Monitoramento de pessoas vivendo com HIV através da cascata do cuidado : uma avaliação a partir do recorte racial
View/ Open
Date
2021Author
Advisor
Academic level
Specialization
Subject
Abstract in Portuguese (Brasil)
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) surgiu nos anos 70, tornando-se uma pandemia, e hoje é considerada um marco na história da humanidade, pela quantidade de pessoas acometidas e pelos elevados índices de mortalidade mundialmente. No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.909 novos casos de HIV e 37.308 casos de Aids. A Aids é uma doença que está fortemente associada aos determinantes sociais de saúde, acometendo de forma distinta diferentes grupos populacionais. A população negra ...
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) surgiu nos anos 70, tornando-se uma pandemia, e hoje é considerada um marco na história da humanidade, pela quantidade de pessoas acometidas e pelos elevados índices de mortalidade mundialmente. No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.909 novos casos de HIV e 37.308 casos de Aids. A Aids é uma doença que está fortemente associada aos determinantes sociais de saúde, acometendo de forma distinta diferentes grupos populacionais. A população negra no Brasil merece um olhar especial, tendo em vista as iniquidades em saúde. Durante todos estes anos de epidemia da Aids, essa doença continua tirando muitas vidas, principalmente da população negra. Este é um estudo oriundo de uma pesquisa de maior amplitude, caracterizada como um estudo epidemiológico, observacional e longitudinal, que é uma coorte retrospectiva. O objetivo do estudo foi analisar o cuidado contínuo aos casos notificados de HIV/Aids assistidos em um Serviço de Referência no município de Porto Alegre, considerando o recorte racial, a partir de metodologia de monitoramento específica. Apresenta-se o componente descritivo do estudo de coorte. A amostra consiste em 193 participantes, sendo 73 (37,8%) pessoas da população negra. Neste grupo, 50 (68,5%) são do sexo masculino e 23 (31,5%) são do sexo feminino. Os percentuais encontrados de vinculação e retenção foram de 79,5% e 64,4% respectivamente. Carga viral suprimida sustentada foi apresentada por mais de 55% da amostra em 12 e 18 meses após o diagnóstico. Em 2019, 53,4% encontrava-se com carga viral indetectável. Observou-se que população negra está sendo assistida, porém os indicadores de monitoramento apontam a necessidade de melhoria de cuidados, evidenciado pelos baixos índices de supressão e de pacientes com carga viral indetectável. Destaca-se a necessidade de discutir os dados, pensando em estratégias de cuidado que considerem as especificidades de saúde da população negra, como forma a combater as iniquidades em saúde e tornar as políticas mais equânimes. ...
Institution
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
Collections
-
Health Sciences (1529)
This item is licensed under a Creative Commons License