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dc.contributor.advisorEckert, Corneliapt_BR
dc.contributor.authorSoares, Pedro Paulo de Miranda Araújopt_BR
dc.date.accessioned2020-05-14T04:09:02Zpt_BR
dc.date.issued2016pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/207184pt_BR
dc.description.abstractHistoricamente, populações amazônicas são bem adaptadas aos regimes de cheias sazonais dos rios nas regiões de várzea, em grande parte através de estratégias de mobilidade para áreas mais altas e secas dos sítios disponíveis. No entanto, a sedentarização em centros urbanos alterou o relacionamento entre homem e água no contexto amazônico ribeirinho. Este relacionamento passou a ser mediado por políticas públicas de saneamento, drenagem e abastecimento de água, assim como pelas estratégias cotidianas de uma população migrante que se instala nas cidades em terrenos úmidos, baixos e próximos a cursos d'água. Esta pesquisa foi realizada na Bacia Hidrográfica do Rio Una em Belém (PA), uma área que abrange 20 bairros da capital paraense com uma grande diversidade socioeconômica e de arranjos entre cidade e natureza. As regiões mais pobres da Bacia do Una, em sua maioria, são aquelas que ainda sofrem com deficiências de saneamento, drenagem e outras formas de infraestrutura urbana. Este trabalho usa o conceito de memória ambiental para discutir sobre a relação entre a cidade e suas águas a partir da trajetória de sujeitos que se estabeleceram em terrenos baixos e alagáveis em função das chuvas e marés altas. Valoriza-se o ponto de vista desses sujeitos sobre as transformações de sua relação com um ambiente marcado pela presença das águas, sendo que suas trajetórias de migração e fixação no território estão ligadas aos processos de ocupação do solo e urbanização de Belém, principalmente no que diz respeito ao manejo dos recursos hídricos urbanos e saneamento da cidade. Na medida em que a cidade se transforma, imprimindo impactos significativos nos espaços de pertencimento de seus habitantes, estes também reconfiguram seus papéis enquanto atores políticos no cenário urbano. A etnografia realizada em Belém revelou que moradores da Bacia do Una descobriram a si próprios como cidadãos quando viram seus direitos violados em função de irregularidades e omissões em políticas públicas para saneamento, vias e drenagem. Assim, as transformações urbanas na Bacia do Una motivaram contatos de moradores com parlamentares, com lideranças comunitárias, com o poder judiciário e com planejadores, engendrando engajamentos políticos e mobilizando a memória na construção de narrativas que expressam injustiças e desigualdades urbanas.pt_BR
dc.description.abstractHistorically, Amazonian populations are well adapted to seasonal flooding regimes in the varzea region, in large part through mobility strategies. However, sedentarization in urban centers has changed the relationships of people with the rivers. This research was conducted at the Una Watershed, which covers 20 neighboordhoods of Belém and presents itself as a myriad of socioeconomic and socioecological systems. Most of the poorest areas in the Una Watershed remain with no sanitation, drainage, and other equipments of urban infrastructure. Using the concept of environmental memory, this work explores changes in the ways that people understand and relate to the transformations of the environment and to public policies which generated massive impacts on riparian landscapes along the years. Environmental memory is manifest through narratives of migration, land co ver, changes in livelihoods, work relations and leisure. This work focuses on issues such as urbanization, land occupation, urban sprawl, sanitization and production of unequalities – which are fundamentally environmental processes – from the perspective of the Una Watershed inhabitants. As the city changes , its inhabitants also change and reconfigure their role as political actors in the urban scenary. The ethnography carried out in Belém showed that the Una Watershed inhabitants discoverered themselves as citizens when they saw their rights being violated because of oversight and corruption related to public policies on sanitation and drainage in Belém, which generated flooding and environmental degradation. For the Una inhabitants urban transformations motivated further rapprochement towards politicians, community leaderships, the Judiciary Power, urban planners, and policy makers, engendering political engagements and mobilizing the colective memory in the construction of narratives expressing injustice and urban unequalities.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectEnvironmental memoryen
dc.subjectAntropologia urbanapt_BR
dc.subjectUrban Anthropologyen
dc.subjectEcologia políticapt_BR
dc.subjectEstudo etnográficopt_BR
dc.subjectUrban Political Ecologyen
dc.subjectBelém (PA)pt_BR
dc.subjectAmazonian townsen
dc.subjectUna Watersheden
dc.titleMemória ambiental na bacia do UNA : estudo antropológico sobre transformações urbanas e políticas públicas de saneamento em Belém (PA)pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001112732pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Socialpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2016pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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