O efeito da inclusão de quinze minutos de formação corporal nos níveis de aptidão física de acordo com o perfil nutricional de escolares
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Data
2019Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Sabe-se da importância da manutenção de bons níveis de aptidão física (ApF), que os mesmos devem ser desenvolvidos desde a infância e que as experiências adquiridas nos anos iniciais do ensino fundamental são importantes para que os escolares levem consigo o hábito da prática de exercícios físicos ao longo de suas vidas. O que faz das aulas de Educação Física (EFi) o momento adequado para desenvolver tal tarefa. Crianças e adolescentes não estão atingindo as recomendações mínimas de 60 minutos ...
Sabe-se da importância da manutenção de bons níveis de aptidão física (ApF), que os mesmos devem ser desenvolvidos desde a infância e que as experiências adquiridas nos anos iniciais do ensino fundamental são importantes para que os escolares levem consigo o hábito da prática de exercícios físicos ao longo de suas vidas. O que faz das aulas de Educação Física (EFi) o momento adequado para desenvolver tal tarefa. Crianças e adolescentes não estão atingindo as recomendações mínimas de 60 minutos diários de atividade física vigorosa, o que faz com que boa parte desses escolares sejam classificados como insuficientemente ativos. Mesmo assim, professores de EFi insistem em aulas teóricas ou livres, sem o objetivo de desenvolver a ApF e as habilidades motoras, mesmo sabendo da importância da ApF para a saúde, apontada por diversos estudos. Porém, as tentativas são diversas e com modelos diferentes de trabalhos, alguns envolvendo apenas a prática de exercícios e, outros, com intervenções multiprofissionais. Assim, o presente estudo tem como objetivo geral verificar o efeito da inclusão de uma parte de formação corporal com duração em torno de 15 minutos sobre os níveis de ApF de acordo com o perfil nutricional de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Caracteriza-se como uma pesquisa avaliativa somativa, com abordagem quantitativa e delineamento quasi-experimental. Participaram do estudo 136 sujeitos, no grupo controle, e 66, no grupo experimental, com um total de 202 escolares, que foram classificados, de acordo com o perfil nutricional, em normoponderais n=44 no grupo intervenção e n=75 no grupo controle; sobrepeso n=10 no grupo intervenção e n=47 no grupo controle e obesos n=12 no grupo intervenção e n=14 no grupo controle, escolhidos por conveniência. O programa foi realizado em um período de 21 semanas, com dois encontros semanais de 50 minutos. O grupo controle contou com aulas de EFi tradicionais (GEFI), envolvendo esportes, jogos e brincadeiras recreativas, ministradas por professores de EFi e estudantes em estágio. No grupo intervenção (GFC), as aulas foram realizadas semanalmente durante dois encontros não consecutivos com duração aproximada de 50 minutos com a inclusão de 15 minutos de formação corporal. Para avaliar a ApF foram utilizados os testes corrida/caminhada de seis minutos, sentar e alcançar sem banco, abdominal em um minuto, índice de massa corporal (IMC), perímetro da cintura e relação cintura-estatura (RCE), de acordo com o proposto pela bateria de testes do Projeto Esporte Brasil (PROESP-Br). Todas as avaliações foram realizadas em dois momentos: pré-intervenção e pós-intervenção. Para o tratamento dos dados foram utilizadas as médias do pré e pós-teste de ambos os grupos e foi comparado o tamanho do efeito d Cohen (da), considerando os valores de efeito: 0,2 – 0,49 efeito pequeno; 0,5 – 0,79 efeito médio e maior que 0,8, efeito grande, bem como a diferença dos momentos pré e pós-intervenção (delta). Os resultados observados indicam efeito médio do programa intervenção no GFC comparativamente ao grupo GEFI nos escolares normoponderais para as variáveis RCE (GFC: delta:-0,02 vs. GEFI:0,01); aptidão cardiorrespiratória (ApCr) (GFC: delta: 0,53 vs. GEFI: -7,14); efeito médio no grupo sobrepeso para as variáveis RCE (GFC: delta:-0,03 vs. GEFI:-0,01) e efeito pequeno também para o grupo sobrepeso para a APCR (GFC: delta:45,44 vs. GEFI:-47,56) e, para o grupo obeso, efeito grande na RCE (GFC: delta: - 0,04 vs. GEFI:-0,04), PC (GFC: delta:-4,64 vs. GEFI: -2,49) e efeito pequeno para a força/esistência abdominal localizada (F/RA) (GFC: delta: 3,92 vs. GEFI:-1,26). Conclui-se, portanto, que os dois modelos de aulas de EFi tiveram efeitos sobre os indicadores antropométricos no grupo de escolares com obesidade. Porém, em relação aos outros indicadores de ApF, observou-se apenas um efeito pequeno na força/resistência abdominal localizada (FML) no grupo GFC. Em contrapartida, no grupo sobrepeso e normoponderal, observaram-se apenas efeitos médios na APCR, RCE e FML. Portanto, as aulas de EFi produziram efeitos na ApF de escolares. ...
