaço-temporais dessas conexões para múltiplas espécies de mamíferos testando a hipótese de variação temporal entre as rotas. Diferente do proposto, encontramos mais espécies com distribuição para a rota do Nordeste e Sudeste. Encontramos uma relação com o uso do habitat das espécies e uma alta disponibilidade de dados genéticos. Através da filogeografia comparada de marsupiais com tempos mais antigos, dentro de uma escala mais recente de tempo, assim como recentes para ambas as rotas do Sudeste e Nordeste. Quando avaliamos esse padrão para múltiplas espécies, encontramos tanto conexões antigas como recentes para cada rota e grupo taxonômico. Devido à história biogeográfica de cada grupo, essas conexões não podem ser explicadas por um único padrão espaço-temporal. Aqui, exploramos desde conexões históricas recentes até a história biogeográfica das florestas e mamíferos do passado remoto, trazendo novos insights mais dinâmicos sobre os padrões das conexões entre Amazônia e Mata Atlântica. Além disso, nossos resultados destacam o potencial dos mamíferos para estudos biogeográficos sobre essas conexões apoiando estudos futuros. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Ecologia.
Colecciones
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