Liberalização financeira externa e sua trajetória institucional : uma análise pós-keynesiana institucionalista
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Data
2020Autor
Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
A liberalização financeira externa foi tida durante décadas como um objetivo a ser alcançado não só pelos países desenvolvidos, mas também para os países emergentes. No entanto, dadas as características do sistema monetário internacional, principalmente após o abandono do acordo de Bretton Woods, a busca por esse objetivo levou à diversas crises especulativas além do aumento do contágio às crises financeiras. Esses acontecimentos fizeram com que países emergentes e organismos internacionais rep ...
A liberalização financeira externa foi tida durante décadas como um objetivo a ser alcançado não só pelos países desenvolvidos, mas também para os países emergentes. No entanto, dadas as características do sistema monetário internacional, principalmente após o abandono do acordo de Bretton Woods, a busca por esse objetivo levou à diversas crises especulativas além do aumento do contágio às crises financeiras. Esses acontecimentos fizeram com que países emergentes e organismos internacionais repensassem sua trajetória de integração financeira. Essa tese analisa a trajetória institucional da liberalização financeira externa, tanto pelo Fundo Monetário Internacional, quanto pelos agentes envolvidos, através da abordagem institucional de reconstitutive downward causation associada à teoria pós-keynesiana. Conclui-se que o seu desenvolvimento foi bidirecional, entre as instituições e os agentes econômicos. Os agentes, através de suas crenças e hábitos, constituíram um Sistema Monetário Internacional instável, mas também, a ocorrência de crises e instabilidades geraram coalizões de países emergentes que resultaram na mudança de visão do FMI sobre o uso de restrições à movimentação dos fluxos internacionais. Além disso, realiza-se um exercício empírico, com dados em painel, que observa a relação negativa entre a estabilidade cambial, um dos objetivos dos países que impõem controles de capitais, e os índices de liberalização financeira, corroborando com a defesa pelo uso de restrições à livre movimentação de recursos, principalmente especulativos. ...
Abstract
External financial liberalization has been seen for decades as an objective to be achieved not only by developed countries, but also for emerging countries. However, given the characteristics of the international monetary system, especially after the abandonment of Bretton Woods agreement, this objective pursuit led to several speculative crises in addition to the increased contagion to financial crises. These events caused emerging countries and international organizations to rethink their tra ...
External financial liberalization has been seen for decades as an objective to be achieved not only by developed countries, but also for emerging countries. However, given the characteristics of the international monetary system, especially after the abandonment of Bretton Woods agreement, this objective pursuit led to several speculative crises in addition to the increased contagion to financial crises. These events caused emerging countries and international organizations to rethink their trajectory of financial integration. This thesis analyzes the institutional trajectory of external financial liberalization, both by the International Monetary Fund and by the agents involved, through the institutional approach of reconstitutive downward causation associated with the post-Keynesian theory. It is concluded that its development was bidirectional, between institutions and economic agents. The agents, through their beliefs and habits, constituted an unstable International Monetary System, but also, the occurrence of crises and instabilities generated coalitions of emerging countries that resulted in the IMF changing its view on the use of restrictions on the movement of international flows. In addition, an empirical exercise is carried out, using panel data, to analyze the relationship between exchange rate stability, one of the objectives of countries that impose capital controls, and financial liberalization indexes, corroborating the defense by the use of restrictions on the free movement of resources, mainly speculative. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Ciências Econômicas. Programa de Pós-Graduação em Economia.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6045)Economia (1092)
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