Abstract
Ii its known the importance of maintaining good physical fitness levels, and that they must be developed since childhood, and also that the experiences acquired in initial school grades of fundamental levels are important, so that students will take with them the habit of practicing physical exercises throughout their lives. That is why Physical Education classes (PE) are the most appropriate place for performing such task. Kids and teens are not reaching the minimum daily recommendation which ...
Ii its known the importance of maintaining good physical fitness levels, and that they must be developed since childhood, and also that the experiences acquired in initial school grades of fundamental levels are important, so that students will take with them the habit of practicing physical exercises throughout their lives. That is why Physical Education classes (PE) are the most appropriate place for performing such task. Kids and teens are not reaching the minimum daily recommendation which is of 60 minutes vigorously practicing physical exercises, that enables a good part of these students strike as insufficiently active. Even though, PE teachers insist on theoretical or free classes, without the objective of developing physical fitness or motor skills, even knowing the importance of physical fitness for health, indicated by several studies. However, the attempts are also several, and with different working models, some involving only physical practices and others with multi-professional interventions. Therefore, the present study aims, mainly, verifying the effect of including one part of body formation with about 15 minutes duration on physical fitness levels according to students nutritional profiles, initial school grades of fundamental levels. The research characterized as a summative evaluation with quantitative approach and quasi-experimental design. The participants of the study are 136 individuals in the control-group and 66 the experimental-group, in total of 202 students that were classified according to their nutritional profiles as normoponderals n=44 in intervention group, and n=75 in control group, overweights n=10 in intervention group and n=47 in control group, and obeses n=12 in intervention group and n=14 in control group, chosen for convenience. The program was completed in 21 weeks, with 2 weekly meetings of 50 minutes each. The control group was with traditional PE classes (GEFI), involving sports, games and recreational plays, taught by PE teachers and trainee students. In intervention group (GFC), classes happened weekly during 2 non-consecutive meetings of 50 minutes each including the 15 minutes of body formation. To evaluate the physical fitness, six-minutes tests were used as for example running/walking tests, sit and reach without bench, one-minute abdominal, body mass index (BMI), waist perimeter and relation waist height (RWH), according to the proposed by the tests taking of Project Brazil Sport, “Projeto Esporte Brasil” (PROESP-Br). All evaluations were made in two moments, preintervention and post intervention. For processing data, the averages of pre and post tests were used from both groups, and the size of d Cohen (da) effect was compared considering the effect values: as well as the difference of moments pre and post intervention (delta). The observed results indicate an average effect of the intervention program in GFC comparatively to GEFI group in normoponderals for the variables RCE (GFC: delta:-0,02 vs. GEFI:0,01), cardiorespiratory fitness (GFC: delta: 0,53 vs. GEFI: -7,14); average effect in overweight group for the variables RCE (GFC: delta:-0,03 vs. GEFI:-0,01) and small effect also for overweight group for APCR (GFC: delta:45,44 vs. GEFI:-47,56) and for the obese group big effect in RCE (GFC: delta: -0,04 vs. GEFI:-0,04), PC (GFC: delta:-4,64 vs. GEFI: -2,49) and small effect for endurance/strength abdominal localized (GFC: delta: 3,92 vs. GEFI:-1,26). Therefore, we concluded that both PE class models had effects on anthropometric indicators in students groups with obesity. However, relating to other physical fitness indicators, we observed only a small effect in endurance/strength abdominal in GFC group. In contrast, in overweight and normoponderals groups, we observed only average effects in APCR, RCE and endurance/strength abdominal localized. Lastly, the PE classes produced effects on physical fitness of students. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano.
Coleções
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Ciências da Saúde (9085)
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