A experiência Reblink: a mediação da produção de sentido por dispositivo digital em exposição de museu
Fecha
2020Autor
Nivel académico
Maestría
Tipo
Materia
Resumo
Esta pesquisa analisa uma experiência mediada por Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) a fim de compreender como o uso de dispositivos tecnológicos em exposições de museus influenciam e interferem na produção de sentido do visitante. Para avaliar a interatividade proposta pelo aplicativo como meios de produção de sentido no visitante, analisam-se a Exposição e o Aplicativo ReBlink. A Exposição ReBlink aconteceu na Art Gallery of Ontario (AGO), no Canadá entre 2017 e 2018, ...
Esta pesquisa analisa uma experiência mediada por Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) a fim de compreender como o uso de dispositivos tecnológicos em exposições de museus influenciam e interferem na produção de sentido do visitante. Para avaliar a interatividade proposta pelo aplicativo como meios de produção de sentido no visitante, analisam-se a Exposição e o Aplicativo ReBlink. A Exposição ReBlink aconteceu na Art Gallery of Ontario (AGO), no Canadá entre 2017 e 2018, apresentando obras de arte clássica dos séculos XVII, XIX e XX. O aplicativo ReBlink foi desenvolvido pelo artista digital Alex Mayhew, e sua empresa Impossible Things, realizando intervenções digitais em algumas obras expostas, sobrepondo ou alterando as cenas pintadas a partir de objetos e ações coerentes ao século XXI. A Experiência ReBlink – como está denominada, nesta pesquisa, o conjunto de interações propostas pelo aplicativo no espaço do museu – é analisada pelo viés teórico da Museologia e da Comunicação. Da Museologia, estão presentes os conceitos de Fato Museal (GUARNIERI, 2010) e Experiência Museal (FALK; DIERKING, 2016), que envolvem a produção de sentido no contexto visitanteexposição. Da Comunicação, a Semiótica Discursiva clássica, e seus desdobramentos, a Semiótica Plástica e a Sociossemiótica constituem a base teórica. Essa perspectiva teórica conduz a metodologia de análise a partir dos conceitos que descrevem o percurso gerativo de sentido, o qual representa as relações de sentido dos elementos de expressão visual (GREIMAS; COURTÉS, 2008; FLOCH, 2001), e os Regimes de Interação (LANDOWSKI, 2014), que versam sobre a produção de sentido entre visitante-obra. A produção de sentido é descrita por meio do percurso gerativo de sentido, que auxilia na leitura do retrato The Marchesa Casati (1919), de Augustus Edwin John, que é parte da Exposição ReBlink. Realiza-se a leitura semiótica do retrato original e da intervenção digital proposta pelo artista por meio do aplicativo, que revela a figura em uma situação contemporânea de se autorretratar utilizando o aparelho de celular. Os Regimes de Interação são analisados a partir dos modos de ser e agir decorrentes da relação que pode ser instaurada entre visitante e exposição, visitante e obras por meio do aplicativo. Essa análise foi feita a partir de documentos de um estudo de público disponibilizado pela Galeria. As análises sobre a construção do sentido a partir do autorretrato e das relações que podem advir em decorrência da exposição, com seus recursos a partir do olhar do visitante, nos provocaram reflexões finais sobre a presença da tecnologia em nosso cotidiano e, principalmente sobre, a necessidade de, não somente conhecer e apropriar-se das opções viáveis e aplicáveis de tecnologia em museus, mas também de produzir teoricamente a respeito do tema. Conclui-se que, embora as instituições museais apresentem carências mais urgentes que o uso de tecnologia em suas exposições, torna-se fundamental pensar o tema enquanto um meio de mediação e marketing dos museus, a fim de cativar e manter o público envolvido e a instituição sustentável. ...
Abstract
This research analyzes an experience mediated by Digital Information and Communication Technologies in order to understand how the use of technological devices in museum exhibits influence and interfere in the production of the visitor's meaning. To know the interactivity proposed by the mobile app as means of producing meaning in the visitor, the Exhibition and the ReBlink App are analyzed. The ReBlink Exhibition took place at the Art Gallery of Ontario (AGO), in Canada between 2017 and 2018, ...
This research analyzes an experience mediated by Digital Information and Communication Technologies in order to understand how the use of technological devices in museum exhibits influence and interfere in the production of the visitor's meaning. To know the interactivity proposed by the mobile app as means of producing meaning in the visitor, the Exhibition and the ReBlink App are analyzed. The ReBlink Exhibition took place at the Art Gallery of Ontario (AGO), in Canada between 2017 and 2018, displaying classic works of art from the 17th, 19th and 20th centuries. The ReBlink App was developed by digital artist Alex Mayhew, and his company Impossible Things, making digital interventions in some of the exhibited works, superimposing or altering the scenes painted to objects and actions consistent with the 21st century. The ReBlink Experience – as it is called, in this research, the set of interactions proposed by the mobile app in the museum space – is analyzed by the theoretical point of view of Museology (or Museum Studies) and Communication. From Museology, the concepts: Museological Fact (GUARNIERI, 2010) and The Museum Experience (FALK; DIERKING, 2016), which involve the production of meaning in the visitor-exhibit context. From Communication, the classical Discursive Semiotics, and its developments, Plastic Semiotics and Sociosemiotics constitute the theoretical basis. This theoretical perspective leads the analysis methodology from the concepts that describe the generative path of meaning, which is the relations of meaning between the elements of visual expression (GREIMAS; COURTÉS, 2008; FLOCH, 2001), and the Interaction Regimes (LANDOWSKI, 2014), these concepts deal with the production of meaning among visitor-works of art. The production of meaning is described through the generative path of meaning, which helps in reading the portrait The Marchesa Casati (1919), by Augustus Edwin John, that is part of the ReBlink Exhibition. The semiotic reading of the original portrait and the digital intervention proposed by the artist is fulfilled through the app, which reveals the figure in a contemporary situation of self-portrait using the cell phone. Interaction Regimes are analyzed based on the ways of being and acting resulting from the relationship that can be established between visitor and exhibit, visitor and paintings through the mobile app. This analysis was made from documents of a public study made available by the Gallery. The analysis of the production of meaning from the self-portrait and the relationships that may arise as a result of the exhibit, with its resources from the visitor’s point of view, provoked final reflections on the presence of technology in our daily lives and, mainly, on the the need to, not only know and acknowledge the viable and applicable technology options in museums, but also to theoretically produce on the subject. It is concluded that, although the museums have more urgent needs than the use of technology in their exhibits, it is essential to think about the theme as a way of mediating and make marketing of museums, in order to captivate new public, keep it involved and make a sustainable institution. ...
Institución
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio.
Colecciones
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Ciencias Sociales Aplicadas (6071)
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