O papel da Comunicação na promoção da equidade de gênero e de raça : um estudo das empresas gaúchas participantes da 6ª edição do PROGER

Abstract

O desigual panorama brasileiro em relação à mulher no mercado de trabalho repercute em mecanismos desenvolvidos para combater a discriminação de gênero e de raça. A figura feminina trabalhadora é apresentada a partir do cruzamento dos pensamentos de Prá (2013) e de Rosemberg (2012), incorporando as perspectiva das relações de poder da interseccionalidade, por meio dos estudos de Biroli e Miguel (2015), Crenshaw (2004), Fleury (2000), Grossi (1998) e Scott (1995). Assim, este estudo monográfico tem como objeto de pesquisa o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, de iniciativa do Governo Federal, sendo um dos mecanismos, como o ONU Mulheres em nível global, que lutam para edificar uma sociedade mais igualitária e justa. O objetivo geral propõe perceber a relação entre a adesão ao Programa e a maneira que a equidade de gênero e de raça são abordadas na comunicação organizacional das empresas participantes. Para isso, foi acionado como base teórica quanto o relações-públicas estratégico, França et al. (2011a; 2011b), Fortes (2003), Grunig (2011), e Baldissera (2009). A atuação desse profissional por meio de políticas e de normas internas foi exposto por Curvello (2012) e Simões (1995) e comunicação no contexto digital por Saad Corrêa (2009; 2005), Recuero (2009), Barichello e Machado (2012) e Lasta (2017). O corpus da pesquisa foi constituído pelos materiais de ética e de conduta, sites institucionais e publicações nas páginas do Facebook das empresas gaúchas participantes da última edição do Programa e o procedimento metodológico de análise de conteúdo foi emprego pela categorização da Bardin (1977). Como resultado, foi identificado que o número de participações no Programa não inspirou a construção de manuais internos, de sites institucionais e de páginas no Facebook que propaguem com excelência a equidade de gênero e de raça. A ascensão nacional da adesão ao Programa sugere que aprimoramentos nos materiais possam ocorrer, sendo indicado expandir a manifestação principalmente pelos órgãos públicos, referente à raça e à orientação sexual.

The unequal Brazilian scenario in relation to women in the labor market has repercussions on mechanisms developed to combat gender and race discrimination. The working female figure is presented by crossing the thoughts of Prá (2013) and Rosemberg (2012), incorporating the perspectives of intersectionality power relations, through the studies of Biroli and Miguel (2015), Crenshaw (2004), Fleury (2000), Grossi (1998) and Scott (1995). Thus, this monographic study has as its research object the Pro-Equity Program of Gender and Race, an initiative of the Federal Government, being one of the mechanisms, such as the UN Women at a global level, that struggle to build a more egalitarian and just society. The general objective is to understand the relationship between adherence to the Program and the manner in which gender and race equity are addressed in the organizational communication of the participating companies. For this, it was triggered as theoretical basis as the strategic public relations, França et al. (2011a, 2011b), Fortes (2003), Grunig (2011), and Baldissera (2009). Curvello (2012) and Simões (1995) and communication in the digital context by Saad Corrêa (2009; 2005), Recuero (2009), Barichello and Machado (2012) and Lasta (2017). The research corpus consisted of the ethics and conduct materials, institutional websites and publications on the Facebook pages of the companies from the last edition of the Program, and the methodological procedure for content analysis was employment by the categorization of Bardin (1977). As a result, it was identified that the number of entries in the Program did not inspire the construction of internal manuals, institutional websites and Facebook pages that would excellently propagate gender and race equity. The national rise of adherence to the Program suggests that improvements in materials may occur, and it is advisable to expand the manifestation, mainly by public agencies, regarding race and sexual orientation.