Estudo da prevalencia do anti-vhc nos pacientes transplantados renais e seus respectivos doadores
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Data
1994Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
Doença hepática crônica é uma complicação freqüente no transplante (Tx) renal. O risco de infecção pelo VHC nos pacientes em HD e transplantados renais é alto. Investigou-se a prevalência do anti-VHC em 48 receptores renais (24 masculinos; média de idade 3 7 anos ± 14) e seus respectivos doadores (28 masculinos; média de idade 32 anos± 12,76). A pesquisa do anti-VHC foi realizada em 192 amostras (144 de transplantados e 48 de doadores). Foi coletado sangue dos receptores no pré-operatório (pré- ...
Doença hepática crônica é uma complicação freqüente no transplante (Tx) renal. O risco de infecção pelo VHC nos pacientes em HD e transplantados renais é alto. Investigou-se a prevalência do anti-VHC em 48 receptores renais (24 masculinos; média de idade 3 7 anos ± 14) e seus respectivos doadores (28 masculinos; média de idade 32 anos± 12,76). A pesquisa do anti-VHC foi realizada em 192 amostras (144 de transplantados e 48 de doadores). Foi coletado sangue dos receptores no pré-operatório (pré-Tx), aos 6 meses e em 1 ano pós-Tx; e dos doadores no momento da nefrectomra. As amostras foram conservadas a - 20 °C. Os testes anti-VHC utilizados foram dos laboratórios UBI (peptídeos sintéticos do VHC), Abbott e Behring (ELISA de segunda geração). Nos pacientes com positividade ao anti-VHC pelo teste da UBI, foi pesquisado o VHC-RNA por PCR. Nas amostras colhidas pré-Tx, 12 de 48 receptores (25%) foram positivos pelo teste anti-VHC Abbott, 11 de 48 (22,92%) pelo teste do laboratório Behring e 11 de 40 (27,50%) pelo teste da UBI. Nove (19%) receptores foram anti-VHC positivos pré-Tx nos três testes. A positividade ao anti-VHC no período de 1 ano deseguimento foi de 16 em 48 pacientes (33,33%). Dois pacientes tornaram-se positivos para o anti-VHC aos 6 meses e em 1 ano pós-Tx. Um deles apresentou positividade também ao VHC-RNA. Nenhum receptor com anti-VHC positivo pré-Tx negativou em 1 ano de seguimento. Verificou-se a presença do VHC-RNA apenas em 5 de 11 pacientes (45,45%) pré-Tx e em 6 de 12 (50,00%) aos 6 meses e em 1 ano pós- -Tx. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o tempo de hemodiálise pré-Tx e o número de a transfusões recebidas pelos pacientes anti-VHC positivos em relação aos negativos. As dosagens séricas de AST e ALT nos períodos pré-Tx, aos 6 meses e em 1 ano pós-Tx não mostraram significância estatística na comparação dos receptores anti-VHC negativos e positivos. Três de 40 doadores (7,50%) foram anti- -VHC positivos pelo teste da UBI e 4 de 48 (8.33%) pelos testes dos laboratórios Abbott e Behring. Dois de 3 doadores (66,66%) apresentaram positividade ao VHC--RNA. Concluiu-se que: a) prevalência do anti-VHC pré-Tx no estudo foi de 27,50% (UBI), 25,00% (Abbott) e 22,92% (Behring)~ b) o total de seroconversão para anti-VHC positivo foi de 1 paciente aos 6 meses (UBI), 1 aos 6 meses e outro em 1 ano (Abbott), e 2 em 1 ano (Behring); c) nenhum receptor anti-VHC positivo pré-Tx seroconverteu no período de seguimento de 1 ano; d) os pacientes VHC-RNA positivos pré-Tx mantiveram a positividade aos 6 meses e em 1 ano pós-Tx, evidenciando persistência da replicação viral apesar da imunossupressão~ e) os doadores anti-VHC positivos não transmitiram a infecção através do enxerto renal no seguimento de 1 ano pós-operatório; f) detectou-se a presença do VHC-RNA em 5 de 11 receptores anti-VHC positivos pelo teste da UBI pré-Tx e em 6 de 12 aos 6 meses e em 1 ano. ...
