Inserção profissional e mobilidade social dos egressos dos cursos de pedagogia no Brasil
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Data
2020Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Em um contexto marcado pela expansão do ensino superior nos últimos anos no Brasil, assim como, por momentos de crise econômica, diferentes trajetórias laborais acontecem, principalmente entre os jovens. Diante desse cenário, este estudo buscou Analisar o processo de inserção profissional e mobilidade social dos egressos do curso de Pedagogia no Brasil, com idades até 36 anos e formados a partir de 2012. A escolha pelo curso de Pedagogia deu-se pelo fato de se caracterizar como uma das áreas co ...
Em um contexto marcado pela expansão do ensino superior nos últimos anos no Brasil, assim como, por momentos de crise econômica, diferentes trajetórias laborais acontecem, principalmente entre os jovens. Diante desse cenário, este estudo buscou Analisar o processo de inserção profissional e mobilidade social dos egressos do curso de Pedagogia no Brasil, com idades até 36 anos e formados a partir de 2012. A escolha pelo curso de Pedagogia deu-se pelo fato de se caracterizar como uma das áreas com o maior número de matrículas em nível de graduação. Em 2018 foram 747.890 matrículas no curso de Pedagogia, considerando cursos presenciais e a distância (INEP, 2019). Para tanto, o estudo é ancorado na literatura sobre Inserção Profissional e Mobilidade Social. Foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva, de corte transversal, através de uma survey com 550 egressos dos cursos de Pedagogia no Brasil. Os egressos participantes estão distribuídos da seguinte maneira entre as regiões do país: 77 (Sul); 277 (Sudeste); 45 (Centro-Oeste); 88 (Nordeste); 62 (Norte). Alguns resultados mostraram que os egressos são majoritariamente do gênero feminino (92,7%); não possuem filhos ou possuem apenas 1 (um). Fizeram suas graduações, na maior parte dos casos, em universidades (48,8%) ou faculdades (41,3%), geralmente em instituições de ensino privadas (71,8%). Ingressaram no curso por meio de vestibular (88%) e ENEM (9,1%). Além disso, 82,5% afirmaram não ter feito uso de ações afirmativas, realizando o curso de graduação sem bolsa. Referente à política de cotas, 64,1% afirmou não ter utilizado essa política para acesso ao ensino superior. No que se refere ao contrato de trabalho, 67,5% possui contrato por tempo indeterminado e 53,3% trabalha em jornada integral. Geralmente, atuam em instituições de pequeno porte (37,2%), de caráter privado (56,3%) e, na maior parte dos casos (55%), na área de serviços relacionados à educação, sendo a função mais desempenhada (70,8%) a de professor(a). A renda média individual bruta mensal é de R$ 1.830,00. Acerca da rotatividade, 34,6% não trocaram nenhuma vez de emprego e seguem trabalhando na mesma instituição; 37,3% levaram em torno de um ano para conseguir ingressar no mercado de trabalho após a formação de ensino superior. Ademais, os egressos afirmaram que o ensino superior possibilitou a conquista de trabalhos que não seriam possíveis sem esse nível de ensino. Referente à mobilidade social, 79,8% dos pais dos egressos possuem, no máximo, o Ensino Médio completo. Percentual que cai para 79,4% no caso das mães. A renda média familiar é de R$ 4.474,85. Ao concluírem o curso de nível superior, os egressos, no geral, atingiram um nível de escolaridade não alcançado por seus pais, sendo, portanto, a primeira geração da família a ingressar no Ensino Superior. Desse modo, este estudo buscou corroborar com as discussões acerca das desigualdades sociais e ocupacionais, refletindo acerca de questões ligadas à classe, gênero e raça. Não se objetivou o encerramento das discussões sobre os temas, mas sim encorajar novas perspectivas de estudo, inclusive na área da Educação, relacionado ao curso de Pedagogia. ...
Abstract
In the context of the expansion of higher education in Brazil in recent years, just as it happens in times of economic crisis, different career journeys take place, especially among young people. In view of this scenario, this study sought to analyze the process of professional insertion and social mobility of those who graduated in Pedagogy in Brazil, aged up to 36 years and who graduated from 2012 on. The choice of Pedagogy was due to the fact that it is one of the areas with the highest numb ...
In the context of the expansion of higher education in Brazil in recent years, just as it happens in times of economic crisis, different career journeys take place, especially among young people. In view of this scenario, this study sought to analyze the process of professional insertion and social mobility of those who graduated in Pedagogy in Brazil, aged up to 36 years and who graduated from 2012 on. The choice of Pedagogy was due to the fact that it is one of the areas with the highest number of enrollments. In 2018, for example, there were 747,890 enrollments in Pedagogy, considering in-class courses and distance learning ones (INEP, 2019). Our study is anchored in the literature on Professional Insertion and Social Mobility. We conducted a quantitative, descriptive, cross-sectional research through a survey with 550 Pedagogy graduates. The participants were from many different regions of Brazil, as follows: 77 (South), 277 (Southeast), 45 (Midwest), 88 (Northeast), and 62 (North). Some of our results are: most graduates are female (92.7%); they do not have children or have only 1 (one). They took their courses at universities (48.8%) or colleges (41.3%), usually at private institutions (71.8%). They got in the course through entrance exams (88%) or ENEM (9.1%). Moreover, 82.5% said that they did not use any affirmative action, taking the course without any scholarship. As for affirmative actions, 64.1% said they had not used it to access higher education. Regarding the employment contract, 67.5% of participants had an indefinite-term employment contract and 53.3% worked full-time. Most of them worked in small institutions (37.2%), in private institutions (56.3%) and, in most cases (55%), in jobs related to education, where most worked as teachers (70.8%). Their average monthly wage was R$ 1,830.00. About turnover, 34.6% had never worked at a different institution and were still working at the same one; 37.3% took about a year to enter the employment market after graduating from higher education. Furthermore, the participants stated that higher education made it possible for them to get jobs that would not have been possible to get without this level of education. As for social mobility, 79.8% of the participants’ fathers have, at most, a high school diploma. Percentage that falls to 79.4% in the case of mothers The participants average family income was R$ 4,474.85. Upon completion of their higher education course, the participants, in general, reached a level of education unreached by their parents, and were the first generation of their families to reach that level. This study sought to corroborate the discussions about social and occupational inequalities, and to reflect on issues related to class, gender and race. Our aim was not to end discussions on these themes, but to encourage new perspectives, including in the field of Education, related to the Pedagogy course. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Administração. Programa de Pós-Graduação em Administração.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6071)Administração (1952)
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