Densitometria óssea e fosfatasemia alcalina esquelética em crianças e adolescentes com colestase crônica
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Data
1995Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Osteopenia pode acometer tanto adultos quanto crianças e adolescentes com colestase crônica. Os estudos envolvendo a faixa etária pediátrica são escassos e dependem de métodos indiretos de avaliação do metabolismo ósseo, desde que existem restrições à realização de biópsia óssea nesta faixa etária. A densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X é atualmente, o melhor método radiológico de determinação da densidade óssea mineral já devidamente validado para utilização em crianças. A ...
Osteopenia pode acometer tanto adultos quanto crianças e adolescentes com colestase crônica. Os estudos envolvendo a faixa etária pediátrica são escassos e dependem de métodos indiretos de avaliação do metabolismo ósseo, desde que existem restrições à realização de biópsia óssea nesta faixa etária. A densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X é atualmente, o melhor método radiológico de determinação da densidade óssea mineral já devidamente validado para utilização em crianças. A determinação da fosfatase alcalina esquelética, enzima abundante nos osteoblastos (células que sintetizam a matriz óssea) é um bom marcador bioquímica da formação óssea. Os objetivos gerais deste estudo foram determinar a densidade óssea mineral de crianças e adolescentes com colestase crônica, por densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X, a atividade de fosfatase alcalina esquelética e estudar as eventuais relações destas variáveis com tempo de colestase, estado nutricional, provas de "função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. A pesquisa foi dividida em dois estudos: bioquímica e radiológico. Na etapa bioquímica, dois métodos de determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética foram testados quanto às suas exatidão e precisão: os métodos da precipitação por lectina e da inativação pelo calor. Posteriormente, foi determinado o melhor método e procedeu-se aos estudos de correlação entre atividade da enzima, estado nutricional, provas de ''função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. Participaram deste estudo 32 crianças com idade variando de 0,5 a 18 anos. Na etapa radiológica, determinou-se a densidade óssea mineral de 20 crianças com idade variando entre 3 e 18 anos, utilizando-se o método de densitometria de dupla emissão com fonte de raios X. A exemplo do estudo bioquímico, foram realizados estudos de correlação entre densidade óssea mineral, avaliação nutricional, provas de "função" hepática, concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio e atividade de fosfatase alcalina esquelética. O método da inativação pelo calor para determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética, à incubação das amostras a 56º C por 1 O minutos foi superior ao método da precipitação da lectina de germe de trigo. Hiperfosfatasemia alcalina esquelética foi observada em 97% dos pacientes estudados, não havendo correlação estatisticamente significativa entre atividade desta enzima, estado nutricional, provas de "função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. Todos os pacientes apresentaram diminuição da densidade óssea mineral, entretanto nenhuma correlação, pode ser observada entre estes resultados, atividade da fosfatase alcalina esquelética e os demais parâmetros estudados. Conclui-se que: (1) Para determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética, o método da inativação pelo calor à incubação das amostras a 56ºC por 1 O minutos foi um método simples, exato e preciso. (2) Hiperfosfatasemia alcalina esquelética e osteopenia foram comuns a 97% dos pacientes estudados. Nenhuma correlação estatisticamente significativa foi observada entre estes resultados e tempo de colestase, testes de ''função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. ...
Abstract
Osteopenia is a common occurrence not only in adults but also in children and adolescents with chronic cholestasis. Few pediatric studies are reported in the literatura. Ali of them using indirect methods to assess bone mineral metabolism since bone histomorphometry is an invasive technique not suitable for studies in children. Dual-energy radiographic absorptiometry is the best non-invasive way of measuring bone density. lt has yet to be validated in the pediatric age group. Bone alkaline phos ...
Osteopenia is a common occurrence not only in adults but also in children and adolescents with chronic cholestasis. Few pediatric studies are reported in the literatura. Ali of them using indirect methods to assess bone mineral metabolism since bone histomorphometry is an invasive technique not suitable for studies in children. Dual-energy radiographic absorptiometry is the best non-invasive way of measuring bone density. lt has yet to be validated in the pediatric age group. Bone alkaline phosphatase, an enzyme of osteoblasts, is a good marker of bone formation. The main goals of this study were to assess the bone density of children and adolescents with chronic cholestasis by dual-energy radiographic absorptiometry, the bone alkaline phosphatase activity and to evaluate its correlation liver "function" tests lenght of cholestasis, nutritional status and serum concentration of calcium, phosphorus and magnesium. The study was pursued following two approaches: a biochemical and a radiological one. Along the biochemical approach, two methods for quantification of the bone alkaline activity were tested: the method by heat inativation and the method by lectin precipitation. Futhermore, the best method was choosen and correlation studies were made between enzimatic activity, nutritional status, liver ''function" tests and serum concentration of calcium, phosphorus and magnesium. Thirty-two subjects were evaluated (age 0,5 to 18 years). In the radiological study, the bone mineral density of 20 subjects (age 3 to 18 years) was assessed by dual-energy radiographic absorptiometry. Stastical correlations between bone density, nutritional status, liver ''function" tests and serum concentrations of calcium, phosphorus and magnesium were analysed. The heat inactivation assay was the best method for quantification ot bone alkaline phosphatase activity in our experience. High bone alkaline phosphatase activity was observed in 97% of the patients but no significativa statistical correlations were estabilished between enzimatic activity, nutritional status, liver "function" tests and serum concentrations of calcium, phosphorus and magnesium. Ali patients presented bone undermineralization, although no correlation was observed among these results and bone alkaline phosphatase activity and the various parameters studied. The conclusions are: (1) The heat inativavation assay for quantification of bone alkaline phosphatase activity is a simple, precise and an accurate method; (2) High bone alkaline phosphatase occurred in the majority of patients (97%). Osteopenia was observed in ali patients. No statistical correlations were observed between these results and lenght of cholestasis, nutritional status, liver "function" tests and serum concentrations of calcium, phospurus and magnesium. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Pós-Graduação em Pediatria.
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