Eritrocitose primária em felino : relato de caso
Visualizar/abrir
Data
2020Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Assunto
Resumo
A eritrocitose primária é uma desordem mieloproliferativa rara, de carater crônico e origem idiopática. É caracterizada por uma produção exacerbada de eritrócitos na medula óssea, mesmo em concentrações baixas de eritropoietina. Para se chegar ao diagnóstico de eritrocitose primária, deve-se excluir a suspeita de eritrocitose relativa e as causas de eritrocitose absoluta secundária. A terapia utilizada visa reduzir a quantidade de eritrócitos circulantes, aliviando assim os sinais clínicos. A f ...
A eritrocitose primária é uma desordem mieloproliferativa rara, de carater crônico e origem idiopática. É caracterizada por uma produção exacerbada de eritrócitos na medula óssea, mesmo em concentrações baixas de eritropoietina. Para se chegar ao diagnóstico de eritrocitose primária, deve-se excluir a suspeita de eritrocitose relativa e as causas de eritrocitose absoluta secundária. A terapia utilizada visa reduzir a quantidade de eritrócitos circulantes, aliviando assim os sinais clínicos. A flebotomia é o primeiro passo a ser tomado e diversas terapias imumnossupressoras com quimioterápicos também são sugeridas. O objetivo do presente trabalho foi relatar os aspectos clínicos e terapêuticos da eritrocitose primária em uma gata. Foi atendida uma gata castrada, sem raça definida, de aproximadamente quatro anos de idade, com histórico de convulsões. No hemograma a paciente apresentou hematócrito de 74 %. Ainda foram realizados hemogasometria, urinálise, ecografia abdominal, radiografia torácica, ecocardiograma, dosagem de eritropoetina e mielograma, todos sem alterações significativas. Com base nos resultados obtidos, o felino foi diagnosticado com eritrocitose primária felina. Primeiramente foi optado pela tentativa de um tratamento conservador, realizando flebotomias frequentes. Cerca de um ano e meio após o diagnóstico da doença, optou-se por iniciar a terapia medicamentosa com clorambucil, e após não ter um bom resultado, este foi substituído pela hidroxiureia. Até presente momento, a paciente segue estável, sem sinais clínicos. O diagnóstico da doença é desafiador e o tratamento ideal ainda não foi preconizado, por isso deve-se avaliar o contexto que cada animal se insere para escolher a melhor conduta. ...
Abstract
Primary erythrocytosis is a rare myeloproliferative disorder, chronic and idiopathic in origin. It is characterized by an exacerbated production of erythrocytes in the bone marrow, even at low concentrations of erythropoietin. To diagnose primary erythrocytosis, relative erythrocytosis suspect and secondary absolute erythrocytosis causes must be excluded. The therapy used aims to reduce the amount of circulating red blood cells, improving clinical signs. Phlebotomy is the first step to be taken ...
Primary erythrocytosis is a rare myeloproliferative disorder, chronic and idiopathic in origin. It is characterized by an exacerbated production of erythrocytes in the bone marrow, even at low concentrations of erythropoietin. To diagnose primary erythrocytosis, relative erythrocytosis suspect and secondary absolute erythrocytosis causes must be excluded. The therapy used aims to reduce the amount of circulating red blood cells, improving clinical signs. Phlebotomy is the first step to be taken and several immunosuppressive therapies with chemotherapy drugs are also suggested. The aim of the present study was to report the clinical and therapeutic aspects of primary erythrocytosis in a cat. A spayed, mixed-breed female cat of approximately four years of age with a history of seizures was treated. In the blood count, the patient had a packet cell volume (PCV) of 74%. Hemogasometry, urinalysis, abdominal ultrasound, chest X-ray, echocardiogram, erythropoietin dosage and myelogram were also performed, all without significant changes. Based on the results obtained, the feline was diagnosed with feline primary erythrocytosis. First, a conservative treatment was chosen, with frequent phlebotomies. About one and a half year after the diagnosis of the disease, it was decided to start drug therapy with chlorambucil, and after not having a good result, it was replaced by hydroxyurea. Up to date, the patient remains stable, with no clinical signs. The diagnosis of the disease is challenging, and the ideal treatment has not yet been found, so it is necessary to assess the context in which each animal is inserted to choose the best approach. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Veterinária. Curso de Programa de Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais.
Coleções
-
Ciências Agrárias (218)
Este item está licenciado na Creative Commons License