Abstract
Chronic liver disease is common in kidney transplant (Tx) recipients. The risk o f hepatitis C vírus (HCV) infection in hemodialysis patients and renal transplantation is high. The recent availability of serological tests for the antibody to HCV (anti-HCV) has allowed the diagnosis ofHCV in these patients. We have investigated the prevalence ofHCV infection in 48 kidney recipient patients (24 male, median age 41 years ± 14) and in theirs corresponding donors (28 male, median age 32 years ± 12.7 ...
Chronic liver disease is common in kidney transplant (Tx) recipients. The risk o f hepatitis C vírus (HCV) infection in hemodialysis patients and renal transplantation is high. The recent availability of serological tests for the antibody to HCV (anti-HCV) has allowed the diagnosis ofHCV in these patients. We have investigated the prevalence ofHCV infection in 48 kidney recipient patients (24 male, median age 41 years ± 14) and in theirs corresponding donors (28 male, median age 32 years ± 12.76). The total number of the patients studied was 96. Anti-HCV was tested in 192 sera (144 from recipients and 48 frQm donors). The serum specimens were collected from the donors at the time of donation and prospectivelly from the recipients pre-Tx and at 6 and 12 months post-Tx. The samples were stored at - 20 °C. The anti-HCV testes used were comercial ELISA kits based on synthetic HCV peptides (UBI, New York-USA) and Enzygnost Anti-HCV (Behring) and Abbott HCV ElA 2nd generation. HCV -RNA was performed by reverse transcriptase polymerase chain reaction (PCR) using "nested primers" in the patients with UBI anti-HCV positive. Twelve of 48 (25%) were Abbott anti-HCV tests positive, 11 of 48 (23%) were positive by Behring tests and 1 of 40 (27,50%) were UBI positive tests. Nine ( 19%) patients were Anti- -HCV positive pre-Tx to the three tests. The general positive anti-HCV was 33.33% (16 of 48 patients) during I year of follow-up. Two more patients became positive after 6 and 12 months post-Tx. None recipient anti-HCV positive pre-Tx became negative after 1 year. One of them was HCV-RNA positive too. OnJy 5 of 11 patients (45.45%) were HCV-RNA positive pre-Tx and 6 of 12 (50.00%) at 6 and 12 months post-Tx. The time ofhemodialysis and blood transfusion didn't show significance between anti-HCV positive and negative recipients. The AL T leveis < 2 N at 1 year pos-operatory were not estatistically significant in comparation ofpositive and negative anti-HCV patients. Three of 40 donors (7.50%) were positive for anti-HCV antibody UBI and 4 of 48 (8.33%) to the Behring e Abbott tests. Two of 3 donors (66.66%) had HCV-RNA positive. In conclusion: a) the prevalence of anti- -HCV positive pre-Tx was 27.50% (UBI) and 25.00% (Abbott) and 22.92% (Behring); b) the total of serconvertion to positive was 1 patient at 6 months (UBI) and 1 at 6 months and other at 1 year (Abbott) and 2 at 12 months (Behring); c) none anti-HCV positive patient became negative after 1 year post-Tx; d) the patients maintain the positivity ofHCV- -RNA at 6 and 12 months pos-Tx showing persistence of viral replication under immunosupression; e) anti-HCV positive donors do not transmited the infection during one year post-Tx; f) the HCV-RNA was presented in 5 of 11 UBI anti-HCV positive recipients pre-Tx and 6 of 12 at 6 months and 1 year post-Tx. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Pós-Graduação em Gastroenterologia.
Coleções
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Ciências da Saúde (9085)Gastroenterologia (225)
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