Language practices for knowledge production and dissemination : the case of Brazil
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Data
2018Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
O uso do inglês como língua global para comunicação acadêmica e científica tem se tornado central para acelerar o progresso científico. Um número crescente de estudos no campo do Inglês para Fins de Pesquisa e Publicação (Cargill & Burgess, 2008) tem abordado uma variedade de temas relacionados a pesquisadores e acadêmicos cuja primeira língua não é o inglês (Burgess et al, 2014; Li & Flowerdew, 2009; Hanauer & Englander, 2011). No entanto, investigações sobre o contexto brasileiro ainda são es ...
O uso do inglês como língua global para comunicação acadêmica e científica tem se tornado central para acelerar o progresso científico. Um número crescente de estudos no campo do Inglês para Fins de Pesquisa e Publicação (Cargill & Burgess, 2008) tem abordado uma variedade de temas relacionados a pesquisadores e acadêmicos cuja primeira língua não é o inglês (Burgess et al, 2014; Li & Flowerdew, 2009; Hanauer & Englander, 2011). No entanto, investigações sobre o contexto brasileiro ainda são escassas. A presente pesquisa aborda tal lacuna ao examinar (1) o uso das línguas portuguesa e inglesa entre as oito comunidades científicas conforme a classificação adotada pelas agências de fomento brasileiras em i) publicações (artigos em revistas acadêmicas, livros completos, capítulos de livros e artigos completos em conferências), ii) apresentações em eventos acadêmicos e iii) colaborações internacionais de pesquisa; e (2) a proficiência em língua inglesa dos acadêmicos e sua possível relação com a língua escolhida para produzir e difundir conhecimento. Duas extensas bases de dados coletadas foram analisadas através de um paradigma quantitativo: um questionário eletrônico de larga escala (Questionnaire study) e Currículos Lattes de acadêmicos que trabalham em instituições de ensino superior no Brasil (CV study). Os resultados apontaram as seguintes tendências em comum entre os dois estudos: (1) acadêmicos nas áreas de conhecimento que integram as ciências mais ‘duras' (Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Engenharia, Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde) tendem a usar inglês para produzir e difundir conhecimento em uma escala muito maior do que aqueles ligados às ciências menos ‘duras’ (Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Linguística, Letras e Artes); (2) acadêmicos de três das cinco áreas que constituem as ciências mais 'duras' (Ciências Biológicas, Engenharia, e Ciências Exatas e da Terra) têm maior proficiência autoavaliada em língua inglesa em relação àqueles das outras áreas de conhecimento, e acadêmicos na área de Ciências Humanas têm menor proficiência autoavaliada em língua inglesa em comparação àqueles de todas as outras 8 áreas de conhecimento. Portanto, a preferência do inglês em relação ao português por acadêmicos de Ciências Biológicas, Engenharia e Ciências Exatas e da Terra poderia estar associada ao fato de apresentarem uma autoavaliação mais alta na proficiência dessa língua, entre vários outros fatores que influenciam as práticas linguísticas para produção e difusão de conhecimento. Os resultados obtidos podem fornecer elementos para a implementação de políticas nacionais e institucionais, bem como investimentos no ensino superior brasileiro, visando fornecer apoio linguístico para atender às necessidades de diferentes comunidades disciplinares e melhorar a proficiência em língua inglesa de seus membros. ...
Abstract
The use of English as a global common language for academic and scientific communication has become central to accelerate scientific progress. This has stimulated a growing number of studies in the field of English for Research and Publication Purposes (Cargill & Burgess, 2008) focusing on non-anglophone scholars (Burgess et al, 2014; Li & Flowerdew, 2009; Hanauer & Englander, 2011). However, investigations about the Brazilian context are still scarce. The present research addresses this gap by ...
The use of English as a global common language for academic and scientific communication has become central to accelerate scientific progress. This has stimulated a growing number of studies in the field of English for Research and Publication Purposes (Cargill & Burgess, 2008) focusing on non-anglophone scholars (Burgess et al, 2014; Li & Flowerdew, 2009; Hanauer & Englander, 2011). However, investigations about the Brazilian context are still scarce. The present research addresses this gap by examining (1) the use of the English and Portuguese languages in the eight disciplinary communities according to the classification of Brazilian funding agencies in i) publications (articles in academic journals, full books, book chapters, and full papers in conference proceedings), ii) presentations given in academic events, and iii) international research collaborations; and (2) scholars’ English proficiency and its potential relationship with the language used to share knowledge. Two large datasets were analyzed under quantitative paradigm: a large-scale online questionnaire (Questionnaire study), and Lattes CVs of scholars working in Brazil’s higher education (HE) institutions (CV study). Common trends were identified in the results of both studies: (1) scholars in the fields that integrate the ‘harder’ sciences (Agricultural Sciences, Biological Sciences, Engineering, Exact and Earth Sciences, and Health Sciences) tend to use English to produce and disseminate knowledge to a much greater extent than those in the ‘softer’ sciences (Applied Social Sciences, Human Sciences, and Linguistics, Literature, and Arts); and (2) academics from three of the five fields that integrate the ‘harder’ sciences (Biological Sciences, Engineering, and Exact and Earth Sciences) have higher self-rated English proficiency than the other fields, and scholars in the field of Human Sciences have lower self-rated English proficiency in comparison to all other fields. Therefore, the preference of English over Portuguese by Biological Sciences, Engineering, and Exact and Earth Sciences scholars might be associated with their higher self-rated English proficiency, among various other factors that influence 10 knowledge production and dissemination language practices. It is hoped that the results obtained can inform national and institutional language policies and investments in Brazilian HE institutions, so as to provide language support to meet the needs of scholars from different disciplinary communities and to improve their English proficiency. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
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