Preencher potências e inventar educações possíveis : pela experimentação de uma formação-sem-órgãos
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Data
2015Tipo
Resumo
O artigo busca, a partir da frente filosófica instaurada por Deleuze e Guattari na obra Mil Platôs (1995a, 1995b, 1996, 1997a, 1997b), pensar o campo educativo – o qual implica nas relações entre corpos, espaços, práticas, metodologias – como um fenômeno de estratificação de agenciamentos territoriais. Desse modo, a prática do Corpo-sem-Órgãos, enunciada por Artaud (Para acabar com o julgamento de Deus, 1947) e evidenciada também por Deleuze e Guattari em Mil Platôs, pode se tornar cara no sent ...
O artigo busca, a partir da frente filosófica instaurada por Deleuze e Guattari na obra Mil Platôs (1995a, 1995b, 1996, 1997a, 1997b), pensar o campo educativo – o qual implica nas relações entre corpos, espaços, práticas, metodologias – como um fenômeno de estratificação de agenciamentos territoriais. Desse modo, a prática do Corpo-sem-Órgãos, enunciada por Artaud (Para acabar com o julgamento de Deus, 1947) e evidenciada também por Deleuze e Guattari em Mil Platôs, pode se tornar cara no sentido de gerar alguns movimentos de desterritorialização/desestratificação dos agenciamentos territoriais estratificados que formam o campo educativo. Isso implica pensar em pequenas educações, enquanto práticas marginais, que se alojam em uma grande Educação, já deveras instituída e legitimada, possibilitando aos corpos envolvidos em tais processos o “preenchimento de uma potência” (DELEUZE, 1988/1989, s/p) que lhes confere alegria produtiva e inventiva. Por fim, o artigo problematiza uma educação/formação sem órgãos que desinstitui as relações entre aprendizes, docentes e espaços educativos de formação de uma relação hierárquica, intentando tramar desvios sinuosos dos caminhos incessantemente pisados, invencionando outros percursos que se distanciam de receituários e identidades fixas. ...
Abstract
This article aims, through the philosophical front established by Deleuze and Guattari in the work Mille Plateaux (1995a, 1995b, 1996, 1997a, 1997b), at thinking the education field – which implies relations between bodies, spaces, practices, methodologies – as a phenomenon of stratification of territorial agencies. Thus, the Body without Organs practice, enunciated by Artaud (Pour en finir avec le jugement de dieu, 1947) and evidenced by Deleuze and Guattari in Mille Plateaux as well, can beco ...
This article aims, through the philosophical front established by Deleuze and Guattari in the work Mille Plateaux (1995a, 1995b, 1996, 1997a, 1997b), at thinking the education field – which implies relations between bodies, spaces, practices, methodologies – as a phenomenon of stratification of territorial agencies. Thus, the Body without Organs practice, enunciated by Artaud (Pour en finir avec le jugement de dieu, 1947) and evidenced by Deleuze and Guattari in Mille Plateaux as well, can become highly valued in the sense of generating some moves of deterritorialization/destratification of stratified territorial agencies which constitute the education field. This implies thinking of ‘small educations’ as marginal practices located within a larger Education, which is already instituted and legitimated, allowing the bodies involved in such practices the “fulfillment of a potency” (DELEUZE, 1988/1989, s/p) that gives them productive and inventive joy. Finally, the paper aims at problematizing a education/formation without organs which deinstitutes the relations among apprentices, teachers and educative spaces of formation of a hierarquical relation, trying to design sinuous deviations in the tirelessly steped pathways and creating new routes that are distanced from prescriptions and fixed identities. ...
Contido em
Educação em foco (Juiz de Fora). Juiz de Fora, MG. Vol. 20, n. 3, (nov. 2015/fev. 2016), p. 99-116
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