Presença nas tecnologias ubíquas e suas relações com medo de ficar de fora, autoeficácia, apoio social e bem-estar
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Data
2018Orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Resumo
O objetivo desta tese é investigar o fenômeno psicológico da presença nas tecnologias ubíquas e associações com aspectos cognitivos (autoeficácia, apoio social, bem-estar subjetivo, medo de ficar de fora - FoMO). Esta é uma pesquisa de caráter exploratório que utilizou-se de metodologias quantitativas por meio de estudos múltiplos. Foram desenvolvidos três estudos. O primeiro estudo consistiu em uma revisão sistemática sobre o fenômeno psicológico presença e teve como objetivo identificar as pr ...
O objetivo desta tese é investigar o fenômeno psicológico da presença nas tecnologias ubíquas e associações com aspectos cognitivos (autoeficácia, apoio social, bem-estar subjetivo, medo de ficar de fora - FoMO). Esta é uma pesquisa de caráter exploratório que utilizou-se de metodologias quantitativas por meio de estudos múltiplos. Foram desenvolvidos três estudos. O primeiro estudo consistiu em uma revisão sistemática sobre o fenômeno psicológico presença e teve como objetivo identificar as principais definições do conceito de presença nas tecnologias ubíquas, encontradas em estudos da psicologia, nos últimos 5 anos. O processo de busca e seleção seguiu as recomendações do protocolo PRISMA. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram analisados os dados 32 artigos. Os principais resultados apontaram para definições de presença social, co-presença, telepresença e presença, indicando uma vasta literatura sobre o fenômeno. O segundo estudo teve como objetivo o desenvolvimento de uma escala de presença nas tecnologias ubíquas. O processo de desenvolvimento do instrumento teve como etapas a escolha dos atributos comportamentais referentes ao objeto de estudo e à operacionalização do construto, a apresentação a três juízes, dois grupos focais e a uma aplicação piloto em uma amostra reduzida (n = 30) e por fim, uma aplicação com a 458 participantes. Foram realizadas análises de consistência interna, análise fatorial confirmatória e análise fatorial confirmatória multigrupo. A versão final da Escala de Presença em Tecnologias Ubíquas conta com 14 itens, agrupados em três fatores independentes (Autopresença, Presença Espacial e Presença Social), e apresenta um bom índice de consistência interna (alfa = 0,905) e um índice de ajuste aceitável (2 = 116,83; gl = 74; p < 0,01; CFI = 0,99; RMSEA = 0,035; SRMR = 0,053), com parâmetros psicométricos equivalentes por gênero. O terceiro estudo teve por objetivo verificar associações entre presença, FoMO, apoio social, bem-estar e autoeficácia. Além disso, buscou-se identificar possíveis relações entre FoMO, e apoio social, bem-estar e autoeficácia. Participaram do estudo 458 indivíduos, com idades entre 18 e 35 anos (M = 25,2 ; DP = 4,87), dos quais 74,7% identificam-se com o gênero feminino. O recrutamento foi opt-in, por meio de um link em uma página do Grupo de Pesquisa em uma rede social. O anúncio direcionava o participante para oTCLE e aqueles que consentissem com a participação eram encaminhados à preencher o questionário. Foi criado um modelo que verificou a capacidade explicativa da presença social nas tecnologias ubíquas sobre a variância dos aspectos cognitivos apoio social (com amigos e família), autoeficácia, medo de ficar de fora e bem-estar subjetivo. Esse modelo foi testado por meio da técnica da Modelagem de Equações Estruturais (Structural Equation Modeling – SEM). O modelo inicial foi composto buscando verificar a relação entre a presença nas tecnologias ubíquas e os aspectos psicossociais apoio social (com amigos e família), autoeficácia, medo de ficar de fora e bem-estar subjetivo. Além disso, foi verificada a relação do medo de ficar de fora sobre o apoio social, autoeficácia e bem-estar subjetivo. Os resultados apontaram um modelo com índices de ajuste aceitáveis (2 = 839,63; gl = 650; p < 0,01; CFI = 0,98; RMSEA = 0,025; SRMR = 0,048). A amostra também foi testada pela análise fatorial confirmatória multigrupo e verificou a invariância do modelo por gênero, exceto pela relação entre presença social e FoMO que não foi significativa para o gênero masculino (p = 0,115). Este estudo apresentou contribuições iniciais do estudo da presença social em tecnologias ubíquas e suas implicações nas relações sociais em jovens brasileiros ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
Coleções
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