Avaliação dos resultados cirúrgicos, estéticos e funcionais em pacientes submetidas a cirurgia afirmativa de gênero masculino para feminino
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Data
2019Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução:desde 1998, é conduzido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) o Programa de Transtorno de Identidade de Gênero (PROTIG), o pioneiro no Brasil e um dos principais na América Latina, completamente coberto pelo sistema de saúde público. Como tratamento cirúrgico, o flap penoescrotal invertido é considerada a técnica padrão para cirurgia afirmativa de gênero (GAS – gender-affirming surgery) e é a realizada no nosso serviço. Objetivos: o objetivo deste estudo foi descrever os res ...
Introdução:desde 1998, é conduzido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) o Programa de Transtorno de Identidade de Gênero (PROTIG), o pioneiro no Brasil e um dos principais na América Latina, completamente coberto pelo sistema de saúde público. Como tratamento cirúrgico, o flap penoescrotal invertido é considerada a técnica padrão para cirurgia afirmativa de gênero (GAS – gender-affirming surgery) e é a realizada no nosso serviço. Objetivos: o objetivo deste estudo foi descrever os resultados e complicações do GAS realizadas em mulheres transexuais para determinar a segurança e eficácia da cirurgia de afirmação de gênero. Métodos: estudo de coorte retrospectivo de base hospitalar realizado com dados de prontuários de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Nossa amostra populacional incluiu 186 mulheres transexuais que passaram por GAS de janeiro de 2000 a julho de 2017 no HCPA. Todos os indivíduos foram submetidos a uma clássica vaginoplastia de inversão peniana, sendo utilizado o retalho cutâneo invertido do pênis como revestimento da neovagina. As medidas de desfecho incluíram complicações intra-operatórias e pósoperatórias, reoperações, técnicas cirúrgicas secundárias e prováveis fatores de risco. Resultados: a média de idade dos pacientes foi de 32,2 anos (18-61) e o tempo médio de cirurgia foi de 3,3 horas (2-5); a duração média da terapia hormonal antes da cirurgia foi de 12 anos (variação de 1-39). As complicações pós-operatórias mais frequentes foram: tecido de granulação e estenose uretral (23,6%), estenose do intróito da neovagina (18%) e hematoma/sangramento excessivo (10,2%). Um total de 36 pacientes (19,3%) foi submetido a alguma forma de reoperação. Cento e quarenta e seis (80,7%) pacientes em nossa - 8 - série foram capazes de ter relações sexuais regulares, e nenhum indivíduo lamentou ter sofrido GAS. Conclusões: nosso estudo demonstra que o GAS é uma operação geralmente segura, com baixos índices de complicações graves e enfatiza o alto índice de funcionalidade da neovagina, bem como a satisfação pessoal subjetiva. ...
Abstract
Introduction: since 1998, the Gender Identity Disorder Program (PROTIG), the pioneer in Brazil and one of the main ones in Latin America, completely covered by the public health system, has been conducted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). As a surgical treatment, the inverted penoscrotal flap is considered the standard technique for vaginoplasty and is performed in our service. Aims: The objective of this study was to describe the results and complications of GAS performed on ...
Introduction: since 1998, the Gender Identity Disorder Program (PROTIG), the pioneer in Brazil and one of the main ones in Latin America, completely covered by the public health system, has been conducted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). As a surgical treatment, the inverted penoscrotal flap is considered the standard technique for vaginoplasty and is performed in our service. Aims: The objective of this study was to describe the results and complications of GAS performed on transsexual women to determine the safety and efficacy of gender-affirming surgery (GAS). Methods: This report describes a hospital-based retrospective cohort study performed using data from patients' records at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Our population sample included 187 transsexual women who underwent GAS from January 2000 to July 2017 at HCPA. All individuals underwent a classic penile inversion vaginoplasty, with an inverted penis skin flap being used as the lining for the neovagina. Outcome measures included intra-operative and postoperative complications, re-operations, secondary surgical techniques, and probable risk factors. Results: The mean age of the patients was 32.24 years (18-61), and the mean surgery time was 3.34 hours. The most commonsminor postoperative complications were granulation tissue (23.6 percent) and introital stricture of the neovagina (18 percent) andthe major complications included urethral stenosis (23.6 percent) and hematoma/excessive bleeding (10.2 percent). A total of 36 patients (19.3 percent) underwent some form of reoperation. One hundred fortysix (80.7 percent) patients in our series were able to have regular sexual intercourse, and no individual regretted having undergone GAS. Conclusions: Our study demonstrates GAS to be a generally safe operation with low rates of - 10 - serious complications and emphasizes the high index of functionality of the neovagina, as well as subjective personal satisfaction. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e Obstetrícia.
Coleções
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Ciências da Saúde (9148)
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