Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorLevy, Liapt_BR
dc.contributor.authorCoelho, Caíque Silvapt_BR
dc.date.accessioned2021-02-06T04:18:29Zpt_BR
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/217761pt_BR
dc.description.abstractComo uma filosofia imanente e processual implica numa ressignificação da consciência e da identidade pessoal? Esta nos parece ter sido a nervura do problema posto nesta investigação. Spinoza apresenta uma ontologia que parte da imanência absoluta de uma substância infinita da qual somos expressões certas e determinadas, finitas, capazes de participar e tomar parte no mundo. Tal substância não implica num abismo indiferenciado em que o infinito dissolveria o finito, mas, pelo contrário, ela implicaria na diferenciação singular de cada coisa, no modo como cada uma reflete e espelha em si a necessidade e a dinâmica de uma natureza infinita que se autoproduz e se auto-diferencia em múltiplas expressões. Na substância (ou seja, na natureza, ou em Deus) essência e potência coincidem, existir é produzir efeitos. É nesta coincidência entre essência e potência que esta investigação encontrou ou propôs encontrar o início de uma intensa linha de pensamentos que nos conduz à concepção, no plano dos modos finitos, de uma consciência ligada ao poder de afetar e ser afetado e, por via do conatus, ao esforço dinâmico de integração de si na duração. Isto, por sua vez, nos teria esclarecido a possibilidade de uma profunda ressignificação da identidade pessoal, do ponto de vista do tempo e do ponto de vista da eternidade. Aquilo que se resulta deste pensamento possui, entretanto, quase nenhuma semelhança com o que o senso comum compreende por tais conceitos. Se ainda falamos em Deus, consciência ou identidade pessoal, é talvez por uma certa perversão imanente a que Spinoza conduz os conceitos filosóficos. Assim, é preciso diagnosticar a radicalidade da filosofia spinozista, na medida em que ela opera uma transformação imanente de conceitos tradicionais a tal ponto que o resultado do processo tenha soado monstruoso para muitos de seus intérpretes. Se trata aqui não de amenizar este efeito para apaziguar-se com as expectativas do senso comum, mas, pelo contrário, levar tal monstruosidade ao limite, e desse modo, talvez, mostrar a potência ética de uma liberação que é, a um só tempo e pela mesma razão, teórica e prática, especulativa e afetiva.pt_BR
dc.description.abstractHow does a process philosophy which is also immanent implies a resignification of consciousness and personal identity? That seems to us to be the crux of the problem constructed in this investigation. Spinoza presents an ontology which starts from the absolute immanence of an infinite substance of which we are finite, certain and determinate expressions, able of participating and taking part in the world. Such substance does not imply an indifferentiated abyss in which the infinite would dissolve the finite, but, on the contrary, it would imply a singular differentiation of each thing, in the way in which each one reflects and mirrors in itself the necessity and dynamics of an infinite nature which produces itself and differentiates itself in multiple expressions. In substance (that is, in nature, or in God) essence and power coincide, to exist is to produce effects. It is at this coincidence between essence and power that this investigation found or proposed to find the beginning of an intense line of thougts which takes us to the conception, in the plane of finite modes, of a consciousness linked to the power to affect and to be affected and, through the conatus, a dynamic effort of integration of itself in duration. That, in its turn, would have clarified the possibility of a deep resignification of personal identity, from the point of view of time and from the point of view of eternity. That which results from these thought has, nonetheless, almost no resemblance with what common sense comprehends by such concepts. If we still talk of God, consciousness and personal identity, it might be because of a certain immanent perversion to which Spinoza leads philosophical concepts. Thus, it is necessary to identify the radicalness of spinozist philosophy, to the extent that it operates an immanent transformation of traditional concepts to the point that the result of the process have seemed monstruous to many of its readers. Here it‟s not about diminishing this effect to appease the expectations of common sense, but, on the contrary, take such monstrosity to the limit, and, by doing so, maybe show the ethical power of a liberation which is, at the same time and for the same reason, theoretical and practical, speculative and affective.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSpinoza, Benedictus de, 1632-1677pt_BR
dc.subjectConsciousnessen
dc.subjectConsciênciapt_BR
dc.subjectPersonal identityen
dc.subjectOntologyen
dc.subjectIdentidade pessoal (Filosofia)pt_BR
dc.subjectProcessen
dc.subjectOntologiapt_BR
dc.subjectFilosofiapt_BR
dc.subjectTimeen
dc.subjectEternityen
dc.subjectTempo (Filosofia)pt_BR
dc.subjectEternidade (Filosofia)pt_BR
dc.titleConsciência e identidade pessoal na ética de Spinozapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001122281pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples