A presença da voz e seus sentidos no rap de Eva Rapdiva : decolonialidade do atlântico negro em Angola
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Data
2018Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Este estudo aborda o rap como um elemento da cultura hip hop passível de ser analisado no que diz respeito a sua linguagem. O enfoque teórico abrange a literatura oral e os elementos de performance (ZUMTHOR, 2005), os estudos de canção popular (SEGRETO, 2015; TATIT, 2002, 2004, 2007), os estudos sobre voz (BARTHES, 2009; CAVRERO, 2011) e a enunciação (BENVENISTE, 1989) na perspectiva linguística – os quais permitem refletir a respeito da cena discursiva e enunciativa em que o gênero se articula ...
Este estudo aborda o rap como um elemento da cultura hip hop passível de ser analisado no que diz respeito a sua linguagem. O enfoque teórico abrange a literatura oral e os elementos de performance (ZUMTHOR, 2005), os estudos de canção popular (SEGRETO, 2015; TATIT, 2002, 2004, 2007), os estudos sobre voz (BARTHES, 2009; CAVRERO, 2011) e a enunciação (BENVENISTE, 1989) na perspectiva linguística – os quais permitem refletir a respeito da cena discursiva e enunciativa em que o gênero se articula –, assim como a matriz cultural negra do gênero (GILROY, 2012). Tais perspectivas teóricas são tomadas como complementares com o propósito de abordar o rap enquanto manifestação decolonial de um pensamento liminar (MIGNOLO, 2003) oriundo da situação de diferença colonial, o que define, portanto, a impossibilidade de abordagem do gênero a partir de um único recorte da ciência ocidental. É observado em especial o contexto angolano e a produção da rapper Eva RapDiva, a fim de refletir a respeito das disputas discursivas do rap que materializam conflitos quanto à inserção de mulheres no movimento cultural. A análise de produções da rapper em questão busca identificar a presença e os sentidos da voz através da verificação da articulação entre as categorias performáticas e enunciativas – de pessoa, espaço e tempo. É possível compreender o rap como linguagem que mimetiza, em alguns sentidos, a dinâmica colonial/moderna; enquanto que, em outros sentidos, apresenta-se como estética decolonial, isto é, uma estética que emerge de uma epistemologia não-eurocentrada e que se apresenta como resistência à colonialidade do poder e à colonialidade do gênero. ...
Resumen
Este estudio aborda el rap como un elemento de la cultura hip hop pasible de ser analizado en lo que se refiere a su lenguaje. El enfoque teórico abarca la literatura oral y los elementos de performance (ZUMTHOR, 2005), los estudios de canción popular (SEGRETO, 2015, TATIT, 2002, 2004, 2007), los estudios sobre voz (BARTHES, 2009, CAVRERO, 2011) y enunciación (BENVENISTE, 1989) en la perspectiva lingüística - que permiten reflexionar sobre la escena discursiva y enunciativa en que el género se ...
Este estudio aborda el rap como un elemento de la cultura hip hop pasible de ser analizado en lo que se refiere a su lenguaje. El enfoque teórico abarca la literatura oral y los elementos de performance (ZUMTHOR, 2005), los estudios de canción popular (SEGRETO, 2015, TATIT, 2002, 2004, 2007), los estudios sobre voz (BARTHES, 2009, CAVRERO, 2011) y enunciación (BENVENISTE, 1989) en la perspectiva lingüística - que permiten reflexionar sobre la escena discursiva y enunciativa en que el género se articula -, bien como la matriz cultural negra del género (GILROY, 2012). Estas perspectivas teóricas son tomadas como complementarias con el propósito de abordar el rap como manifestación decolonial de un pensamiento liminar (MIGNOLO, 2003) que proviene de la situación de diferencia colonial, lo que define, por consiguiente, la imposibilidad de abordaje del género a partir de un solo recorte de la ciencia occidental. Se observa en especial el contexto angoleño y la producción de la rapera Eva RapDiva, a fin de reflexionar sobre las disputas discursivas del rap que materializan conflictos en cuanto a la inserción de mujeres en el movimiento cultural. El análisis de producciones de la rapera en cuestión busca identificar la presencia y los sentidos de la voz a través de la verificación de la articulación entre las categorías performáticas y enunciativas - de persona, espacio y tiempo. Es posible comprender el rap como lenguaje que mimetiza en algunos sentidos la dinámica colonial/moderna, mientras que en otros sentidos se presenta como estética decolonial, es decir, una estética que emerge de una epistemología no eurocentrada y que se presenta como resistencia a la colonialidad del poder y a la colonialidad del género. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
-
Linguística, Letras e Artes (2796)Letras (1712)
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