A rede social do portador de lesão crônica : subsídios para atuação do enfermeiro/a na Atenção Primária em Saúde
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Data
2016Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
As lesões crônicas de pele causam um impacto socioeconômico, sabe-se que quanto maior a incidência de lesões de pele na população, maior são os gastos públicos ao mesmo tempo em que a qualidade de vida diminui. Os efeitos deste tipo de lesão afetam não somente o portador mas também o núcleo familiar. As redes de cuidados em saúde, nos últimos anos vem reconhecendo a importância dos aspectos vinculados à rede e apoio social que o portador e família buscam no cotidiano. Trata-se de um estudo qual ...
As lesões crônicas de pele causam um impacto socioeconômico, sabe-se que quanto maior a incidência de lesões de pele na população, maior são os gastos públicos ao mesmo tempo em que a qualidade de vida diminui. Os efeitos deste tipo de lesão afetam não somente o portador mas também o núcleo familiar. As redes de cuidados em saúde, nos últimos anos vem reconhecendo a importância dos aspectos vinculados à rede e apoio social que o portador e família buscam no cotidiano. Trata-se de um estudo qualitativo, que teve como objetivo mapear a redes sociais de portadores de lesões crônicas de pele, analisando as redes na perspectiva de subsidiar a atuação do enfermeiro da APS, e como referencial teórico a abordagem de rede social de Lia Sanicola. Utilizou-se como cenário uma USF da Gerência Sul/Centro/Sul do município de Porto Alegre, sendo entrevistados 06 indivíduos portadores de lesões crônicas de pele. Ao analisar os mapas evidenciou-se uma rede primária pequena, estabelecendo vínculos entre si, e na maioria das vezes formadas por familiares, e que as relações familiares encontram-se fragilizadas, o que pode estar relacionado com a característica de cronicidade dos cuidados despendido a estas pessoas e ainda por que muitas vezes o familiar não está preparado para lidar com a longitudinalidade do cuidado. As redes secundárias são formadas quase que exclusivamente, por serviços de saúde, reforçando o isolamento social do portador de lesão crônica de pele configurando como um limitador de atividades de recreação, lazer, trabalho e socialização. Conclui-se que o presente estudo respondeu aos objetivos propostos, visto que vislumbrou as redes de apoio do portador de lesão crônica de pele e subsidou reflexões das práticas assistenciais do enfermeiro, observando que a figura do enfermeiro atuante na AB é primordial na assistência ao paciente com lesão crônica de pele, pois é este profissional que agrega as habilidades de avaliar não apenas o portador da lesão, mas todo o contexto social que o circunda e dessa forma traçar um plano de cuidados que fortaleça suas redes sociais de apoio e assim fomentar a cicatrização e a qualidade de vida. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Especialização em Cuidado Integral com a Pele no Âmbito da Atenção Básica.
Coleções
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Ciências da Saúde (1509)
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