Efeito do controle dos alimentos vendidos nas escolas públicas brasileiras nos hábitos alimentares dos escolares
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Data
2019Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
O consumo de alimentos ultraprocessados, aqueles fabricados industrialmente através de substâncias extraídas dos alimentos ou sintetizados em laboratório, vem aumentando a cada ano no mundo todo. Esse crescimento foi relacionado à prevalência da obesidade, que também apresenta índices cada vez mais elevados. A fim de intervir e inverter esse quadro de má alimentação e combater o desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis, alguns estados brasileiros adotaram leis que regulamentam as ...
O consumo de alimentos ultraprocessados, aqueles fabricados industrialmente através de substâncias extraídas dos alimentos ou sintetizados em laboratório, vem aumentando a cada ano no mundo todo. Esse crescimento foi relacionado à prevalência da obesidade, que também apresenta índices cada vez mais elevados. A fim de intervir e inverter esse quadro de má alimentação e combater o desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis, alguns estados brasileiros adotaram leis que regulamentam as vendas das cantinas escolares, proibindo o comércio de alimentos hipercalóricos e com baixo valor nutricional. Realizou-se uma coleta dos dados publicados pelo IBGE, obtidos através da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), que evidenciam a frequência do consumo de determinados alimentos por escolares do 9º ano do ensino fundamental e as taxas das internações hospitalares devido à má nutrição, presentes no DATASUS. Os dados dos estados brasileiros que proíbem o comércio de alimentos industrializados foram selecionados do que corresponde aos anos da implementação da lei em cada estado e a dez anos depois, com o objetivo de avaliar o efeito da regulamentação das vendas nas cantinas escolares na saúde e nos hábitos alimentares dos jovens estudantes do ensino fundamental. Sobre as taxas de internações hospitalares devido à má nutrição, foi possível observar que apenas Santa Catarina e o Distrito Federal apresentaram uma diminuição, sendo que o último estado citado não apresentou nenhuma internação dez anos após a implementação da lei reguladora. Sobre os hábitos alimentares, observou-se uma pequena melhora, principalmente no consumo de refrigerante, que apresentou diminuição média de 6,34% entre os jovens de todos os estados analisados. Fazem-se necessários programas de promoção de saúde mais amplos, que atinjam tanto os jovens quanto seus responsáveis, para que aumentem as chances de obtermos resultados mais satisfatórios. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Especialização em Saúde Pública.
Coleções
-
Ciências da Saúde (1515)
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