Violência nos campi das universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS, UFPEL, UFSM E FURG) e a segurança em um ambiente acadêmico

Abstract

Os campi das universidades federais são denominados "cidades universitárias". Além de população de cidades, têm também problemas de cidades. Um destes problemas é a violência: nos campi existem equipamentos de grande valor, pesquisas e experimentos com valor intelectual inestimável, inúmeros estabelecimentos comerciais, com pessoas circulando com seus bens, grande circulação de automóveis. Como as universidades são produtos do meio, a violência entrou e se instalou nas instituições, e a comunidade acadêmica agora não se preocupa apenas com a busca do conhecimento, mas também com sua segurança. Este trabalho segue a linha de pesquisa sobre a violência que a comunidade universitária sofre no entorno dos campi e no interior de algumas universidades federais situadas no estado do Rio Grande do Sul (UFRGS, UFPEL, UFSM e FURG). A pesquisa analisa como os departamentos de segurança das instituições estudadas estão estruturados para enfrentar esta violência que está instalada no meio acadêmico, bem como quem são os profissionais que realizam a segurança da comunidade. Os órgãos responsáveis pela segurança da população sempre foram contestados devido ao grande poder de repressão, e mesmo que estas instituições tenham tido uma evolução para uma segurança menos repressiva e mais cidadã, ainda há um longo caminho a ser percorrido. A segurança dentro do ambiente acadêmico deve ser diferenciada não só devido às especificidades do ambiente: deve ser uma segurança pedagógica, voltada para uma segurança cidadã. Mesmo não havendo políticas públicas voltadas para a segurança nas universidades, os departamentos de segurança conseguiram alcançar um padrão de segurança ao longo dos anos, pois mesmo sendo uma atividade meio das instituições, a segurança tem um papel importante para que as universidades federais atinjam a excelência em ensino, pesquisa e extensão.

The campuses of federal universities are called "university cities". In addition to the population of cities, they also have problems of cities. One of these problems is violence: on campuses there are valuable equipment, research and experiments with inestimable intellectual value, numerous commercial establishments, with people circulating with their goods, large circulation of automobiles. As universities are products of the environment, violence has entered and settled in institutions, and the academic community now cares not only about the search for knowledge, but also about its security. This work follows the line of research on the violence that the university community suffers around the campuses and inside some federal universities located in the state of Rio Grande do Sul (UFRGS, UFPEL, UFSM and FURG). The research analyzes how the security departments of the institutions studied are structured to face this violence that is installed in the academic, as well as who are the professionals who carry out the safety of the community. The bodies responsible for the security of the population have always been challenged due to the great power of repression, and even if these institutions have had an evolution to a less repressive and more citizen security, there is still a long way to go. Safety within the academic environment must be differentiated not only due to the specificities of the environment: it must be a pedagogical security, focused on citizen security. Even though there are no public policies focused on security in universities, security departments have managed to achieve a safety standard over the years, because even though it is a medium activity of institutions, security plays an important role for federal universities to achieve excellence in teaching, research and extension.