Perto do mar...
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Data
2020Tipo
Resumo
Em tempos de tirania da claridade e da velocidade, de exposição aos demasiados estímulos e informações presentes no Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, e de uma exigência, cada vez mais crescente, de que estejamos todos online, em trabalho remoto, invariavelmente produzindo, viemos, com este ensaio, assinalar a assincronia entre o tempo das nossas vidas, o tempo do humano, e o tempo tecnológico, da internet, e do imperativo da produtividade. O esquecimento, o envelhecimento dos corpos e a r ...
Em tempos de tirania da claridade e da velocidade, de exposição aos demasiados estímulos e informações presentes no Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, e de uma exigência, cada vez mais crescente, de que estejamos todos online, em trabalho remoto, invariavelmente produzindo, viemos, com este ensaio, assinalar a assincronia entre o tempo das nossas vidas, o tempo do humano, e o tempo tecnológico, da internet, e do imperativo da produtividade. O esquecimento, o envelhecimento dos corpos e a rotina do trabalho criativo requerem paciência, modos de vidas compatíveis com os ritmos do planeta e dos corpos, atitudes afirmativas e ativas, silêncios, pausas, escuta sensível, e atenção ao prosaico. Este ensaio divide-se em três partes, cada uma associada a uma obra da filmografia de Agnès Varda: “As Praias de Agnès” (2008), “Visages Villages” (2017) e “Varda por Agnès” (2019). Varda gosta de gente, demora-se nos trajetos e nos encontros, nas conversas, e dá visibilidade aos mais diversos modos de vida. O ensaio bordeja o que tem força, ética e ontológica, para devir, afirmar um sagrado “sim” para o eterno retorno e o jogo da criação (Nietzsche, 2011); e isto é oposto àquilo que quer eternizar-se o Mesmo, subjugar a diferença, frear o fluxo da vida e da variação contínua, e que, portanto: passará. ...
Abstract
In times of clarity and speed tyranny, of exposure to many stimuli and information present on Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, and an ever increasing demand that we are all online, working remotely, invariably producing, we came, with this essay, to point out the asynchrony between the time of our lives, the human time, and the technological time, the internet time, the productivity imperative time. Forgetfulness, the aging of bodies and the routine of creative work, these are things tha ...
In times of clarity and speed tyranny, of exposure to many stimuli and information present on Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, and an ever increasing demand that we are all online, working remotely, invariably producing, we came, with this essay, to point out the asynchrony between the time of our lives, the human time, and the technological time, the internet time, the productivity imperative time. Forgetfulness, the aging of bodies and the routine of creative work, these are things that need patience, ways of life compatible with the rhythms of the planet and bodies, affirmative and active attitudes, silences, pauses, sensitive listening, and attention to the prosaic. This essay is divided in three parts, each one associated with a work from the Agnès Varda filmography: “The Beaches of Agnès” (2008), “Visages Villages” (2017) and “Varda by Agnès” (2019). Varda likes people, lingers on journeys and meetings, talks, and gives visibility to the most diverse ways of life. The essay approaches what has ethical and ontological force to become, to affirm a sacred “yes” for the eternal return and the game of creation (Nietzsche, 2011); what is the opposite to that which wants to eternalize the Same, to subdue difference, to slow the flow of life and continuous variation, and that, therefore: will pass. ...
Contido em
Espacios Transnacionales. México. Vol. 7, n. 4 (jan./jun. 2020), 14 p.
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